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Enem: estudantes não devem trocar sono por estudos, diz especialista

Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal jr/Agência Brasil

Orientação é manter os mesmos horários de dormir e acordar


Pub­li­ca­do em 12/11/2022 — 13:16 Por Bruno Boc­chi­ni — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Com a prox­im­i­dade do Exame Nacional de Ensi­no Médio (Enem), muitos alunos pas­saram a estu­dar mais durante as noites. No entan­to, os estu­dantes não devem tro­car horas de sono pelos estu­dos, aler­ta o médi­co do Insti­tu­to do Sono, o pedi­atra Gus­ta­vo Mor­eira. A estraté­gia é erra­da e pode com­pro­m­e­ter o desem­pen­ho cog­ni­ti­vo do aluno no dia seguinte.

A restrição, mes­mo que par­cial de sono, tem impacto neg­a­ti­vo na memória de tra­bal­ho e nas habil­i­dades de pen­sa­men­to estratégi­co, que são funções cog­ni­ti­vas asso­ci­adas ao lobo frontal. “Durante o sono, o cére­bro decide o que vai con­sol­i­dar na memória do que foi apren­di­do no dia ante­ri­or. Por isso, a pri­vação de sono pode pio­rar o desem­pen­ho cog­ni­ti­vo”, desta­ca o médi­co.

De acor­do com o Insti­tu­to do Sono, pesquisadores norte-amer­i­canos com­para­ram, em uma pesquisa real­iza­da em 2015, o desem­pen­ho acadêmi­co e o padrão de sono de 364 alunos da Uni­ver­si­dade de Auburn. Eles con­stataram que, na véspera dos exam­es, mais de 80% dos estu­dantes cos­tu­mavam dormir menos de 7 horas. O estu­do, porém, con­cluiu que a maior duração de sono na noite ante­ri­or às provas esta­va rela­ciona­da a notas mais altas no cur­so.

O insti­tu­to desta­ca ain­da que pesquisadores mex­i­canos realizaram um estu­do, pub­li­ca­do em 2021 na revista Sleep Sci­ence, e obser­varam que, após pri­vação de sono, os estu­dantes apre­sen­taram redução do aler­ta, atenção sus­ten­ta­da e sele­ti­va e ain­da pre­juí­zo nas suas funções exec­u­ti­vas.

Para con­seguir um desem­pen­ho mel­hor nos estu­dos, o médi­co Gus­ta­vo Mor­eira ori­en­ta os estu­dantes a sem­pre man­ter os mes­mos horários de dormir, acor­dar, e de se ali­men­tar. Celu­lar e com­puta­dor devem ser evi­ta­dos à noite, assim como estim­u­lantes como café, chás, choco­late ou energéti­cos. O espe­cial­ista recomen­da ain­da que os alunos se expon­ham, durante o dia, ao sol e à natureza nos inter­va­l­os de des­can­so. À noite, a luz deve ser usa­da com mod­er­ação.

Edição: Maria Clau­dia

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