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Entenda a cerimônia judaica de enterro de Silvio Santos

Repro­dução: © Alan San­tos / PR

Apresentador morreu na no sábado e foi enterrado neste domingo


Publicado em 18/08/2024 — 17:51 Por André Richter – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O sepul­ta­men­to do cor­po de Sil­vio San­tos, ocor­ri­do neste domin­go (18), foi real­iza­do de acor­do com as tradições judaicas. Fil­ho de imi­grantes judeus que chegaram ao Brasil no iní­cio do sécu­lo 20, o apre­sen­ta­dor nasceu no bair­ro da Lapa, no Rio de Janeiro, em 1930.

Fun­da­men­tadas na Torá, livro sagra­do da religião judaica, as regras deter­mi­nam uma série de ritos que devem ser cumpri­dos pelos famil­iares des­de o momen­to do falec­i­men­to até a cer­imô­nia fúne­bre.

De acor­do com a Con­gre­gação Israeli­ta Paulista (CIP), o rit­u­al começa após os par­entes comu­ni­carem o Cemitério Israeli­ta do Butan­tã, onde Sil­vio foi enter­ra­do, sobre a morte do famil­iar.

Cabe ao Chevra Kadisha, grupo for­ma­do por home­ns e mul­heres lig­a­dos ao cemitério, realizar os prepar­a­tivos reli­giosos, civis e legais do sepul­ta­men­to.

A primeira medi­da a ser toma­da é cobrir o cor­po para não ser deix­a­do à vista. Pela tradição, deixar o fale­ci­do à mostra demon­stra fal­ta de respeito à imagem da pes­soa em vida.

O mes­mo moti­vo é lev­a­do em con­ta para não abrir o caixão durante o velório, que não é públi­co e se restringe a famil­iares e ami­gos.

Preparação

Em segui­da, o cor­po deve ser lava­do e envolvi­do em uma mor­tal­ha bran­ca. A medi­da sig­nifi­ca purifi­cação, humil­dade e pureza.

Os olhos devem ser fecha­dos. Para os judeus, o fale­ci­do se encon­tra com Deus ao mor­rer. Dessa for­ma, o ato sim­boliza deixar de obser­var as coisas mun­danas e pas­sar a enx­er­gar a paz do mun­do espir­i­tu­al.

O sepul­ta­men­to deve ocor­rer no mes­mo dia da morte. Se o falec­i­men­to ocor­rer no sába­do, dia de des­can­so para os judeus e no qual os enter­ros são proibidos, dev­erá ser no dia seguinte, como ocor­reu com Sil­vio San­tos. O apre­sen­ta­dor mor­reu na madru­ga­da de sába­do (17) e foi enter­ra­do na man­hã deste domin­go.

A cre­mação é proibi­da. A religião entende que a decom­posição do cor­po deve ocor­rer nat­u­ral­mente.

Enterro

A cer­imô­nia de sepul­ta­men­to é fei­ta sem orna­men­tação de flo­res no local e no caixão porque todos devem ser trata­dos de for­ma igual durante a morte. Além dis­so, os judeus enten­dem que a osten­tação serve para cul­tu­ar os mor­tos.

Durante o enter­ro, são can­ta­dos hinos de lou­vor a Deus e de pedi­dos de paz no mun­do. Os par­entes mais próx­i­mos jogam pun­hados de ter­ra no caixão antes do tér­mi­no da cer­imô­nia.

Ao deixar o cemitério, os famil­iares devem lavar as mãos para sim­bolizar que a vida é mais forte do que a morte. Em sinal de manutenção dos laços com o par­ente, as mãos devem secar nat­u­ral­mente, sendo proibido o uso de toal­ha.

Sil­vio San­tos mor­reu às 4h50 deste sába­do (17) em decor­rên­cia de uma bron­cop­neu­mo­nia após uma infecção por Influen­za (H1N1). Ele esta­va inter­na­do no Hos­pi­tal Israeli­ta Albert Ein­stein, em São Paulo, e tin­ha 93 anos.

Edição: Denise Griesinger

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