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Entenda as novas regras de financiamento imobiliário da Caixa

Restrições passam a valer na sexta-feira (1º)

Well­ton Máx­i­mo – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 30/10/2024 — 08:38
Brasília
Prédio da Caixa Econômica Federal
Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

A par­tir des­ta sex­ta-feira (1º), os mutuários que finan­cia­rem imóveis pela Caixa Econômi­ca Fed­er­al terão de pagar entra­da maior e finan­ciar um per­centu­al mais baixo do imóv­el. O ban­co aumen­tou as restrições para a con­cessão de crédi­to para imóveis pelo Sis­tema Brasileiro de Poupança e Emprés­ti­mo (SBPE), que finan­cia imóveis com recur­sos da cader­ne­ta de poupança.

Para quem finan­ciar imóv­el pelo sis­tema de amor­ti­za­ção con­stante (SAC), em que a prestação cai ao lon­go do tem­po, a entra­da subirá de 20% para 30% do val­or do imóv­el. Pelo sis­tema Price, com parce­las fixas, o val­or aumen­tará de 30% para 50%. A Caixa só lib­er­ará o crédi­to a quem não tiv­er out­ro finan­cia­men­to habita­cional ati­vo com o ban­co.

O val­or máx­i­mo de avali­ação dos imóveis pelo SBPE será lim­i­ta­do a R$ 1,5 mil­hão em todas as modal­i­dades do sis­tema. Atual­mente, o crédi­to pelo Sis­tema Finan­ceiro da Habitação (SFH), com juros mais baixos, é restri­to a imóveis de R$ 1,5 mil­hão, mas as lin­has do Sis­tema Finan­ceiro Imo­bil­iário (SFI) não têm teto de val­or do imóv­el.

Segun­do a Caixa, as mudanças se apli­cam a futur­os finan­cia­men­tos e não afe­tarão as unidades habita­cionais de empreendi­men­tos finan­cia­dos pelo ban­co. Nesse caso, em que o ban­co finan­cia dire­ta­mente a con­strução, as condições atu­ais serão man­ti­das. A insti­tu­ição finan­ceira con­cen­tra 70% do finan­cia­men­to imo­bil­iário brasileiro e 48,3% das con­tratações do SBPE.

Em nota emi­ti­da há duas sem­anas, o ban­co jus­ti­fi­cou as restrições porque a carteira de crédi­to habita­cional do ban­co deve super­ar o orça­men­to aprova­do para 2024. Até setem­bro, a Caixa con­cedeu R$ 175 bil­hões de crédi­to imo­bil­iário, alta de 28,6% em relação ao mes­mo perío­do do ano pas­sa­do. Ao todo, foram 627 mil finan­cia­men­tos de imóveis. No SBPE, o ban­co con­cedeu R$ 63,5 bil­hões nos nove primeiros meses do ano.

“A Caixa estu­da con­stan­te­mente medi­das que visam ampli­ar o atendi­men­to da deman­da exce­dente de finan­cia­men­tos habita­cionais, inclu­sive par­tic­i­pan­do de dis­cussões jun­to ao mer­ca­do e ao Gov­er­no, com o obje­ti­vo de bus­car novas soluções que per­mi­tam expan­são do crédi­to imo­bil­iário no país, não somente pela Caixa, mas tam­bém pelos demais agentes do mer­ca­do”, expli­cou o ban­co em nota ofi­cial.

Falta de recursos

O aper­to na con­cessão de crédi­to habita­cional decorre do maior vol­ume de saques na cader­ne­ta de poupança e das maiores restrições para as Letras de Crédi­to Imo­bil­iário (LCI), aprova­do no iní­cio do ano. Caso não lim­i­tasse o crédi­to, a Caixa teria de aumen­tar os juros.

Segun­do o Ban­co Cen­tral (BC), a cader­ne­ta de poupança reg­istrou o maior vol­ume de saques líqui­dos do ano em setem­bro, com os cor­ren­tis­tas reti­ran­do R$ 7,1 bil­hões a mais do que deposi­taram. Esse tam­bém foi o ter­ceiro mês segui­do de reti­radas. Out­ro fator que con­tribuiu para a lim­i­tação do crédi­to foi o aumen­to da deman­da pelas lin­has da Caixa, em meio à ele­vação das taxas nos ban­cos pri­va­dos. Ain­da não está claro se as mudanças serão rever­tidas em 2025, quan­do o ban­co tiv­er novo orça­men­to para crédi­to habita­cional, ou se parte das medi­das se tornarão defin­i­ti­vas no próx­i­mo ano.

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