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Epidemia de dengue faz Natal decretar emergência em saúde

Repro­dução: © nuzeee/Pixabay

Medida é válida por 90 dias


Pub­li­ca­do em 03/03/2024 — 18:00 Por Léo Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A Prefeitu­ra de Natal decre­tou emergên­cia em saúde dev­i­do ao aumen­to do número de casos de dengue. De acor­do com o municí­pio, os dados tam­bém indicam uma tendên­cia de cresci­men­to pela ter­ceira sem­ana con­sec­u­ti­va e o quadro atu­al já con­figu­ra uma epi­demia.

A cap­i­tal do Rio Grande do Norte con­tabi­li­zou des­de o iní­cio de 2024 um total de 692 ocor­rên­cias de arbovi­ros­es trans­mi­ti­das pelo mos­qui­to Aedes aegyp­ti. Dessas, 655 são casos de dengue. Os demais reg­istros são de febre chikun­gun­ya e, em menor número, de zika. Entre os bair­ros com maior con­cen­tração de casos estão Pajuçara, Lagoa Azul, Red­in­ha, Nos­sa Sen­ho­ra da Apre­sen­tação e Igapó.

O decre­to que esta­b­elece a emergên­cia em saúde públi­ca con­s­ta no Diário Ofi­cial do municí­pio deste sába­do (2) e tem val­i­dade por 90 dias. No perío­do, a Sec­re­taria Munic­i­pal de Saúde (SMS) terá maior flex­i­bil­i­dade para ado­tar medi­das e dire­cionar recur­sos com o obje­ti­vo de aten­der deman­das de saúde públi­ca.

De acor­do com a prefeitu­ra, foi insta­l­a­do um gabi­nete de crise para que os órgãos do municí­pios atuem de maneira integra­da. A par­tir deles estão sendo esta­b­ele­ci­das as metas, as pri­or­i­dades e as for­mas de enfrenta­men­to à epi­demia.

Algu­mas medi­das já foram definidas. As unidades Bási­ca de Saúde rece­berão kits con­tendo repe­lentes para serem dis­tribuí­dos às ges­tantes durante as con­sul­tas de pré-natal. Elas tam­bém estarão preparadas para fornecer rei­dratação oral e algu­mas foram desta­cadas como refer­ên­cias para hidratação venosa. Em casos de urgên­cia, o paciente deve procu­rar as unidades de saúde de pron­to-atendi­men­to.

Con­forme dados divul­ga­dos pela sec­re­taria, já foram iden­ti­fi­ca­dos, somente neste ano, 35 mil focos do mos­qui­to em depósi­tos que pode­ri­am ser evi­ta­dos, como gar­rafas e recip­i­entes plás­ti­cos. Ao todo cer­ca de 30 mil domicílios rece­ber­am vis­i­tas de agentes san­itários neste ano até o momen­to. Os agentes ver­i­fi­cam se algu­mas medi­das essen­ci­ais estão sendo ado­tadas pelos moradores, tais como man­ter caixas d’água tam­padas, ban­de­jas de geladeira e ar-condi­ciona­do sem água, vasos san­itários sem uso fecha­dos e pisci­nas tratadas.

Entre out­ras pas­tas e órgãos que inte­gram o gabi­nete de crise, estão a Sec­re­taria Munic­i­pal de Meio Ambi­ente e Urban­is­mo (Semurb), que atua na fis­cal­iza­ção e noti­fi­cação dos pro­pri­etários de imóveis, e a Sec­re­taria Munic­i­pal de Obras e Infraestru­tu­ra (Sein­fra), que irá inten­si­ficar a limpeza das lagoas e bueiros. Já a Com­pan­hia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), reforçará os serviços de limpeza e de recol­hi­men­to de resí­du­os sóli­dos que pos­sam ger­ar acú­mu­lo de água para­da em locais públi­cos.

Vacinação

Natal rece­beu do Min­istério da Saúde mais de 18,8 mil dos­es da vaci­na con­tra a dengue. Con­forme as dire­trizes nacionais, a imu­niza­ção ini­ciou aten­den­do cri­anças e ado­les­centes com idades entre 10 e 14 anos. O municí­pio aler­ta, no entan­to, que a procu­ra tem sido baixa, ape­nas 4,8 mil dos­es foram apli­cadas nos primeiros 15 dias. Uma medi­da que está sendo plane­ja­da é a real­iza­ção de vaci­nação nas esco­las da rede munic­i­pal.

 

A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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