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Escavações arqueológicas no antigo DOI-Codi de SP começam dia 2

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Prédio foi local de tortura durante a ditadura


Pub­li­ca­do em 19/07/2023 — 10:24 Por Cami­la Boehm – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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As escav­ações arque­ológ­i­cas no anti­go Desta­ca­men­to de Oper­ações de Infor­mação — Cen­tro de Oper­ações de Defe­sa Inter­na (DOI-Codi) — órgão que era sub­or­di­na­do ao Exérci­to e foi local de tor­tu­ra e assas­si­natos de opos­i­tores da ditadu­ra mil­i­tar — já têm data para que sejam exe­cu­tadas: de 2 a 14 de agos­to deste ano. 

Os tra­bal­hos serão real­iza­dos por pesquisadores da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de São Paulo (Unife­sp), da Uni­ver­si­dade Estad­ual de Camp­inas (Uni­camp) e da Uni­ver­si­dade Fed­er­al de Minas Gerais (UFMG). Eles avaliam que os pré­dios do anti­go DOI-Codi/SP são um mar­co físi­co que doc­u­men­tam um perío­do bru­tal da história brasileira, sob per­ma­nente dis­pu­ta.

Nas escav­ações, os pesquisadores pre­ten­dem explo­rar os vestí­gios encon­tra­dos no local, obje­tos, estru­turas arquitetôni­cas e reg­istros doc­u­men­tais, a fim de bus­car esclarec­i­men­tos sobre o pas­sa­do e con­tribuir para a com­preen­são dos even­tos ocor­ri­dos durante o perío­do.

“Resul­ta­do de um tra­bal­ho cole­ti­vo desen­volvi­do no âmbito do Grupo de Tra­bal­ho Memo­r­i­al DOI-Codi em 2018, o obje­ti­vo dessas escav­ações é uti­lizar as pesquisas arque­ológ­i­ca e históri­ca para com­preen­der os vestí­gios mate­ri­ais e a memória asso­ci­a­da a esse impor­tante local de vio­lações de dire­itos”, disse, em nota, o grupo respon­sáv­el pelo tra­bal­ho.

Espaço de memória

Acres­cen­tou que bus­ca esta­b­ele­cer uma base sól­i­da para a cri­ação de um espaço de memória do esta­do de São Paulo, per­mitin­do que diver­sos gru­pos da sociedade pos­sam aces­sar infor­mações e inter­pre­tações sobre o pas­sa­do.

“A inves­ti­gação rig­orosa, o diál­o­go con­tín­uo com a sociedade e a aliança entre ciên­cia e dire­itos humanos é um dos cam­in­hos para o con­hec­i­men­to do nos­so pas­sa­do, visan­do o for­t­alec­i­men­to da democ­ra­cia e da con­strução de políti­cas públi­cas efe­ti­vas para a con­sol­i­dação da cidada­nia”, diz a nota.

Haverá ain­da vis­i­tas guiadas às escav­ações, ofic­i­nas com estu­dantes e pro­fes­sores, além de mesas e debates com ex-pre­sos, pesquisadores e defen­sores dos dire­itos humanos.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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