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Escola é meio de crianças conhecerem esporte, diz campeão paralímpico

Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Wendell Belarmino foi entrevistado no Sem Censura


Pub­li­ca­do em 20/09/2021 — 23:13 Por Agên­cia Brasil  — Brasília

Medal­hista na natação nos Jogos Par­alímpi­cos de Tóquio 2020, Wen­dell Belarmi­no, disse, nes­ta segun­da-feira (20), que o prin­ci­pal meio das cri­anças con­hecerem os esportes em ger­al e das cri­anças com defi­ciên­cia con­hecerem o esporte par­alímpi­co é por meio das aulas de edu­cação físi­ca nas esco­las. “[É pre­ciso] tra­bal­har uma modal­i­dade adap­ta­da para o aluno com defi­ciên­cia saber que aqui­lo existe”, disse Belarmi­no. “De cer­ta for­ma isso vai ser bom tam­bém para que os out­ros alunos con­heçam tam­bém o esporte par­alímpi­co e saberem que aqui­lo existe, saberem que aqui­lo é real­mente um esporte, é real­mente um esporte de alto rendi­men­to, são real­mente atle­tas.”

Wen­dell, que é brasiliense e começou a praticar natação aos 3 anos, tam­bém disse que a divul­gação dos esportes par­alímpi­cos dev­e­ria ser maior. “Hoje eu perce­bo que tem muito mais con­hec­i­men­to do que é esporte par­alímpi­co do que há dez, quinze anos. Isso é muito bom”, disse.

O medal­hista disse que acred­i­ta que, como acon­te­ceu com ele, o esporte serve prin­ci­pal­mente para “mostrar que uma pes­soa com defi­ciên­cia nada mais é do que uma pes­soa comum que pre­cisa de algum tipo de adap­tação, assim como você deve pre­cis­ar de algum tipo de adap­tação para faz­er algu­ma coisa no seu dia”.

“No meu caso, eu pre­ciso de um tap­per [um bastão com pon­ta de espuma que serve para bater lev­e­mente nas costas dos nadadores para avisá-los de que a bor­da da pisci­na está próx­i­ma] para me avis­ar que a parede está chegan­do e eu pre­ciso de um méto­do um pouco difer­en­ci­a­do de saber qual o jeito cer­to de nadar um deter­mi­na­do esti­lo ou de como mel­ho­rar min­ha téc­ni­ca. Isso que é inter­es­sante no esporte olímpi­co, mostra que a pes­soa pode faz­er o que ela quis­er, sendo defi­ciente ou não”, disse.

Wen­dell Belarmi­no foi entre­vis­ta­do pelo pro­gra­ma Sem Cen­sura da TV Brasil. O brasiliense nasceu com glau­co­ma con­gêni­to, que cau­sou uma per­da grada­ti­va da visão e atual­mente tem 1,5% de resí­duo visu­al. Em Tóquio, ele gan­hou uma medal­ha de ouro na cat­e­go­ria 50 met­ros livre S11, pra­ta reveza­men­to mis­to 4x100 met­ros livre classe 49 pon­tos e bronze nos 100 met­ros bor­bo­le­ta S11. No pro­gra­ma ele falou tam­bém sobre a natação, a car­reira, os Jogos Par­alimpí­cos, a amizade com o nadador par­alímpi­co Daniel Dias e sobre o bol­sa-atle­ta.

Sobre as com­petições em Tóquio, Wen­dell disse que a com­petição em que ficou mais ner­voso foi no reveza­men­to, em que con­quis­tou a pra­ta ao lado de Dou­glas Mat­era, Luci­lene da Sil­va Sousa  e Car­ol San­ti­a­go. “Nas provas indi­vid­u­ais, eu vou para me diver­tir. Eu vou bem tran­qui­lo. Ago­ra, no reveza­men­to, é uma out­ra coisa, porque você não está nadan­do só você, você tem mais três pes­soas jun­to. Já dá um ner­vo­sis­mo. Pos­so diz­er que das qua­tro provas que eu nadei, foi a úni­ca que eu esta­va com o coração real­mente na boca”, disse.

Segun­do Wen­dell, sua meta é nadar o mel­hor que eu pud­er nos dias de suas provas. “Eu fiz isso em todas elas. Con­segui mel­ho­rar todas as min­has mar­cas tam­bém, mas eu sem­pre procuro sair sat­is­feito da pro­va, mes­mo que o resul­ta­do não seja bom. Eu sem­pre pen­so pos­i­ti­vo, fiz o mel­hor que podia no dia. Se foi bom, foi ruim, depois eu anal­iso com cal­ma, mas cada pro­va é uma emoção difer­ente. O reveza­men­to é aque­la pro­va que eu mais fico pres­sion­a­do por ter mais gente jun­to comi­go, eu não estou soz­in­ho, qual­quer errin­ho que eu fiz­er, não sou eu que tomo o pre­juí­zo soz­in­ho, mas as out­ras eu vou total e exclu­si­va­mente para me diver­tir”, disse.

Veja aqui a entre­vista com­ple­ta:

Edição: Fábio Mas­sal­li

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