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Escolas vão levar lendas e encantarias ao Sambódromo em 2024

Repro­dução: © Foto Divul­gação

Inspirações vêm do cordel, lendas e crenças


Pub­li­ca­do em 15/07/2023 — 15:30 Por Cristi­na Indio do Brasil — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A Imper­a­triz Leopoldinense está con­fi­ante no bicam­pe­ona­to. Para con­quis­tar nova­mente o títu­lo apos­ta no enre­do basea­do no livre­to O tes­ta­men­to da cigana Esmer­al­da, do poeta per­nam­bu­cano de cordel Lean­dro Gomes de Bar­ros.

Apaixon­a­do pela pro­dução artís­ti­ca da cul­tura brasileira, o car­navale­sco Lean­dro Vieira disse que a escol­ha surgiu de uma pesquisa que fez quan­do esta­va debruça­do no ano pas­sa­do na lit­er­atu­ra de cordel para falar de Lampião no enre­do O Aper­reio do Cabra Que o Exco­munga­do Tra­tou com Má-querença e o San­tís­si­mo Não Deu Guar­i­da, campeão de 2023.

Rio de Janeiro (RJ) 15/07/2023 Escolas de Samba vão levar lendas e encantarias ao Sambódromo do Rio em 2024. Enredo da Imperatriz Leopoldinense. Foto Diculgação.
Repro­dução: Enre­do da Imper­a­triz Leopoldinense — Foto Divul­gação

Ago­ra, para 2024, o tema é Com a sorte vira­da pra lua, segun­do o tes­ta­men­to da cigana Esmer­al­da. Lean­dro Gomes de Bar­ros é autor de cordéis que inspi­raram o escritor, filó­so­fo e dra­matur­go paraibano Ari­ano Suas­suna a escr­ev­er o Auto da Com­pade­ci­da.

No meio da pro­dução literária do Lean­dro Gomes de Bar­ros, chama­do pelo car­navale­sco de “um paraibano incrív­el”, encon­trou o livre­to Tes­ta­men­to da Cigana Esmer­al­da, que é fic­cional e, para ele, traz um olhar do autor para a mís­ti­ca do uni­ver­so cigano e, a par­tir dis­so, expres­sa a for­ma como vê a cul­tura pop­u­lar.

“A ideia de adi­v­in­hações, da leitu­ra das mãos, da sina de uma pes­soa guarda­da na pal­ma da mão, a influên­cia dos astros e do zodía­co, ou seja, é cul­tura pop­u­lar brasileira na veia, e tudo que tem cul­tura pop­u­lar na veia, me encan­ta. Achei que esse era um mote muito bom para a pro­dução de uma nova apre­sen­tação, sobre­tu­do para mim, que des­de da saí­da da Mangueira [em 2022] para a Imper­a­triz ten­ho investi­do nes­sa ideia de car­naval fic­cional. O car­naval mais volta­do para o delírio”, disse o car­navale­sco em entre­vista à Agên­cia Brasil.

Na visão de Lean­dro Vieira, a comu­nidade da esco­la rece­beu o enre­do de 2024 ain­da sob o impacto do ante­ri­or e do campe­ona­to. “Esse enre­do, que de algu­ma for­ma é uma con­tinuidade da Imper­a­triz Leopoldinense no cam­po do delírio, é rece­bido com muito calor, porque cria-se uma expec­ta­ti­va de que a Imper­a­triz pode se dar bem com isso. A comu­nidade avalia muito bem essas pos­si­bil­i­dades de se dar bem, de se mostrar poderosa, pujante e viva”, avaliou.

Lean­dro Vieira, que gos­ta de man­ter em sig­i­lo a divisão dos setores, “para preser­var deter­mi­nadas coisas para o dia [do des­file]”, rev­el­ou que o enre­do é livre­mente inspi­ra­do no Tes­ta­men­to da Cigana Esmer­al­da, e um dos momen­tos do des­file estará ded­i­ca­do a ideia de decifrar o mun­do de son­hos, que, para ele, é uma das pági­nas mais inter­es­santes da obra do Lean­dro Gomes de Bar­ros.

“Se você son­har com isso é porque vai acon­te­cer isso, se son­har com aqui­lo é porque vai acon­te­cer deter­mi­na­da situ­ação, [son­har] com um sultão é um son­ho que traz mal pressá­gio, se son­har com cisne é can­dura, com a rosa encar­na­da vai encon­trar um amor. Acho essa uma pas­sagem tão boni­ta, sobre­tu­do, para o uni­ver­so do meu tra­bal­ho e tam­bém da esco­la que eu rep­re­sen­to, que é o sub­úr­bio”, disse.

A quiro­man­cia, a leitu­ra da mão, total­mente iden­ti­fi­ca­da com a cul­tura cigana, tam­bém estará no des­file, como ain­da a influên­cia dos astros. Todo esse uni­ver­so mís­ti­co, todo esse con­jun­to de saberes ances­trais e super pop­u­lares, estão envolvi­dos no desen­volvi­men­to do enre­do”, com­ple­tou.

A Imper­a­triz con­tin­ua este ano pela segun­da vez con­sec­u­ti­va com a dis­pu­ta de sam­ba enre­do aber­ta a todos os com­pos­i­tores inter­es­sa­dos, mes­mo que sejam de out­ras esco­las ou ain­da fil­i­a­dos a enti­dades musi­cais. O esque­ma de tira dúvi­das, ado­ta­do pelas esco­las para esclare­cer aspec­tos do enre­do com o car­navale­sco, ocor­reu em jun­ho. As entre­gas das com­posições na quadra serão em agos­to e a seleção começa em setem­bro.

A equipe de car­naval está no meio do proces­so de desmonte das ale­go­rias do ano pas­sa­do e Lean­dro está desen­han­do os fig­uri­nos. “A nos­sa expec­ta­ti­va é começar o proces­so de fer­ra­gens [para a mon­tagem dos car­ros alegóri­cos] na segun­da quinzena de jul­ho”, infor­mou.

Unidos da Tijuca

Rio de Janeiro (RJ) 15/07/2023 Escolas de Samba vão levar lendas e encantarias ao Sambódromo do Rio em 2024. carnavalesco da Unidos da Tijuca, Alexandre Louzada. Foto Divulgação.
Repro­dução: Car­navale­sco da Unidos da Tiju­ca, Alexan­dre Louza­da — Foto Divul­gação

Quem gos­ta de fábu­las, mis­térios e lendas pop­u­lares, cer­ta­mente vai se envolver com o des­file da Unidos da Tiju­ca no próx­i­mo car­naval. A azul pavão e amare­lo-ouro da zona norte do Rio de Janeiro con­ta com o enre­do O Con­to de Fados para encan­tar a Sapu­caí e garan­tir o títu­lo, que não con­quista des­de 2014.

O tema propõe uma viagem a Por­tu­gal para mostrar diver­sos aspec­tos da história do país. Começa que o nome do país, seguin­do a mitolo­gia gre­ga, era Ofius­sa, a Ter­ra de Ser­pentes. “A gente vai con­tar a história de Por­tu­gal, antes mes­mo de [o nome] Por­tu­gal exi­s­tir, mas basea­da na tradução lit­er­al de Fado, que além de ser um gênero musi­cal lusi­tano, sig­nifi­ca des­ti­no. Então, vamos con­tar o des­ti­no de Por­tu­gal através de sua mitolo­gia, das suas lendas e histórias que ain­da não foram con­tadas. Não é o Por­tu­gal que as pes­soas pos­sam imag­i­nar com o que já foi fal­a­do e mostra­do. É mais basea­do nas lendas”, expli­cou o car­navale­sco Alexan­dre Louza­da à Agên­cia Brasil.

Con­forme a len­da, segun­do Louza­da, uma rain­ha que era metade mul­her, metade ser­pente, mora­va em Ofius­sa, penín­su­la mitológ­i­ca que Uliss­es que­ria des­bravar antes de voltar da Odis­seia. Ain­da na len­da, a rain­ha se apaixo­nou pelo herói grego e ergueu uma cidade em hom­e­nagem a ele, que ini­cial­mente se chamou Olis­sip­po, depois Olisipo. Com o pas­sar do tem­po em uma cor­ruptela da palavra se tornou Lis­boa, atual­mente a cap­i­tal de Por­tu­gal.

“Na len­da, as sete col­i­nas que cir­cun­dam a cidade de Lis­boa foram for­madas pela ira dela desse amor que sen­tiu pelo guer­reiro e não foi cor­re­spon­di­da, porque ele aban­dona ela e vai emb­o­ra”, disse o car­navale­sco, acres­cen­tan­do que tudo isso é con­ta­do no enre­do por meio da mitolo­gia.

Mais adi­ante no tem­po, com os movi­men­tos de migração de celtas e vikings começaram a sur­gir vários povoa­d­os e, de acor­do com o car­navale­sco, o ter­ritório pas­sou a ser cheio de magia. O enre­do vai mostrar as influên­cias do domínio romano e na sequên­cia dos mouros na cul­tura, nas artes, na ciên­cia e na arquite­tu­ra local.

Uma das influên­cias da época, os azule­jos são até hoje uma das car­ac­terís­ti­cas do país. Con­heci­do ante­ri­or­mente por Con­da­do Por­tu­calense, após a recon­quista cristã da Penín­su­la Ibéri­ca, pas­sou a ter a denom­i­nação de Reino de Por­tu­gal.

Fazia tem­po que o enre­do já esta­va na cabeça do car­navale­sco por achar que a história era bem o esti­lo da Tiju­ca, caso um dia fos­se respon­sáv­el pelo car­naval da esco­la. “Não é uma visão român­ti­ca de Por­tu­gal. Na ver­dade é uma grande história que se está con­tan­do através das lendas e dos mitos. Para tudo em Por­tu­gal existe uma história, até mes­mo os doces por­tugue­ses. Pou­ca gente sabe que os doces eram chama­dos de con­ven­tu­ais porque nasce­r­am den­tro dos con­ven­tos. As freiras uti­lizavam a clara de ovo para engo­mar o hábito e com as gemas pas­saram a pro­duzir doces”, expli­cou.

As rev­e­lações não param. Segun­do Louza­da, a flor que sim­boliza Por­tu­gal é a alfaze­ma, mas depois o cra­vo ver­mel­ho pas­sou a ser emblemáti­co com a rev­olução do dia 25 de abril de 1974. Os grandes escritores como José Sara­m­a­go e Fer­nan­do Pes­soa e a can­to­ra Amália Rodrigues tam­bém serão lem­bra­dos. “Todas aque­las pes­soas que mostraram a alma por­tugue­sa para o mun­do”.

Para demon­strar a devoção dos por­tugue­ses, a lig­ação do país com o catoli­cis­mo será rep­re­sen­ta­da pelos san­tos como Nos­sa Sen­ho­ra de Fáti­ma, que arras­ta mil­hões de pere­gri­nos do mun­do inteiro para a sua basíli­ca, onde teria ocor­ri­do a sua aparição. “Implici­ta­mente ela rep­re­sen­ta o amor de mãe e a gente pede a pro­teção dela à Tiju­ca que está hom­e­nage­an­do a ter­ra onde apare­ceu”, rela­tou, acres­cen­tan­do que galo de Barce­los, um dos sím­bo­los do país, tam­bém tem origem católi­ca, por ser basea­do em um mila­gre que teria ocor­ri­do para provar a inocên­cia de um pere­gri­no apon­ta­do de um crime.

Será na parte das grandes nave­g­ações que a Tiju­ca terá um momen­to críti­co, quan­do são exal­tadas e ques­tion­adas por poe­mas de Camões, apon­tan­do que elas trari­am a degradação de uma ter­ra e a escravidão de um povo, toda a dor que isso causaria por ganân­cia. “A gente quan­do abor­da as grandes nave­g­ações não é enal­te­cen­do sim­ples­mente Por­tu­gal. É mostran­do os dois lados da moe­da. Essa história pre­cisa ser ree­scri­ta e rein­ven­ta­da, por toda a dev­as­tação que uma invasão pro­por­ciona à ter­ra”, disse.

Recepção

A for­ma como foi rece­bido na esco­la, leva Louza­da, que esta­va na Bei­ja-Flor, a ter mui­ta expec­ta­ti­va para o car­naval. “Eu quero sin­ce­ra­mente devolver a ale­gria à comu­nidade do Borel [mor­ro onde orig­i­nal­mente havia a sede da esco­la], res­gatar a min­ha sat­is­fação como car­navale­sco com aqui­lo que pos­so faz­er e com o apoio que estou ten­do aqui. Não me foi cobra­do o campe­ona­to, mas lógi­co que isso não sai da min­ha cabeça. Estou com car­naval para isso. Só espero acon­te­cer”, afir­mou.

Quan­to ao sam­ba, Louza­da pref­ere esper­ar a fase de apre­sen­tações dos con­cor­rentes na quadra, que começa em 3 de agos­to, para avaliar. “Isso acon­tece em várias esco­las e a Tiju­ca não é difer­ente, os sam­bas se mod­i­fi­cam muito quan­do vão para a quadra, mas grandes parce­rias estão na Tiju­ca e espero que o sam­ba vence­dor vá se mostran­do aos poucos na prefer­ên­cia da comu­nidade”.

Viradouro

Desfile das Campeãs do carnaval 2019 do Rio de Janeiro, Unidos da Viradouro
Repro­dução: Des­file da Viradouro — Foto : Tomaz Silva/Agência Brasil

Em 2024, a Unidos do Viradouro vai levar para o Sam­bó­dro­mo o enre­do Arroboboi, Dan­g­bé. “Um facho sin­u­oso desliza sobre o chão, cha­coal­ha as fol­has, estremece a ter­ra e bor­bul­ha as águas. É Dan­g­bé, o vodum da pro­teção, do equi­líbrio e do movi­men­to. Nele, nada prin­cip­ia nem fin­da, tudo avança, tudo retor­na. É o con­stante rodopio do uni­ver­so, o cír­cu­lo fecha­do, sen­ti­do mate­ri­al­iza­do pela imagem da cobra engolin­do a própria cau­da”, desta­ca o tex­to.

Em out­ro tre­cho infor­ma que “A manutenção das crenças dos povos da região da Cos­ta da Mina vive na per­se­ver­ança das sac­er­do­ti­sas voduns, mul­heres escol­hi­das e ini­ci­adas em ritos de lou­vor à ser­pente sagra­da, cujas tra­jetórias mís­ti­cas se entre­laçam em com­bat­es épi­cos, camu­fla­gens táti­cas e resil­iên­cia vital”.

O car­navale­sco Tar­cí­sio Zanon, autor do enre­do, disse que a ideia surgiu enquan­to fazia ain­da as pesquisas para Rosa Maria Egipcía­ca, o tema do car­naval de 2023. Con­tou que durante o proces­so do ano pas­sa­do, con­heceu o escritor mineiro Moacir Maia, que lançou um livro sobre as sac­er­do­ti­sas voduns. “A par­tir daí come­cei a pesquis­ar mais sobre o vodum e Dan­g­bé, essa divin­dade ofídi­ca, a figu­ra da ser­pente que foi diviniza­da no reino de Uidá e que até hoje tem um tem­p­lo em devoção a ela. Durante a pesquisa fui desco­brindo mais coisas de como essa divin­dade e esse cul­to chegaram ao Brasil”, disse à Agên­cia Brasil.

“É o primeiro enre­do que faço com­ple­ta­mente afro. Boa parte dele pas­sa-se em África, na região onde era o Reino de Daomé. Tem toda uma veia mís­ti­ca, reli­giosa, de um cul­to pouco difun­di­do. Todos ess­es mis­térios eu gos­to muito de traz­er à tona para o grande públi­co. Tem essa veia mís­ti­ca que eu gos­to e a Viradouro se iden­ti­fi­ca muito”, disse.

Zanon desta­cou ain­da que o enre­do tem um pro­tag­o­nis­mo fem­i­ni­no uma vez que a ener­gia per­pas­sa por cor­pos fem­i­ni­nos e chega ao Brasil por meio de Ludov­ina Pes­soa, que veio ao Brasil com a mis­são de per­pet­u­ar os cul­tos voduns no país. O tex­to que apre­sen­ta o enre­do diz que Ludov­ina “tornou-se o pilar de ter­reiros con­sagra­dos aos voduns, entre eles o Seja Hundé, na cidade de Cachoeira, no Recôn­ca­vo baiano, e o Ter­reiro de Bogum, ergui­do no coração de Sal­vador”.

“Até hoje exis­tem as sac­er­do­ti­sas voduns que pro­tegem e são pro­te­gi­das pela ener­gia de Dan­g­bé”, disse Zanon.

Para o car­navale­sco, uma das moti­vações de desen­volver este enre­do é desmisti­ficar o tema. “Uma vez que a gente tem uma demo­niza­ção das religiões afro, e prin­ci­pal­mente o vodum, que foi tão mal divul­ga­do ao lon­go do tem­po, e as pes­soas têm uma ideia de que o vodum é dos bonequin­hos espeta­dos, na ver­dade não é nada dis­so. Na ver­dade, a palavra vodum sig­nifi­ca na lín­gua orig­inária ‘vovo­dum, tudo de bom para você’, então, é um con­jun­to de magias uti­liza­do para faz­er o bem às pes­soas, para a cura, para adi­v­in­hações, de pro­jeções de futuro e um cul­to de respeito à natureza. A ideia de traz­er este enre­do, tam­bém é de desmisti­ficar e dialog­ar sobre o racis­mo reli­gioso que ain­da existe tão forte ain­da no Brasil e traz­er um cul­to tão pouco difun­di­do no Brasil”, expli­cou.

O car­navale­sco lem­brou que a comu­nidade esta­va ansiosa por ter um enre­do afro na sequên­cia da Rosa Maria Egipcía­ca que foi muito elo­gia­do pela maneira como se desen­volveu na aveni­da. “Já era um dese­jo da comu­nidade de ter um enre­do afro, e mais que isso, a Viradouro tem tido enre­dos que trazem infor­mações, con­ceitos e histórias novos. Isso tem lev­a­do a comu­nidade a gostar desse tipo de enre­do e estu­dar mais. Ten­ho sen­ti­do que estão bem felizes com essa temáti­ca”.

Ele citou a men­sagem de um com­po­nente da esco­la com o lança­men­to do enre­do. “Tar­cí­sio me fazen­do ler mais do que na época que eu estu­da­va. Achei isso óti­mo. Essa é nos­sa mis­são tam­bém, de traz­er leitu­ra, con­hec­i­men­to, cul­tura”.

Samba

De acor­do com Zanon, os com­pos­i­tores que estão crian­do os sam­bas para par­tic­i­parem da seleção enten­der­am bem a men­sagem do enre­do. “É um enre­do que nasce de uma for­ma intu­iti­va, mas que fala de uma divin­dade que é diviniza­da a par­tir de uma vitória na guer­ra. Todo tem­po a gente tem esse espíri­to aguer­ri­do da ser­pente sagra­da, como o espíri­to dessas mul­heres para pro­te­ger o cul­to delas. A gente sente que virá um sam­ba forte, mís­ti­co, com essa força africana”, disse, acres­cen­tan­do que 80% do pro­je­to do car­naval 2024 estão pron­tos no papel, as ale­go­rias de 2023 já foram desmon­tadas e começou a mon­tagem das fer­ra­gens das ale­go­rias para o próx­i­mo des­file.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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