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Espaço de redução de danos acolhe intoxicados no carnaval de Brasília

Repro­dução: © Anto­nio Cruz/Agência Brasil

Iniciativa fornece água, glicose e espaço de descanso


Pub­li­ca­do em 20/02/2023 — 18:41 Por Well­ton Máx­i­mo – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Próx­i­mo à entra­da do Setor Car­navale­sco Sul, espaço insta­l­a­do no Setor Com­er­cial Sul de Brasília, no cen­tro da cap­i­tal, um estande chama atenção. Bati­za­da de espaço de redução de danos, uma área fornece água, ali­men­tos, gli­cose e espaço de des­can­so a pes­soas intox­i­cadas durante o car­naval brasiliense.

“Tra­bal­hamos o autocuida­do por meio da desin­tox­i­cação nat­ur­al”, expli­ca a ativista Beat­ryz Made­layne, que se define como mul­her trans redu­to­ra de danos. “Tomou uma cachac­in­ha a mais ou con­sum­iu algu­ma sub­stân­cia, vem des­cansar aqui por alguns min­u­tos.”

Brasília (DF), 20/02/2023 - Beatrys Madelayne durante entrevista para Agência Brasilia no carnaval de rua no setor comercial sul (SCS). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Repro­dução: Beat­rys Made­layne faz parte da equipe de redução de danos, por Anto­nio Cruz/Agência Brasil

O espaço não aju­da ape­nas pes­soas intox­i­cadas. Quem sofr­er de algu­ma dor no pé ou mal-estar asso­ci­a­do ao sol ou à lotação tam­bém pode des­cansar na área. Os redu­tores de danos tam­bém pro­movem o sexo seguro, fornecen­do camis­in­has e gel lubri­f­i­cante.

Ampliação

ação poli­cial na noite de sába­do (18) no Setor Car­navale­sco Sul, que dis­per­sou uma ten­ta­ti­va de invasão da área do blo­co com spray de pimen­ta, fez o espaço ampli­ar a estraté­gia de redução de danos. Des­de o domin­go (19), os ativis­tas fornecem água com gás e limão e vina­gre para pes­soas atingi­das por gás de pimen­ta.

“No sába­do à noite, isto aqui encheu de gente intox­i­ca­da com o gás que desceu e tomou con­ta do Setor Com­er­cial Sul”, diz Made­layne. “A gente teve de adap­tar nos­sa atu­ação para a vio­lên­cia poli­cial.”

Além do Setor Com­er­cial Sul, infor­mou a ativista, exis­tem espaços de redução de danos em pelo menos qua­tro pon­tos car­navale­scos do Dis­tri­to Fed­er­al: Bra­zlân­dia, Ceilân­dia, Para­noá e Vila Planal­to. Segun­do Made­layne, o grupo, que nasceu há cer­ca de 20 anos para reduzir danos cau­sa­dos pelo con­sumo de dro­gas sin­téti­cas em raves, expande a atu­ação para o car­naval e a per­ife­ria. “O maior índice de con­sumo de álcool está nas per­ife­rias. Além das raves da classe A, atu­amos no sam­ba e no car­naval”, desta­ca Made­layne.

Até o fim des­ta tarde, a folia no Setor Car­navale­sco Sul ocor­ria sem inci­dentes. No pal­co Ams­tel, o Blo­co Divin­dades apre­sen­ta­va números de músi­ca eletrôni­ca e de acroba­cias aéreas. Uma chu­va de cer­ca de 20 min­u­tos fez os foliões cor­rerem para debaixo das mar­quis­es da área. O públi­co, no entan­to, voltou para a frente do pal­co assim que o tem­po­ral pas­sou.

O pub­lic­itário Viní­cius Pontes, 25 anos, o Setor Car­navale­sco Sul elo­giou a infraestru­tu­ra do local, prin­ci­pal­mente o espaço de redução de danos. Para ele, a área aju­da a pre­venir casos de assé­dios a foliões bêba­dos ou intox­i­ca­dos, prin­ci­pal­mente mul­heres. “No pós-pan­demia, é necessário um espaço de acol­hi­men­to psi­cológi­co e social, não ape­nas em casos de intox­i­cação, mas de assé­dios”, diz o folião.

Brasília (DF), 20/02/2023 - Vinícius Pontes durante entrevista para Agência Brasilia no carnaval de rua no setor comercial sul (SCS). Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
Repro­dução:  Viní­cius Pontes durante entre­vista para Agên­cia Brasil­ia no car­naval de rua no Setor Com­er­cial Sul.  Anto­nio Cruz/Agência Brasil

Edição: Aline Leal

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