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Espetáculo circense com protagonistas negros estreia no Rio

Repro­dução: © Ser­gio Fernandes/Divulgação

Apresentações serão neste fim de semana no Circo Crescer e Viver


Pub­li­ca­do em 14/04/2023 — 06:15 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Depois de apre­sen­tações nas cap­i­tais de São Paulo e Minas Gerais, e no Fes­ti­val de Curiti­ba, o espetácu­lo musi­cal PROT{AGÔ}NISTAS – O Movi­men­to Negro no Pic­a­deiro chega ao Rio de Janeiro para três sessões. Elas serão real­izadas nes­ta sex­ta-feira (14) e sába­do (15), às 19h, e no domin­go (16), às 18h. Os ingres­sos cus­tam R$ 15 e podem ser adquiri­dos no site do Sym­pla. As apre­sen­tações ocor­rem no Cir­co Crescer e Viv­er, no bair­ro da Cidade Nova, região cen­tral da cidade.

Durante a apre­sen­tação nes­ta sex­ta-feira (14), haverá intér­prete de Libras e audiode­scrição. Às 11h, será real­iza­da palestra gra­tui­ta, com duração de uma hora. O tema Estou aqui — O lugar ocu­pa­do pelo artista negro e sua rep­re­sen­ta­tivi­dade na cena cul­tur­al nacional vai ser abor­da­do pela con­vi­da­da espe­cial Thal­li­ta Flor, uma pal­haça pre­ta da Cia Mala de Mão.

Rio de Janeiro (RJ) - Cena do espetáculo Prot(agô)nistas. Foto: Sergio Fernandes/Divulgação
Repro­dução: Rio de Janeiro — Cena do espetácu­lo Prot(agô)nistas. Foto: Ser­gio Fernandes/Divulgação — Ser­gio Fernandes/Divulgação

O dire­tor Ricar­do Rodrigues infor­mou que o espetácu­lo tem músi­cas autorais e traz uma ver­são afro­cen­tra­da, com nar­ra­ti­va sobre o negro em diás­po­ra no Brasil. O próprio títu­lo PROT{AGÔ}NISTAS traz a palavra agô entre chaves, extraí­da do idioma Iorubá, que sim­boliza a aber­tu­ra de por­tas e cam­in­hos.

Protagonismo

“O nome pro­tag­o­nista está no plur­al porque cada artista tem o seu momen­to de pro­tag­o­nis­mo no espetácu­lo, com as músi­cas autorais da própria ban­da, que toca ao vivo, e as ações circens­es que se dão den­tro de uma nar­ra­ti­va que fala de amor na comu­nidade pre­ta, de cabe­lo da pes­soa pre­ta, do quilom­bis­mo, do genocí­dio. São situ­ações implíc­i­tas, onde a plateia percebe e acom­pan­ha essa cel­e­bração circense no pic­a­deiro”, afir­mou Rodrigues.

Para o dire­tor, ape­sar de serem temas tristes, o espetácu­lo não visa a faz­er denún­cias. “Ele é cel­e­bra­ti­vo, circense, eufóri­co até, eu diria. O públi­co está muito jun­to, na fes­ta. Aci­ma de tudo, é cel­e­bração, é cir­co”.

Rio de Janeiro (RJ) - Cena do espetáculo Prot(agô)nistas. Foto: Sergio Fernandes/Divulgação
Repro­dução: Rio de Janeiro — Cena do espetácu­lo Prot(agô)nistas. Foto: Ser­gio Fernandes/Divulgação — Ser­gio Fernandes/Divulgação

O Cole­ti­vo Prot{agô}nistas é for­ma­do por 30 artis­tas negros, a maio­r­ia ori­un­da de per­ife­rias. No espetácu­lo no Rio, 21 artis­tas estarão em cena, entre mal­abaris­tas, trapezis­tas, músi­cos, pal­haços, con­tor­cionistas, bailar­i­nos. As core­ografias, que vão da capoeira ao hip hop, do balé ao Gum­boot­Dance, trazem o tom acrobáti­co que per­me­ia todo o espetácu­lo, com per­for­mances orga­ni­zadas por Wash­ing­ton Gabriel. A ilu­mi­nação val­oriza as cores que ressaltam a essên­cia do pan­teão da África.

Os autores do espetácu­lo são o Cole­ti­vo Prot{agô}nistas e Solas de Ven­to Pro­dução Cul­tur­al e Artís­ti­ca. Em jun­ho, ele dev­erá ser apre­sen­ta­do no Recife.

Edição: Graça Adju­to

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