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Estiagem se agrava no Amazonas e Rio Negro tem nova mínima histórica

Repro­dução: © Alex Pazuello/Secom

Medida de 13,19 metros é a menor desde 1902


Pub­li­ca­do em 21/10/2023 — 17:07 Por Bruno de Fre­itas Moura — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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O agrava­men­to da esti­agem que atinge o Ama­zonas fez o Rio Negro, um dos prin­ci­pais da região, atin­gir novo nív­el mín­i­mo históri­co. De acor­do com o Por­to de Man­aus, respon­sáv­el pela medição, a cota do rio chegou a 13,19 met­ros.

Des­de o fim de abril deste ano, o nív­el tem se reduzi­do grada­ti­va­mente. A pre­visão é que ele con­tin­ue baixan­do até o iní­cio de novem­bro, quan­do ter­mi­na o perío­do de esti­agem.

Para se ter uma ideia, o recorde de alta já medi­da foi 30,02 met­ros em 16 de jun­ho de 2021. Atual­mente, alguns rios do esta­do pare­cem estradas de bar­ro com bol­sões d’água e embar­cações ato­ladas.

A esti­agem causa efeitos em prati­ca­mente todo o Ama­zonas. De acor­do com o últi­mo bole­tim do gov­er­no estad­ual, divul­ga­do nes­sa sex­ta-feira (20), 59 dos 62 municí­pios ama­zo­nens­es estão em situ­ação de emergên­cia. Um está em aler­ta e dois em nor­mal­i­dade. Ain­da segun­do o bole­tim, 146 mil famílias foram afe­tadas, o que rep­re­sen­ta 590 mil pes­soas.

Esta sem­ana, a Mar­in­ha, por meio do Navio de Assistên­cia Hos­pi­ta­lar Soares de Meirelles, em ação con­jun­ta com o Exérci­to e autori­dades locais, dis­tribuiu mais de 6 mil ces­tas bási­cas e 1,1 mil caixas de água min­er­al em municí­pios da região do Alto Solimões. A dis­tribuição começou pelo municí­pio de Tabatin­ga, per­to da fron­teira com a Colôm­bia e o Peru.

Segun­do a Mar­in­ha, o navio é “o prin­ci­pal meio de trans­porte para dis­tribuição de ces­tas bási­cas e supri­men­tos essen­ci­ais na região”. A embar­cação deve per­cor­rer 1.350 quilômet­ros, incluin­do os municí­pios de Ben­jamin Con­stant, Ata­la­ia do Norte, Amaturá, San­to Antônio do Içá e Tonan­tins.

“A esti­agem pro­lon­ga­da colo­cou diver­sas comu­nidades em situ­ação de frag­ili­dade, dev­i­do às difi­cul­dades de abastec­i­men­to que estão enfrentan­do. Essa oper­ação é muito impor­tante por traz­er uma respos­ta ime­di­a­ta e ajudá-los a super­ar esse momen­to de difi­cul­dade”, disse o capitão de fra­ga­ta Ricar­do Sam­paio Bas­tos, capitão dos Por­tos de Tabatin­ga.

O Navio Soares Meirelles tam­bém atua no atendi­men­to primário à saúde e dis­tribuição de medica­men­tos para comu­nidades ribeir­in­has e indí­ge­nas.

Em out­ra ação de aju­da fed­er­al, o Min­istério da Saúde anun­ciou, na segun­da-feira (16), uma ver­ba de R$ 225 mil­hões para reforçar o atendi­men­to no Ama­zonas em razão da forte esti­agem.

Na sem­ana pas­sa­da, o min­istério envi­ou ao Ama­zonas sete kits calami­dade, con­tendo 32 medica­men­tos e 16 insumos, com capaci­dade para aten­der a 10,5 mil pes­soas por até um mês.

Na quin­ta-feira (19), o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va con­ver­sou, por tele­fone, com o pres­i­dente da Colôm­bia, Gus­ta­vo Petro. Os dois chefes de Esta­do abor­daram o tema da seca que atinge a Amazô­nia.

Edição: Graça Adju­to

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