...
sábado ,15 fevereiro 2025
Home / Espaço / Estudante brasileira descobre asteroide

Estudante brasileira descobre asteroide

asteroid20161103-nasa16

© Divulgação/Nasa (Repro­dução)

Imagens do corpo celeste foram captadas no dia 7 de janeiro


Pub­li­ca­do em 22/01/2021 — 15:09 Por Adrie­len Alves — Repórter da Rádio Nacional — Brasília

O céu de 7 de janeiro de 2021 não pas­sou desaperce­bido para Micaele Gomes, de 16 anos, que faz o ter­ceiro ano do ensi­no médio na rede públi­ca de São Paulo.

Em ima­gens cap­tadas pelo telescó­pio do pro­je­to Pan-STARRS1, que fica no alto de um vul­cão ina­ti­vo de cer­ca de 3 mil met­ros de alti­tude no Havaí, um cor­po celeste com tra­jetória em lin­ha reta chamou a atenção ds Micaele.

Era um aster­oide que foi, pro­vi­so­ri­a­mente, iden­ti­fi­ca­do como P11bEV1.

A estu­dante faz parte do Pro­je­to Caça Aster­oides, lig­a­do à Uni­ver­si­dade Estad­ual de São Paulo (Une­sp), que foi sele­ciona­do por um pro­gra­ma da Agên­cia Espa­cial Norte-Amer­i­cana (Nasa), o IASC (Inter­na­tion­al Astro­nom­i­cal Search Col­lab­o­ra­tion). A pro­pos­ta da Nasa é con­tar com a coop­er­ação de cien­tis­tas e cidadãos do mun­do inteiro para descober­tas sobre o uni­ver­so.

Micaele Gomes, que já par­ticipou da Olimpía­da Brasi­le­ria de Astrono­mia e Astronáu­ti­ca (OBA) diz que se orgul­ha de rep­re­sen­tar estu­dantes de esco­la públi­ca e que espera inspi­rar out­ras meni­nas. ”Poder con­tribuir para a ciên­cia des­ta for­ma rep­re­sen­ta muito a real­iza­ção de um son­ho. É muito legal ter um pouco dos meus son­hos reg­istra­dos no espaço.’

A estu­dante inte­gra um grupo, de cin­co alunos, orga­ni­za­do pela grad­uan­da em Físi­ca da Une­sp, Hele­na Fer­reira Car­rara, como parte do pro­je­to de ini­ci­ação cien­tí­fi­ca da grad­u­ação e do Obser­vatório de Astrono­mia de Bau­ru.

Os acha­dos do pro­je­to Caça Aster­oides vão con­tribuir para os estu­dos de astrônomos profis­sion­ais, que nem sem­pre têm tem­po para anal­is­ar as ima­gens cap­turadas pelos telescó­pios, desta­ca Hele­na.

Ela expli­ca que a cri­ação do pro­je­to foi inspi­ra­da na filosofia da ciên­cia cidadã e na inclusão de alunos, espe­cial­mente da rede públi­ca, que enfrentam desafios para apro­fun­dar pesquisas, mas que podem aju­dar as agên­cias espa­ci­ais, como é o caso de Micaele.

O aster­oide descober­to por Micaele Gomes ago­ra terá as car­ac­terís­ti­cas e rota anal­isadas por astrônomos profis­sion­ais, tra­bal­ho que pode levar até cin­co anos.

Após esse perío­do, o estu­do será cat­a­lo­ga­do pelo Minor Plan­et Cen­ter (Har­vard) e então poderá ser bati­za­do pela desco­bri­do­ra. A pro­pos­ta será então lev­a­da à União Astronômi­ca Inter­na­cional, órgão que des­igna ofi­cial­mente essas iden­ti­fi­cações.

Sobre o nome, Micaele diz que, com cal­ma, nos próx­i­mos dias ou meses, pen­sará em algo espe­cial que rep­re­sente bem este momen­to.

Ouça na Radioagên­cia Nacional:

Edição: Nádia Fran­co

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Chuvas de meteoro e eclipses: confira o calendário astronômico de 2025

Vários eventos serão visíveis no Brasil Fabío­la Sin­im­bú — Repórter da Agên­cia Brasil Pub­li­ca­do em …