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Estúdio-escola vai produzir animações brasileiras em Minas Gerais

Repro­dução: © Pixar/Divulgação

Animaparque é parte do polo audiovisual da Zona da Mata


Pub­li­ca­do em 02/12/2023 — 09:56 Por Vitor Abdala – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Um estú­dio-esco­la volta­do para o ensi­no e a pro­dução de ani­mações foi insta­l­a­do no municí­pio de Cataguas­es, Minas Gerais. O Ani­ma­parque inte­gra o Polo Audio­vi­su­al da Zona da Mata Mineira e começará a rece­ber as primeiras pro­duções no ano que vem. Inau­gu­ra­do na últi­ma quin­ta-feira (30), o par­que ocu­pa área de 10 mil met­ros quadra­dos e é geri­do pela Agên­cia de Desen­volvi­men­to do Polo Audio­vi­su­al (Apo­lo), com apoio do Grupo Ener­gisa.

O espaço con­ta, em sua estru­tu­ra, com áreas para pro­dução e pós-pro­dução de audio­vi­su­al, estú­dios, lab­o­ratório mul­ti­mí­dia, áudio e tril­has sono­ras, ateliês téc­ni­cos de cenografia, arte e fig­uri­no, camarins, sala de direção e base de pro­dução.

“De 2010 para cá, o Brasil virou uma grande refer­ên­cia na pro­dução de filmes de ani­mação no mun­do. Vários filmes nacionais gan­haram reper­cussão no mun­do, como O Meni­no e o Mun­do [indi­ca­do ao Oscar de Mel­hor Ani­mação de 2016] e Amor e Fúria. A par­tir de 2018, começamos a tra­bal­har aqui na região tam­bém com o setor de ani­mação. O mer­ca­do de ani­mação é potente, tem impacto no mun­do todo. E a nos­sa intenção era perseguir essa vocação para a região”, afir­ma o dire­tor-pres­i­dente da Apo­lo, Cesar Piva.

Entre as primeiras pro­duções a serem rece­bidas pelo Ani­ma­parque está a ani­mação O Pin­guim Tupiniquim, basea­da no livro homôn­i­mo da auto­ra Índi­go. O filme será pro­duzi­do pela Coala Filmes, do ani­mador Cesar Cabral, em parce­ria com o El Taller del Chu­cho, estú­dio fun­da­do pelo mex­i­cano Guiller­mo del Toro.

Out­ra pro­dução pre­vista para o Ani­ma­parque será A Mar­cha dos Girassóis, ani­mação em stop motion (modal­i­dade em que o per­son­agem é movi­men­ta­do frame a frame pelas mãos do ani­mador) da pro­du­to­ra mineira Tubz Estú­dio Audio­vi­su­al. Ambas pro­duções devem ger­ar 100 pos­tos de tra­bal­ho.

De acor­do com Piva, pro­je­tos de ani­mação têm pra­zo mais lon­go que out­ros tipos de pro­duções audio­vi­suais. Um lon­ga-metragem, por exem­p­lo, pode levar mais de dois anos para ficar pron­to, o que garante empre­gos por mais tem­po.

Em ter­mos de ensi­no, o Ani­ma­parque está receben­do o cur­so de grad­u­ação de tec­nolo­gias em cin­e­ma e ani­mação, da Uni­ver­si­dade Estad­ual de Minas Gerais (Uemg), que já está na segun­da tur­ma e se prepara para sele­cionar mais 30 alunos para o próx­i­mo semes­tre.

“A uni­ver­si­dade é a primeira insti­tu­ição a ocu­par esse espaço. Hoje ela está com 60 alunos e dez pro­fes­sores ocu­pan­do as salas de aula e lab­o­ratórios do Ani­ma­parque”, infor­ma Piva. Segun­do ele, ess­es estu­dantes já podem começar a se envolver nas pro­duções que chegarão ao polo.

Para a coor­de­nado­ra de Inves­ti­men­to Social do Grupo Ener­gisa, Delâ­nia Azeve­do, o grande difer­en­cial do Ani­ma­parque é inte­ri­orizar a pro­dução de ani­mação no país e “faz­er desen­volvi­men­to com sus­tentabil­i­dade, através da cul­tura”.

Edição: Nádia Fran­co

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