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Estudo avalia disparidades no serviço público entre grandes cidades

Pesquisa considera diferenças entre os 100 municípios mais populosos

Guil­herme Jerony­mo — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 07/11/2024 — 07:12
São Paulo
Rio de Janeiro (RJ), 29/08/2024 - Rio Faria-Timbó, na comunidade de Manguinhos, zona norte da cidade. Um esgoto a céu aberto. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Municí­pios das regiões Sud­este e Sul têm mel­hor desem­pen­ho em relação às políti­cas públi­cas esta­b­ele­ci­das nas áreas de saúde, edu­cação, sanea­men­to e segu­rança. É o que rev­ela o estu­do Desafios da Gestão Munic­i­pal 2024, que avaliou o desem­pen­ho dos 100 municí­pios mais pop­u­losos do Brasil em relação a essas políti­cas. A com­para­ção foi esta­b­ele­ci­da a par­tir de indi­cadores públi­cos para essas áreas, como a taxa de mor­tal­i­dade por habi­tante, a quan­ti­dade de cri­anças matric­u­ladas e o aces­so a atendi­men­to pré-natal, entre out­ros.

O estu­do, em sua sex­ta edição, foi real­iza­do pela con­sul­to­ria Macroplan e pode ser con­sul­ta­do aqui.

As cidades anal­isadas detêm cer­ca de metade do Pro­du­to Inter­no Bru­to (PIB), mas tem desafios par­tic­u­lares. O índice apon­tou situ­ação mel­hor nas regiões Sud­este e Sul, onde estão os 25 municí­pios mel­hor avali­a­dos. Goiâ­nia (27ª) e Pal­mas (28ª) são as cidades com mel­hor clas­si­fi­cação fora das duas regiões. As cin­co cidades com mel­hores índices foram Mar­ingá (PR), em primeiro lugar, segui­da por Fran­ca (SP), Jun­di­aí (SP), Uber­lân­dia (MG) e Curiti­ba (PR).

Os úni­cos esta­dos com cidades entre as 25 mel­hores foram o Paraná, São Paulo, Minas Gerais, San­ta Cata­ri­na e o Espíri­to San­to. O Norte e o Nordeste apare­cem com 16 cidades entre as 25 pior avali­adas no rank­ing, que tem tam­bém grande pre­sença de municí­pios do Rio de Janeiro, seis ao todo, dos quais cin­co da Baix­a­da Flu­mi­nense.

As cin­co últi­mas posições cou­ber­am às cidades de Nova Iguaçu (96ª), Por­to Vel­ho (97ª), Belford Roxo (98ª), Duque de Cax­i­as (99ª) e Macapá (100ª). A difer­ença de pon­tu­ação entre a primeira colo­ca­da, com índice de 0,765, e a últi­ma, com 0,403, demon­stram que o atendi­men­tos com políti­cas públi­cas tem peso con­sid­er­av­el­mente menor, mes­mo con­sideran­do pop­u­lações pare­ci­das. Segun­do o Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE) a pop­u­lação em Mar­ingá esta­va na casa dos 410 mil habi­tantes em 2022, enquan­to Macapá tin­ha pouco mais de 442 mil moradores reg­istra­dos no mes­mo ano. Pesa a pobreza da cap­i­tal, com menos de metade do PIB per capi­ta da cidade do inte­ri­or do Paraná.

Em nota, a coor­de­nado­ra do estu­do e dire­to­ra de estu­dos e dados da Macroplan, Adri­ana Fontes, avaliou que  “o Brasil sem­pre foi con­heci­do pela ele­va­da desigual­dade que se reflete no desem­pen­ho dos municí­pios. O estu­do apon­ta resul­ta­dos muito dis­tin­tos entre municí­pios com taman­ho de pop­u­lação sim­i­lar den­tro de uma mes­ma região. Gerir com base em evidên­cias, tra­bal­har em coop­er­ação com out­ros entes da Fed­er­ação, bus­car as boas práti­cas de out­ras cidades e dar con­tinuidade às políti­cas públi­cas exi­tosas é fun­da­men­tal para evoluir de for­ma mais acel­er­a­da, evi­tan­do des­perdí­cios de recur­sos e reduzin­do desigual­dades”.

Os indi­cadores agru­pa­dos com­preen­der­am o perío­do entre 2010 e 2023, crian­do um índice próprio, com critérios semel­hantes ao Índice de Desen­volvi­men­to Humano (IDH) e que acom­pan­hou a tra­jetória dos dados munic­i­pais nas últi­mas cin­co gestões.

O recorte esta­b­ele­ci­do deter­mi­nou uma maio­r­ia de cidades estu­dadas na Região Sud­este, sendo 30 dos municí­pios na lista em São Paulo, unidade fed­er­a­ti­va mais rep­re­sen­ta­da. Na con­tramão, os esta­dos do Acre, de Alagoas, do Amapá, Ama­zonas, Maran­hão, Piauí, Rio Grande do Norte, de Rondô­nia, Roraima, Sergipe e do Tocan­tins têm somente suas cap­i­tais avali­adas. Brasília, no Dis­tri­to Fed­er­al, não foi con­sid­er­a­da.

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