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Estudo reúne pesquisas sobre educação na pandemia

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© Divulgação/MCTIC (Repro­du­ção)

Suspensão de aulas presenciais mostrou uma série de desigualdades


Publi­ca­do em 09/02/2021 — 05:50 Por Mari­a­na Tokar­nia — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Rio de Janei­ro

A pan­de­mia do novo coro­na­ví­rus teve gran­de impac­to na edu­ca­ção bra­si­lei­ra em 2020. A sus­pen­são das aulas pre­sen­ci­ais nas esco­las públi­cas e par­ti­cu­la­res evi­den­ci­ou uma série de desi­gual­da­des, dei­xan­do, inclu­si­ve, estu­dan­tes sem aten­di­men­to. A publi­ca­ção Retra­tos da Edu­ca­ção no Con­tex­to da Pan­de­mia do Coro­na­ví­rus — Um olhar sobre múl­ti­plas desi­gual­da­des reú­ne cin­co estu­dos, rea­li­za­dos entre maio e julho de 2020, que se pro­pu­se­ram a cole­tar dados e depoi­men­tos sobre o ensi­no no país. 

“A ideia é ter um mate­ri­al que tra­ga as visões de dife­ren­tes ato­res, como foi esse perío­do para os pro­fes­so­res, como foi para os pais, como foi para os ges­to­res, em se tra­tan­do de toma­da de deci­são para a edu­ca­ção. Assim, pas­sar uma visão com­ple­ta de qual foi o cená­rio edu­ca­ci­o­nal nes­se perío­do”, expli­ca o dire­tor-fun­da­dor do Inter­dis­ci­pli­na­ri­da­de e Evi­dên­ci­as no Deba­te Edu­ca­ci­o­nal (Iede), Ernes­to Faria, um dos par­ti­ci­pan­tes do estu­do.

A com­pi­la­ção pode, de acor­do com Faria, ser­vir como sub­sí­dio para que redes de ensi­no e esco­las pos­sam se pre­pa­rar melhor para 2021. “[A pan­de­mia] é um perío­do que gera vári­as desi­gual­da­des. A gen­te pre­ci­sa enten­der quais desi­gual­da­des são essas para daí poder ten­tar se ante­ci­par a alguns pro­ble­mas, como a eva­são dos alu­nos”, diz.

Uma das pes­qui­sas que inte­gram a publi­ca­ção, rea­li­za­da pela Fun­da­ção Lemann, o Itaú Soci­al e Ima­gi­na­ble Futu­res, mos­tra que três meses depois do iní­cio da sus­pen­são das aulas pre­sen­ci­ais, ain­da havia cer­ca de 4,8 milhões de estu­dan­tes, o equi­va­len­te a 18% do total de alu­nos do ensi­no fun­da­men­tal e do ensi­no médio da rede públi­ca, que não teri­am rece­bi­do nenhum tipo de ati­vi­da­de, nem por mei­os ele­trô­ni­cos, nem impres­sos.

Além dis­so, mais de qua­tro em cada dez estu­dan­tes, o equi­va­len­te a 42%, não teri­am, segun­do seus fami­li­a­res, equi­pa­men­tos e con­di­ções de aces­so ade­qua­dos para o con­tex­to da edu­ca­ção não pre­sen­ci­al. Fica­ram tam­bém evi­den­tes desi­gual­da­des regi­o­nais. Enquan­to qua­se sete em cada dez estu­dan­tes do ensi­no médio na região Sudes­te tive­ram aulas onli­ne medi­a­das por seus pro­fes­so­res, essa pro­por­ção foi de pou­co mais de qua­tro em cada dez nas regiões Nor­des­te e Sul.

Um dos gran­des impac­tos a ser sen­ti­do ain­da este ano, de acor­do com Faria, pode­rá ser o aumen­to da eva­são esco­lar daque­les que não segui­rão estu­dan­do em 2021. Mais de um em cada qua­tro jovens do ensi­no médio já pen­sou em não vol­tar para a esco­la ao final do perío­do de sus­pen­são das aulas, segun­do estu­do rea­li­za­do pelo Con­se­lho Naci­o­nal de Juven­tu­de (Con­ju­ve) e por par­cei­ros.

Com aná­li­se e tex­to de Ana Lúcia Lima, da Conhe­ci­men­to Soci­al, inte­gram a publi­ca­ção a Fun­da­ção Car­los Cha­gas, Fun­da­ção Rober­to Mari­nho, Fun­da­ção Lemann, o Itaú Soci­al, Ins­ti­tu­to Penín­su­la e Iede. O estu­do está dis­po­ní­vel na ínte­gra na inter­net.

Edi­ção: Gra­ça Adju­to

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