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Exercícios podem prevenir quedas em idosos e melhorar recuperação

Prática de atividades melhora resistência, flexibilidade e equilíbrio

Tâmara Freire – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 27/04/2025 — 10:04
Rio de Janeiro
Brasília - Idosos participam de atividades no Parque da Cidade em comemoração ao Dia Internacional do Idoso (Valter Campanato/Agência Brasil)
Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Os brasileiros estão viven­do mais, e as pes­soas com idade aci­ma de 65 anos já pas­sam de 10% da pop­u­lação, con­forme dados do últi­mo cen­so demográ­fi­co do Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE). Cuida­dos sim­ples previnem uma das prin­ci­pais causas de diminuição da qual­i­dade de vida entre os idosos, que podem inclu­sive resul­tar em inca­paci­dade per­ma­nente e morte: as quedas.

O Insti­tu­to Nacional de Trau­ma­tolo­gia e Orto­pe­dia (Into) esti­ma que, anual­mente, um terço das pes­soas com mais de 65 anos sofrem quedas, pro­porção que sobe para 40% entre os idosos a par­tir de 80 anos. E o local onde ocor­rem mais quedas é den­tro da própria casa.

A fisioter­apeu­ta Raquel Gonçalves, que é douto­ra em ciên­cias da reabil­i­tação pela Uni­ver­si­dade de São Paulo (USP), diz que a pop­u­lação já tem mais con­sciên­cia sobre as adap­tações necessárias no ambi­ente, como a reti­ra­da de tapetes, colo­cação de bar­ras de apoio em locais de maior peri­go, como o ban­heiro, e o uso de sap­atos anti­der­ra­pantes. Ain­da exis­tem, porém, pes­soas que neg­li­gen­ci­am a ativi­dade físi­ca, essen­cial para mel­ho­ria da resistên­cia, flex­i­bil­i­dade e equi­líbrio, o que reduz o risco de quedas.

“A pes­soa que se man­tém ati­va ao lon­go da vida ou começa a faz­er exer­cí­cios vai ter um proces­so de envel­hec­i­men­to muito difer­ente. A gente fala muito de sar­cope­nia, que é a per­da de mas­sa mus­cu­lar e se você faz ativi­dade físi­ca, você evi­ta essa sar­cope­nia, que já começa aos 30 anos. Então, quan­do você chegar aos 65, 70 anos, se mes­mo assim even­tual­mente acon­te­cer algum tipo de que­da ou fratu­ra, a recu­per­ação é muito mais fácil”, com­ple­men­ta Raquel.

De acor­do com a espe­cial­ista, mes­mo quem já é idoso e não acu­mu­lou essa reser­va ao lon­go da vida, se ben­e­fi­cia dos exer­cí­cios ini­ci­a­dos nes­sa fase: “Eles podem ser admin­istra­dos por um fisioter­apeu­ta, claro, mas tam­bém podem ser repro­duzi­dos por um famil­iar ou um cuidador. Mes­mo exer­cí­cio sim­ples de equi­líbrio, de força mus­cu­lar, já con­tribuem muito.”

Raquel tam­bém reforça que a reabil­i­tação após a que­da é essen­cial para que a pes­soa recu­pere sua qual­i­dade de vida: “Quan­do o idoso cai, se ele tiv­er uma fratu­ra, geral­mente ele perde autono­mia, muitas vezes pre­cisa ficar de repouso na cama… Isso tem uma con­se­quên­cia psi­cológ­i­ca muito grande. Além dis­so, ele começa a ter uma per­da de mas­sa mus­cu­lar cada vez mais acen­tu­a­da, porque ele está imóv­el”.

Ela aler­ta que os exer­cí­cios não podem ser aban­don­a­dos após a recu­per­ação.

“Mui­ta gente pen­sa: ‘mel­hor­ei um pouco, então eu pos­so parar’. Não! Tem que pen­sar: ‘eu me recu­perei, ago­ra eu vou per­manecer fazen­do os exer­cí­cios, para man­ter essa mas­sa mus­cu­lar, para man­ter a min­ha força e não ser tão afe­ta­do com o pas­sar do tem­po’ ”, afir­ma a fisioter­apeu­ta.

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