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Fabricante dará prioridade da vacina contra dengue ao SUS

Repro­dução: © Rogério Vidmantas/Prefeitura de Doura­dos

Em comunicado, empresa disse que limitará fornecimento à rede privada


Pub­li­ca­do em 05/02/2024 — 21:33 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A far­ma­cêu­ti­ca Take­da, que pro­duz a vaci­na con­tra a dengue (Qden­ga), emi­tiu um comu­ni­ca­do nes­ta segun­da-feira (5) para infor­mar a decisão de pri­orizar o atendi­men­to aos pedi­dos do Min­istério da Saúde no fornec­i­men­to dos imu­nizantes. De acor­do com o comu­ni­ca­do, a Take­da sus­pendeu a assi­natu­ra de con­tratos dire­tos com esta­dos e municí­pios e vai lim­i­tar o fornec­i­men­to da vaci­na na rede pri­va­da ape­nas para suprir o quan­ti­ta­ti­vo necessário para as pes­soas que tomaram a primeira dose do imu­nizante com­pletem o esque­ma vaci­nal com a segun­da dose, após um inter­va­lo de três meses.

A medi­da foi toma­da, segun­do a empre­sa, diante do cenário de inclusão da Qden­ga no Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) e o agrava­men­to da epi­demia de dengue em diver­sas regiões do país.

“Em lin­ha com o princí­pio da equidade na saúde, a Take­da está com­pro­meti­da em apoiar as autori­dades de saúde, por­tan­to seus esforços estão volta­dos para aten­der a deman­da do Min­istério da Saúde, con­forme a estraté­gia vaci­nal defini­da pelo Depar­ta­men­to do Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções (DPNI) que con­sid­era faixa etária e regiões para rece­berem a vaci­na. Con­forme já anun­ci­a­do, temos garan­ti­da a entre­ga de 6,6 mil­hões de dos­es para o ano de 2024 e o pro­vi­sion­a­men­to de mais 9 mil­hões de dos­es para o ano de 2025. Em para­le­lo, esta­mos bus­can­do todas as soluções pos­síveis para aumen­tar o número de dos­es disponíveis no país, e não medi­re­mos esforços para isso”, diz o comu­ni­ca­do.

A decisão não prej­u­di­ca com­pro­mis­sos pre­vi­a­mente fir­ma­dos com municí­pios antes da incor­po­ração da Qden­ga ao SUS, obser­vou a empre­sa.

Ain­da segun­do a far­ma­cêu­ti­ca, a pre­visão é que o fornec­i­men­to glob­al da vaci­na Qden­ga atin­ja a meta de 100 mil­hões de dos­es por ano até 2030, o que inclui um novo cen­tro inter­na­cional ded­i­ca­do à pro­dução de vaci­nas, na Ale­man­ha, pre­vis­to para ser lança­do em 2025.

Vacinação

A vaci­na Qden­ga teve o reg­istro aprova­do pela Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária (Anvisa) em março de 2023. O proces­so per­mite a com­er­cial­iza­ção do pro­du­to no Brasil, des­de que man­ti­das as condições aprovadas. Em dezem­bro, o Min­istério da Saúde anun­ciou a incor­po­ração do insumo no Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS).

Na próx­i­ma sem­ana, as dos­es começam a ser dis­tribuí­das a 521 municí­pios sele­ciona­dos pelo Min­istério da Saúde para ini­ciar a vaci­nação na rede públi­ca. As cidades com­põem um total de 37 regiões de saúde que, segun­do a pas­ta, são con­sid­er­adas endêmi­cas para a doença. Serão vaci­nadas cri­anças e ado­les­centes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que con­cen­tra maior número de hos­pi­tal­iza­ções por dengue, atrás ape­nas dos idosos.

» Tire as dúvi­das sobre a vaci­na da dengue

Epidemia

O Brasil vive uma explosão de casos de dengue que fez com que o Dis­tri­to Fed­er­al e três esta­dos, além do municí­pio do Rio de Janeiro, dec­re­tassem situ­ação de emergên­cia por con­ta da doença. Na últi­ma sex­ta-feira (3), o Min­istério da Saúde abriu o Cen­tro de Oper­ações de Emergên­cias (COE) con­tra a dengue, em Brasília.

Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC
Repro­dução: Arte/EBC

Edição: Car­oli­na Pimentel

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