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Falta de água potável impacta mais crianças negras e indígenas

Repro­dução: © Breakdown/Pixabay

Unicef divulgou análise na véspera do Dia Mundial da Água


Publicado em 21/03/2024 — 20:06 Por Sabrina Craide — Repórter da Agência Brasil  — Brasília
Atualizado em 21/03/2024 — 20:09

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No Brasil, 2,1 mil­hões de cri­anças e ado­les­centes de zero a 19 anos vivem sem aces­so ade­qua­do à água potáv­el. O per­centu­al de cri­anças e ado­les­centes negros sem aces­so ade­qua­do à água é de 4,7%, o dobro do reg­istra­do entre bran­cos, de 2,2%. Os dados foram divul­ga­dos nes­ta quin­ta-feira (21), véspera do Dia Mundi­al da Água. 

Já entre cri­anças e ado­les­centes indí­ge­nas, esse per­centu­al é 11 vezes maior do que o de bran­cos (25%). Os 15 esta­dos com maiores per­centu­ais de cri­anças e ado­les­centes sem aces­so ade­qua­do à água estão nas regiões Norte e Nordeste do país.

Os dados são de uma análise do Fun­do das Nações Unidas para a Infân­cia (Unicef) com base no Cen­so Demográ­fi­co 2022, do Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE).

De acor­do com o Cen­so Esco­lar 2023, 1,2 mil­hão de estu­dantes estão matric­u­la­dos em 7,5 mil esco­las públi­cas que não têm água potáv­el. Entre eles, 184 mil meni­nos e meni­nas estão em 2,7 mil esco­las em que o aces­so à água é inex­is­tente.

Segun­do o Unicef, o aces­so precário ou inex­is­tente à água pode ger­ar prob­le­mas que prej­u­dicam o desen­volvi­men­to de cri­anças e ado­les­centes em idade esco­lar, levan­do ao risco de doenças, aban­dono ou atra­so esco­lar e aumen­to das desigual­dades.

Dados da Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) de 2016 mostram que 20% das mortes de cri­anças abaixo de 5 anos, por ano, no mun­do, têm como causa a diar­reia. Um estu­do da Fun­dação Oswal­do Cruz de 2022 esti­mou que cri­anças indí­ge­nas têm 14 vezes mais chances de mor­rer por diar­reia, com­para­do com out­ros gru­pos pop­u­la­cionais.

Medidas

Entre as medi­das recomen­dadas pelo Unicef para mudar esse cenário estão a pri­or­iza­ção de inves­ti­men­to no setor; a ampli­ação e for­t­alec­i­men­to dos os serviços de aces­so à água potáv­el. Tam­bém é necessário pri­orizar as comu­nidades mais vul­neráveis em pro­gra­mas e políti­cas de água, sanea­men­to e higiene.

A enti­dade tam­bém defende a aprovação do PL 5696/23, que exige o fornec­i­men­to de água potáv­el nas insti­tu­ições de ensi­no. A matéria trami­ta no Con­gres­so Nacional em caráter con­clu­si­vo e será anal­isa­da pelas comis­sões de Edu­cação; de Finanças e Trib­u­tação; e de Con­sti­tu­ição e Justiça e de Cidada­nia.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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