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Ferramenta mede vulnerabilidade de pacientes do SUS

Repro­dução: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Uso do aplicativo já foi iniciado em unidades da capital paulista


Pub­li­ca­do em 16/12/2023 — 09:00 Por Vitor Abdala — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Uma fer­ra­men­ta desen­volvi­da em parce­ria entre uma insti­tu­ição de pesquisa pri­va­da e o Min­istério da Saúde mede a vul­ner­a­bil­i­dade econômi­ca e social das famílias que usam o Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS). A Escala de Vul­ner­a­bil­i­dade Social foi pro­duzi­da por pesquisadores do Insti­tu­to Israeli­ta de Ensi­no e Pesquisa Albert Ein­stein.

Por meio de um ques­tionário de 14 per­gun­tas, que pode ser apli­ca­do pelo profis­sion­al de saúde ou respon­di­do dire­ta­mente pelo paciente, é pos­sív­el iden­ti­ficar o grau de vul­ner­a­bil­i­dade das pes­soas que uti­lizam o serviço públi­co.

São per­gun­tas rel­a­ti­vas a dimen­sões de ren­da, cuida­do em saúde, família e vio­lên­cia. A par­tir das respostas, é pos­sív­el clas­si­ficar as famílias em graus de vul­ner­a­bil­i­dade baixa, mod­er­a­da ou alta.

“Nas unidades bási­cas, a gente pre­cisa con­hecer todo o ter­ritório e as vul­ner­a­bil­i­dades desse ter­ritório, para pen­sar nas estraté­gias de aces­so”, expli­ca Mar­cio Paresque, ger­ente de pro­je­tos do Ein­stein.

“Isso é impor­tante para que o profis­sion­al de saúde pos­sa ter essa leitu­ra tan­to no âmbito de pre­venção quan­to no assis­ten­cial. Uma coisa é ter uma família sem vul­ner­a­bil­i­dade com um hiperten­so. Out­ra coisa é ter um hiperten­so em família em alta vul­ner­a­bil­i­dade.

A apli­cação da Escala de Vul­ner­a­bil­i­dade Social já foi ini­ci­a­da em unidades munic­i­pais das regiões de Cam­po Limpo, Vila Andrade e Paraisópo­lis, na cap­i­tal paulista, que têm cer­ca de 100 mil famílias cadastradas.

Ali, con­sta­tou-se que 12,6% das famílias aten­di­das apre­sen­tam vul­ner­a­bil­i­dade mod­er­a­da e 7,67% vivem em vul­ner­a­bil­i­dade alta.

A sug­estão é que a fer­ra­men­ta seja usa­da em out­ras unidades do SUS em todo o Brasil. Segun­do Paresque, a Prefeitu­ra de Boa Vista, em Roraima, já anun­ciou a adoção da escala e o esta­do do Paraná sug­eriu aos seus municí­pios que passem a adotá-la.

A escala foi desen­volvi­da como parte do Pro­gra­ma de Apoio ao Desen­volvi­men­to Insti­tu­cional do Sis­tema Úni­co de Saúde (Proa­di-SUS), uma parce­ria do Min­istério da Saúde com seis hos­pi­tais sem fins lucra­tivos brasileiros, cri­a­da em 2009, com o propósi­to de apoiar e apri­morar o SUS por meio de pro­je­tos de capac­i­tação de recur­sos humanos, pesquisa, avali­ação e incor­po­ração de tec­nolo­gias, gestão e assistên­cia espe­cial­iza­da.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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