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Festival da Casa do Choro homenageia músicos Zé Menezes e Dominguinhos

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Repro­dução: © Flo­ra Pimentel/Casa do Choro

Evento oferece até dia 23 aulas, palestras e shows em formato digital


Pub­li­ca­do em 19/04/2021 — 15:42 Por Alana Gan­dra – Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Começou hoje (19) o 3º Fes­ti­val da Casa do Choro, ofer­e­cen­do ao públi­co, em ambi­ente vir­tu­al inteira­mente gra­tu­ito, a opor­tu­nidade de assi­s­tir a shows diários de grandes nomes deste gênero. O fes­ti­val vai até sex­ta-feira (23), quan­do se comem­o­ra o Dia Nacional do Choro. A data é a de nasci­men­to do mae­stro, músi­co, com­pos­i­tor e arran­jador Alfre­do da Rocha Vian­na Fil­ho, o Pixin­guin­ha.

O fes­ti­val reúne músi­cos como Luciana Rabel­lo, Cristóvão Bas­tos, Mauri­cio Car­ril­ho, Jayme Vig­no­li, Rui Alvim, Pedro Aragão e Paulo Aragão. Os shows serão real­iza­dos sem­pre às 21h, com trans­mis­são pela platafor­ma Casa Do Choro Dig­i­tal e no YouTube. Os hom­e­nagea­d­os na ter­ceira edição do fes­ti­val são o com­pos­i­tor, mae­stro e mul­ti-ins­tu­men­tista Zé Menezes, que faria 100 anos neste ano, e o san­foneiro Domin­guin­hos, que com­ple­taria 80 anos de idade.

A parte da man­hã do fes­ti­val foi reser­va­da para aulas de instru­men­tos, que somam mais de 530 pes­soas inscritas de nív­el não ini­ciante em choro. Foi a úni­ca parte do even­to que teve inscrições prévias, já encer­radas, para mon­tagem das tur­mas. As demais ativi­dades são aber­tas ao públi­co em ger­al, infor­mou à Agên­cia Brasil a cavaquista e com­pos­i­to­ra Luciana Rabel­lo, cri­ado­ra do Insti­tu­to Casa do Choro (ICC), jun­to com o com­pos­i­tor, arran­jador e vio­lonista Mauri­cio Car­ril­ho.

Palestras

À tarde, são dadas aulas, em for­ma­to de ofic­i­nas e palestras, por causa da pan­demia de covid-19, sobre as prin­ci­pais orques­tras e história da per­cussão, com­posições e arran­jos para jun­tar músi­cos no choro. Há tam­bém rodas de choro em for­ma­to vir­tu­al que são curiosas porque ninguém pode tocar jun­to, mas as pes­soas podem ouvir os músi­cos tocarem, indi­vid­ual­mente, disse Luciana. “É o que a gente está fazen­do. Um bate-papo e con­vi­da­dos que vão tocar e con­ver­sar com a gente.”

No fes­ti­val, as rodas entram no Insta­gram da Casa do Choro, com trans­mis­são ao vivo. Segun­do os orga­ni­zadores do even­to, o for­ma­to dig­i­tal dá às apre­sen­tações um alcance muito maior do que em qual­quer edição ante­ri­or. “Nos­sa pro­gra­mação pode ser acom­pan­ha­da de qual­quer can­to do mun­do”, afir­mou o músi­co Pedro Paulo Mal­ta, apre­sen­ta­dor das rodas de choro vir­tu­ais. O even­to tem patrocínio dos gov­er­nos fed­er­al e flu­mi­nense e da Sec­re­taria de Esta­do de Cul­tura e Econo­mia Cria­ti­va do Rio de Janeiro, por meio da Lei Aldir Blanc.

Na ter­ceira edição, o fes­ti­val desta­ca o tra­bal­ho da Casa do Choro Dig­i­tal, por meio de uma platafor­ma de stream­ing (trans­mis­são de dados pela inter­net, prin­ci­pal­mente aúdio e vídeo, sem neces­si­dade de baixar o con­teú­do) exclu­si­va e com grande acer­vo. Em breve, será lança­da a Choro Time­line, que é uma lin­ha do tem­po vir­tu­al e inter­a­ti­va do gênero musi­cal.

Escola Portátil

No ano 2000, ao lado de Mauri­cio Car­ril­ho, mestre no vio­lão e sobrin­ho do flautista Altamiro Car­ril­ho, e out­ros músi­cos, Luciana Rabel­lo criou a Esco­la Portátil de Músi­ca (EPM), que acabou se tor­nan­do um cur­so de exten­são na grad­u­ação em Músi­ca da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Esta­do do Rio de Janeiro (Unirio). Car­ril­ho e Luciana são tam­bém ide­al­izadores da gravado­ra Acari Records, espe­cial­iza­da em choro. Entre os cri­adores da EPM, desta­cam-se ain­da Celsin­ho Sil­va, Álvaro Car­ril­ho e Pedro Amor­im.

Duas vezes por ano, são aber­tas inscrições para as aulas da EPM da Casa do Choro. “A Esco­la Portátil de Músi­ca atende alunos de todos os níveis. Quem nun­ca tocou um instru­men­to; quem tem nív­el inter­mediário, toca, mas não toca bem como gostaria; e tam­bém o nív­el profis­sion­al, porque a esco­la aca­ba aten­den­do músi­cos de out­ras lin­gua­gens e esti­los, que querem, ou con­hecer mais pro­fun­da­mente, ou imer­gir em um estu­do mais lon­go sobre o choro”, disse Luciana.

O cor­po docente da EPM é for­ma­do por grandes nomes como Cristóvão Bas­tos, Paulo Aragão, Jayme Vig­no­li, Amelia Rabel­lo, Rui Alvim e Bia Paes Leme. Em 21 anos de existên­cia, mais de 20 mil pes­soas pas­saram pelos ban­cos da esco­la. Com a chancela de enti­dade de util­i­dade públi­ca rece­bi­da em 2016 (Lei 7288), o Insti­tu­to Casa do Choro já rece­beu o Prêmio de Cul­tura do Esta­do do Rio de Janeiro e foi tema de estu­do de teses de mestra­do e doutora­do no Brasil e no exte­ri­or.

Edição: Nádia Fran­co

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