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Festival Mix Brasil introduz novas linguagens além de teatro e música

É o maior evento cultural LGBTQIA+ da América Latina

Lety­cia Bond — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 13/11/2024 — 09:09
São Paulo
São Paulo (SP) 13/11/2024 - Arte Visual XR Ursoveado - 32ª edição Festival Mix Brasil programação introduz novas linguagens além de teatro e música. Foto: Festival Mix Brasil/Divulgação
Repro­dução: © Fes­ti­val Mix Brasil/Divulgação

Dez espaços cul­tur­ais da cap­i­tal paulista sedi­am, a par­tir des­ta quar­ta-feira (13), a 32ª edição do Fes­ti­val MixBrasil de Cul­tura da Diver­si­dade, maior even­to cul­tur­al LGBTQIA+ da Améri­ca Lati­na, que terá pro­gra­mação com ativi­dades pres­en­ci­ais e online até o próx­i­mo dia 24. Este ano, o even­to hom­e­nageia o cineas­ta canadense Bruce LaBruce, expoente da cena inde­pen­dente, com o prêmio Ícone Mix, uma exposição no Museu da Imagem e do Som (IMS) e sessão de seu filme “O Intru­so”.

O fes­ti­val ado­tou como tema “É na luz que a gente se encon­tra” e sele­cio­nou 93 filmes de 32 país­es e de 12 esta­dos. Ofer­e­cer ao públi­co o con­ta­to com obras de real­i­dade vir­tu­al e desen­volvi­das com inteligên­cia arti­fi­cial (IA), cri­adas na França, Fin­lân­dia, Polô­nia, entre out­ros locais. Quem não apre­cia exper­iên­cias imer­si­vas ou out­ras lin­gua­gens poderá se entreter com out­ras atrações no cam­po da músi­ca, dos games, da lit­er­atu­ra e da per­for­mance, além de fes­tas.

Além do Museu da Imagem e do Som (MIS), fazem parte do roteiro o Cine­sesc, Cen­tro Cul­tur­al São Paulo (CCSP), Spcine Oli­do, Teatro Sér­gio Car­doso, Insti­tu­to Mor­eira Salles (IMS), Bib­liote­ca Mário de Andrade, Ocu­pação Artemisia/naUapi, Gale­ria Ver­mel­ho e Gale­ria Piege.

A orga­ni­za­ção do even­to plane­jou ain­da incluir as cri­anças na pro­gra­mação. Para elas, con­ce­beu a ativi­dade Crescen­do com a Diver­si­dade. Os ciné­fi­los poderão con­ferir, na aber­tu­ra do fes­ti­val, o lon­ga-metragem Aveni­da Beira-Mar, vence­dor do Prêmio Felix no Fes­ti­val do Rio e que nar­ra a história de uma meni­na de 13 anos de idade que sofre trans­for­mações após avis­tar uma mul­her trans nadan­do no mar.

Out­ros destaques são o filme Sebas­t­ian, da seleção ofi­cial do Fes­ti­val de Sun­dance, e a obra Emi Ofe, assi­na­da pela artista Igi Lola Ayedun e fei­ta total­mente com recur­sos de inteligên­cia arti­fi­cial. A brasileira bus­cou denun­ciar as vio­lações de dire­itos a que migrantes, negros e LGBTQIA+ estão sujeitos. Já Urso, Vea­do, Gato e Out­ros Bichos per­mite afi­ar o olhar diante do ani­mis­mo de povos amerín­dios.

O dire­tor do fes­ti­val, André Fis­ch­er, comen­ta que a curado­ria, que chama de “trans­mí­dia”, procurou vari­ar as lin­gua­gens das pro­duções e teve que lidar com a fal­ta de recur­sos para realizar o even­to deste ano, encon­tran­do a alter­na­ti­va entre cole­tivos com quem fir­mou parce­ria. A escassez de ver­bas para con­cretizar pro­je­tos artís­ti­co-cul­tur­ais foi, inclu­sive, como men­cio­nou, algo pre­sente tam­bém nos filmes, já que muitas das obras rodadas no ano pas­sa­do foram pos­síveis graças às leis Paulo Gus­ta­vo (Lei Com­ple­men­tar nº 195/2022) e Aldir Blanc (Lei nº 14.017/2020), ambas voltadas à classe artís­ti­ca e que lib­er­aram mon­tantes em caráter emer­gen­cial, pela pan­demia de covid-19.

“Há tan­to uma ger­ação que começou nov­in­ha, nos anos 1990, que hoje já está em out­ro lugar, com lon­gas-metra­gens, filmes alter­na­tivos, e uma ger­ação muito forte, que veio com essa pro­dução usan­do novos recur­sos tec­nológi­cos — faz com o celu­lar. Este ano tem um monte de filmes feitos com o celu­lar”, obser­va em relação aos real­izadores audio­vi­suais.

Quan­to ao públi­co que com­parece ao even­to, Fis­ch­er diz que é for­ma­do por pes­soas que já estiver­am em edições ante­ri­ores e uma segun­da parcela, inter­es­sa­da em novi­dades do mer­ca­do de tec­nolo­gia. O dire­tor lem­bra que esteve, recen­te­mente, reunido com cole­gas de todo o mun­do, que ressaltaram a idade mais ele­va­da como car­ac­terís­ti­ca do públi­co dos even­tos que orga­ni­zam. “A gente tem um públi­co ren­o­va­do, um que fre­quen­ta há 30 anos e, não se pode esque­cer que, quan­do a gente fala de LGBT+, tam­bém tem os rep­re­sen­ta­dos pelo [sinal de] +, que é quem está ques­tio­nan­do, não quer ser con­for­ma­do, ter suas iden­ti­dades de gênero ou ori­en­tações sex­u­ais con­for­madas em uma letra ou uma caixa”, sin­te­ti­za.

Serviço

32° Fes­ti­val Mix Brasil de Cul­tura da Diver­si­dade

13 a 24 de novem­bro de 2024

Toda pro­gra­mação é gra­tui­ta, exce­to o show do Gon­go.

mixbrasil.org.br

Locais: Cine­sesc — Os ingres­sos serão disponi­bi­liza­dos na bil­hete­ria do cin­e­ma uma hora antes do iní­cio de cada sessão.

Cen­tro Cul­tur­al São Paulo (Sala Paulo Emílio) — Os ingres­sos serão disponi­bi­liza­dos na bil­hete­ria do espaço uma hora antes do iní­cio de cada sessão.

Spcine Oli­do — Os ingres­sos serão disponi­bi­liza­dos na bil­hete­ria do espaço uma hora antes do iní­cio de cada sessão.

MIS – Museu da Imagem e do Som — Os ingres­sos serão disponi­bi­liza­dos na bil­hete­ria do espaço uma hora antes do iní­cio de cada sessão. O aces­so às exper­iên­cias XR e a exposição acon­te­cerão por ordem de chega­da.

IMS – Insti­tu­to Mor­eira Salles — Os ingres­sos serão disponi­bi­liza­dos na bil­hete­ria do espaço uma hora antes do iní­cio de cada sessão.

Teatro Sér­gio Car­doso – Show do Gon­go| Entra­da: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Ocu­pação Artemisia (Vila Mar­i­ana) — Gra­tu­ito e sujeito a lotação

Gale­ria Ver­mel­ho – Gra­tu­ito e sujeito a lotação

Gale­ria Piege – Gra­tu­ito e aber­to ao públi­co

*Para mais infor­mações, con­sulte a bil­hete­ria de cada espaço

Pro­gra­mação online: Sesc Dig­i­tal, Spcine Play e IC Play

Insta­gram: @festivalmixbrasil

Face­book: Fes­ti­val MixBrasil

Threads: fes­ti­valmixbrasil

Tik­Tok:  mixbrasil

 

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