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Filipe Toledo conquista bicampeonato mundial de surfe

Repro­dução: © Thi­a­go Diz/WSL

Paulista mantém domínio do Brasil, que chega a sete títulos desde 2014


Pub­li­ca­do em 09/09/2023 — 20:11 Por Lin­coln Chaves — Repórter da EBC — São Paulo

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O brasileiro Fil­ipe Tole­do con­quis­tou, neste sába­do (9), o bicam­pe­ona­to da Liga Mundi­al de Surfe (WSL, pela sigla em inglês). Paulista de Ubatu­ba, o sur­fista de 28 anos venceu a eta­pa final do cir­cuito (WSL Finals), dis­puta­da em Low­er Tres­tles, nos Esta­dos Unidos. Na decisão, ele super­ou o aus­traliano Ethan Ewing duas vezes, em uma mel­hor de três bate­rias.

A con­quista de Fil­ip­in­ho, como é con­heci­do, man­tém a hege­mo­nia do Brasil no prin­ci­pal cir­cuito de surfe do plan­e­ta. De 2014 para cá, quan­do o tam­bém paulista Gabriel Med­i­na foi campeão mundi­al pela primeira vez, o país esteve sete vezes no topo em nove dis­putas. As exceções foram em 2016 e 2017. Des­de 2018, o títu­lo fica com um brasileiro.

Med­i­na segue como sur­fista do país com mais títu­los mundi­ais, com três con­quis­tas. Além dele e de Fil­ip­in­ho, Adri­ano de Souza (Mineir­in­ho) e Íta­lo Fer­reira tam­bém foram campeões.

O WSL Finals reuniu os cin­co mel­hores sur­fis­tas da tem­po­ra­da. Entre eles, dois brasileiros: Fil­ip­in­ho e o car­i­o­ca João Chi­an­ca, o Chumbin­ho. Como chegou à Low­er Tres­tles na lid­er­ança, o paulista não pre­cisou dis­putar as bate­rias pre­lim­inares e foi dire­to para a final.

Chumbin­ho estre­ou der­rotan­do o aus­traliano Jack Robin­son. Na soma das duas mel­hores notas que obteve na bate­ria, ele fez 15.33 pon­tos (8.33 e 7.00), con­tra 11.87 (6.00 e 5.87) do adver­sário. O car­i­o­ca, porém, não resis­tiu a Ewing, que con­seguiu notas 8.60 e 9.00 logo nas primeiras ondas e garan­tiu 17.60 de pon­tu­ação, ante 14.57 (6.67 e 7.90) do brasileiro. Chumbin­ho ter­mi­nou a tem­po­ra­da em quar­to lugar. Na sequên­cia, Ewing alcançou um somatório de 17.10 (8.93 e 8.17) e deixou para trás o norte-amer­i­cano Grif­fin Colap­in­to, que obteve 15.96 (8.23 e 7.73), avançan­do à decisão.

Na primeira bate­ria da final, Fil­ip­in­ho e Ewing travaram uma dis­pu­ta equi­li­bra­da, com notas ele­vadas. Com duas manobras aéreas per­feitas, o brasileiro con­seguiu um 9.00 e um 8.97, com 17.97 de somatória, um pouco supe­ri­or aos 17.23 (8.73 e 8.50) do aus­traliano, mas o sufi­ciente para sair na frente no con­fron­to.

A fal­ta de ondas difi­cul­tou a vida dos sur­fis­tas, que levaram quase 20 min­u­tos para começar a pon­tu­ar na bate­ria seguinte. Mes­mo assim, Fil­ip­in­ho mostrou cria­tivi­dade para bus­car um 7.50 e colo­car pressão em Ewing. O paulista tam­bém obteve um 6.77. O aus­traliano até con­seguiu a mel­hor pon­tu­ação da bate­ria (7.67), mas como a segun­da mel­hor nota foi baixa (4.70), a somatória (12.37) ficou longe do paulista (14.27), que pôde, enfim, cel­e­brar o títu­lo.

No fem­i­ni­no, o títu­lo do WSL Finals ficou com Car­o­line Marks. A norte-amer­i­cana super­ou a hava­iana Caris­sa Moore, pen­ta­cam­peã mundi­al, para vencer o cir­cuito pela primeira vez. A gaúcha Tatiana West­on-Webb, úni­ca rep­re­sen­tante do país na elite do surfe atual­mente, final­i­zou a tem­po­ra­da na oita­va posição.

Olimpíada

Em 2024, além de bus­car o tri­cam­pe­ona­to, Fil­ip­in­ho será um dos rep­re­sen­tantes do Brasil na Olimpía­da. Ape­sar de o even­to ser em Paris, na França, a modal­i­dade será dis­puta­da em Teahupo’o, no Taiti. Além dele, Chumbin­ho tam­bém está clas­si­fi­ca­do entre os home­ns. Há pos­si­bil­i­dade de uma ter­ceira vaga se o país for campeão por equipes no Campe­ona­to Mundi­al da Asso­ci­ação Inter­na­cional de Surfe (ISA, pela sigla em inglês), no fim de fevereiro. Nesse caso, ela ficaria com Gabriel Med­i­na, como ter­ceiro mel­hor brasileiro na tem­po­ra­da da WSL.

Entre as mul­heres, Tatiana West­on-Webb já tem lugar asse­gu­ra­do nos jogos. Assim como no mas­culi­no, o Brasil pode gan­har uma segun­da vaga na dis­pu­ta fem­i­ni­na se for campeão por equipes no Mundi­al da ISA, que será des­ti­na­da a mel­hor sur­fista do país que ain­da não estiv­er clas­si­fi­ca­da. Lua­na Sil­va — que é nasci­da no Havaí, mas fil­ha de pais brasileiros — pode ficar com esse lugar extra em Paris 2024.

Edição: Cami­la Maciel

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