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Fiocruz: distribuição de vacinas pode ser um dia após desembarque

Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

 

A chegada das doses será no aeroporto internacional do Rio de Janeiro


Pub­li­ca­do em 08/01/2021 — 16:17 Por Viní­cius Lis­boa — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

A Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz) pre­vê que as vaci­nas AstraZeneca/Oxford impor­tadas da Índia poderão ser dis­tribuí­das no dia seguinte de seu desem­bar­que no Brasil. Em nota divul­ga­da hoje (8), a fun­dação infor­mou que a chega­da das dos­es será no aero­por­to inter­na­cional do Rio de Janeiro (RIO­Galeão), em data que será con­fir­ma­da em breve.

“As vaci­nas prontas chegarão pelo aero­por­to RIO­Galeão, no Rio de Janeiro, e seguirão, no mes­mo dia, para a Fiocruz para rotu­lagem. No dia seguinte, a par­tir de Bio-Man­guin­hos, na Fiocruz, as vaci­nas poderão seguir dire­ta­mente para a dis­tribuição, que está sob respon­s­abil­i­dade do Plano Nacional de Opera­cional­iza­ção da Vaci­nação con­tra a Covid-19. A data cer­ta para a chega­da dessas vaci­nas será con­fir­ma­da em breve”, infor­mou a Fiocruz em nota.

A impor­tação das dos­es pro­duzi­das pelo Insti­tu­to Serum, par­ceiro da AstraZeneca na Índia, é uma estraté­gia adi­cional da Fiocruz para ante­ci­par o iní­cio da vaci­nação.

Para que as vaci­nas impor­tadas da Índia pos­sam ser apli­cadas antes do reg­istro defin­i­ti­vo do imu­nizante no país, a Fiocruz pediu nes­ta sex­ta-feira (8) a autor­iza­ção de uso emer­gen­cial à Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária (Anvisa). A fun­dação con­tin­ua a tra­bal­har para o reg­istro defin­i­ti­vo, cujo pedi­do deve ser con­cluí­do em 15 de janeiro.

Na nota divul­ga­da hoje pela Fiocruz, a pres­i­dente da fun­dação, Nísia Trindade, comem­o­ra o pedi­do de uso emer­gen­cial como um pas­so impor­tante no enfrenta­men­to da pan­demia.

“Este é um momen­to históri­co para a Fiocruz. A sub­mis­são desse pedi­do de autor­iza­ção para uso emer­gen­cial da nos­sa vaci­na covid-19, desen­volvi­da em parce­ria com a unidade de Oxford e a far­ma­cêu­ti­ca AstraZeneca, é um pas­so impor­tante para que pos­samos ter acessív­el, no Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções (PNI), uma vaci­na efi­caz e segu­ra para o Sis­tema Úni­co de Saúde. Num momen­to de tan­tas difi­cul­dades, em que lamen­ta­mos a per­da de tan­tas vidas no Brasil e no mun­do, 2021 se ini­cia com a esper­ança de ter­mos um cam­in­ho, ain­da a ser tril­ha­do, de super­ação dessa crise”

A meta da Anvisa é con­cluir a análise do pedi­do de uso emer­gen­cial em 10 dias. Caso a agên­cia solicite infor­mações adi­cionais aos desen­volve­dores da vaci­na, o pra­zo para de ser con­ta­do até que os dados sejam infor­ma­dos.

Em entre­vista cole­ti­va con­ce­di­da ontem (7), o min­istro da Saúde, Eduar­do Pazuel­lo, esti­mou que, caso a autor­iza­ção seja con­ce­di­da a tem­po, a vaci­nação con­tra covid-19 pode começar em 20 de janeiro, com as vaci­nas AstraZeneca/Oxford e Coro­n­avac.

Segun­do a Fiocruz, a vaci­na desen­volvi­da em parce­ria com os britâni­cos tem 73% de eficá­cia com ape­nas uma dose, e evi­ta hos­pi­tal­iza­ções em 100% dos casos, pro­te­gen­do a pes­soa vaci­na­da dos sin­tomas graves da doença. Além dis­so, a vaci­na é capaz de induzir a pro­dução de anti­cor­pos em 98% das pes­soas após a primeira dose e, em 99% delas, após a segun­da dose.

Milhões de doses

O acor­do de trans­fer­ên­cia de tec­nolo­gia que per­mite a pro­dução da vaci­na AstraZeneca/Oxford na Fiocruz pre­vê que a fun­dação rece­berá em mea­d­os deste mês o ingre­di­ente far­ma­cêu­ti­co ati­vo impor­ta­do para pro­duzir as primeiras dos­es.

O primeiro lote de um mil­hão de dos­es deve ser entregue ao Min­istério da Saúde até 12 de fevereiro, mês em que a pro­dução deve gan­har escala, e a entre­ga deve chegar a 700 mil dos­es por dia por vol­ta do dia 22. Com o incre­men­to da pro­dução, a Fiocruz pre­vê pro­duzir 50 mil­hões de dos­es da vaci­na até abril e 100,4 mil­hões até jul­ho.

A par­tir do segun­do semes­tre, a pro­dução se tornará total­mente nacional, com a incor­po­ração da tec­nolo­gia para pro­duzir o IFA no Insti­tu­to de Tec­nolo­gia em Imuno­bi­ológi­cos (Bio-Man­guin­hos). Com isso, a pre­visão é que, até o final do ano, mais 110 mil­hões de dos­es sejam entregues ao Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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