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Força-tarefa destrói dez garimpos ilegais na Amazônia

Repro­dução: © Daniel Beltrá/ Greenpeace/ Divul­gação

Operação da PF, PRF e Força Nacional teve duração de 17 dias


Pub­li­ca­do em 11/06/2023 — 16:52 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Dez garim­pos ile­gais destruí­dos e R$ 4,5 mil­hões em mul­tas apli­cadas. Esse é o sal­do de 17 dias de atu­ação da Força-Tare­fa de Segu­rança Públi­ca Ambi­en­tal na Flo­res­ta Nacional de Uru­pa­di, local­iza­da em Maués (AM), na região sul do Ama­zonas, a cer­ca de 267 quilômet­ros de Man­aus.

Com­pos­ta por agentes da Polí­cia Fed­er­al (PF), Polí­cia Rodoviária Fed­er­al (PRF) e da Força Nacional, além de servi­dores da Agên­cia Brasileira de Inteligên­cia (Abin) e do Insti­tu­to Chico Mendes de Con­ser­vação da Bio­di­ver­si­dade (ICM­Bio), a força-tare­fa defla­grou a chama­da Oper­ação Aurum em 18 de maio. O bal­anço da ini­cia­ti­va, encer­ra­da no últi­mo dia 3, foi divul­ga­do neste sába­do (10).

Segun­do a PF, foram apreen­di­das 13 escav­adeiras hidráuli­cas, um tra­tor esteira, seis moto­ci­cle­tas, três quadri­ci­c­los, 61 bar­ra­cos, 16 motores ger­adores de ener­gia, 20 motores bom­bas, sete dra­gas, além de nove armas de fogo e out­ros equipa­men­tos usa­dos no garim­po ile­gal, como embar­cações e mer­cúrio.

Espécies raras

Flo­res­ta Nacional de Uru­pa­di foi cri­a­da em maio de 2016. Na mes­ma ocasião, o gov­er­no fed­er­al criou out­ras qua­tro unidades de con­ser­vação (UCs) fed­erais (Área de Pro­teção Ambi­en­tal Cam­pos de Man­i­coré; Reser­va Biológ­i­ca Man­i­coré; Par­que Nacional do Acari e a Flo­res­ta Nacional do Aripuanã) e ampliou a área da Flo­res­ta Nacional Amana.

Na ocasião, o ICM­Bio sus­ten­tou que a cri­ação das novas unidades de con­ser­vação entre as bacias dos rios Madeira e Tapa­jós rep­re­sen­ta­va “uma nova fron­teira de desen­volvi­men­to socioam­bi­en­tal”, reforçan­do ações con­ser­va­cionistas no sul do Ama­zonas, região que, segun­do o insti­tu­to, é de extrema importân­cia ambi­en­tal.

Ain­da de acor­do com o ICM­Bio, a região abri­ga exem­plares de pás­saros e pri­matas endêmi­cos, ou seja, que só são encon­tra­dos naque­la área. Só entre os pri­matas locais, há três espé­cies endêmi­cas (Mico man­i­coren­sisCal­li­bel­la humilisCal­lice­bus bern­har­di) e nove con­sid­er­adas vul­neráveis à extinção. Além dis­so, espe­cial­is­tas esti­mam que 800 espé­cies de aves vivam na região, o que equiv­ale à quase metade de todo o con­jun­to de aves reg­istradas no Brasil. Além dis­so, algu­mas das aves encon­tradas na região ain­da são pouco con­heci­das por cien­tis­tas – que tam­bém já apon­taram a pos­si­bil­i­dade de haver, na região, espé­cies de peix­es ain­da não descritas por espe­cial­is­tas.

Ao cri­ar e ampli­ar as unidades de con­ser­vação, em maio de 2016, o gov­er­no fed­er­al asse­gurou que a medi­da per­mi­tiria “o incre­men­to da econo­mia local basea­do no mane­jo flo­re­stal sus­ten­táv­el” e que, em parte da área seria pos­sív­el desen­volver o eco­tur­is­mo, dadas a beleza nat­ur­al da região. Quan­to à Flo­res­ta Nacional de Uru­pa­di, o Insti­tu­to Chico Mendes infor­mou que a unidade pro­por­cionar­ia “maior segu­rança para a Estação Ecológ­i­ca (Esec) Alto Maués, con­tribuin­do para a con­ser­vação de pri­matas que vivem na área”.

Edição: Car­oli­na Pimentel

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