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Forças Armadas iniciam alistamento voluntário feminino

Militares alertam contra golpes para obtenção de certificados

Gilber­to Cos­ta — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 02/01/2025 — 07:52
Brasília
Pela primeira vez na história do Exército Brasileiro, as mulheres poderão se tornar oficiais combatentes e chegar à patente de general e até ao comando do Exército
Repro­dução: © Divulgação/Exército Brasileiro

O alis­ta­men­to mil­i­tar vol­un­tário fem­i­ni­no nas Forças Armadas foi aber­to e o pra­zo para as inscrições fac­ul­ta­ti­vas vai até 30 de jun­ho. Podem se can­di­datar, mul­heres nasci­das no ano de 2007, que com­ple­tam 18 anos em 2025.

A incor­po­ração está pre­vista para ocor­rer no primeiro semes­tre de 2026 (de 2 a 6 de março) ou no segun­do semes­tre (de 3 a 7 de agos­to). A duração do serviço mil­i­tar será de 12 meses, poden­do ser pror­ro­ga­do por até oito anos.

As inter­es­sadas devem residir em um dos 28 municí­pios (de 14 esta­dos) pre­vis­tos no Plano Ger­al de Con­vo­cação, esta­b­ele­ci­do em por­taria do Min­istério da Defe­sa: Águas Lin­das de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Hor­i­zonte (MG), Brasília (DF), Cam­po Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Oci­den­tal (GO), Corum­bá (MS), Curiti­ba (PR), Flo­ri­anópo­lis (SC), For­mosa (GO), For­t­aleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa San­ta (MG), Luz­iâ­nia (GO), Man­aus (AM), Novo Gama (GO), Piras­su­nun­ga (SP), Planalti­na (GO), Por­to Ale­gre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Sal­vador (BA), San­ta Maria (RS), San­to Antônio do Descober­to (GO), São Paulo (SP) e Val­paraí­so de Goiás (GO).

O número de vagas para mul­heres no serviço mil­i­tar vol­un­tário crescerá pro­gres­si­va­mente até que atin­ja 20% das vagas. Este ano estão sendo ofer­e­ci­das 1.465 vagas — 1.010 vagas para o Exérci­to; 300 para a Aeronáu­ti­ca e 155 para a Mar­in­ha. A expec­ta­ti­va é a de  que sejam aumen­ta­dos pro­gres­si­va­mente ess­es números, até que se atin­ja um índice de 20% das vagas do serviço mil­i­tar.

Entrevistas e testes

As jovens que ven­ham se can­di­datar dev­erão faz­er seleção que inclui entre­vista, testes físi­cos e exam­es de saúde. Con­forme a cidade, elas poderão escol­her a força que dese­jam inte­grar. Na Mar­in­ha, as mul­heres serão incor­po­radas como mar­in­heiros-recru­tas, no Exérci­to como sol­da­dos e na Aeronáu­ti­ca como sol­da­dos de segun­da-classe.

Cuidado com golpes

O alis­ta­men­to pode ser feito pres­en­cial­mente nas jun­tas de serviço mil­i­tar da Aeronáu­ti­ca, Exérci­to e  Mar­in­ha; ou pela inter­net. Em avi­so na pági­na eletrôni­ca, as Forças Armadas aler­tam con­tra golpes.

Segun­do a infor­mação, “golpis­tas atraem o cidadão que dese­ja emi­tir cer­ti­fi­ca­dos mil­itares com sites fraud­u­len­tos que prom­e­tem facil­i­dades na obtenção destes doc­u­men­tos.” O aler­ta ori­en­ta que paga­men­tos para o alis­ta­men­to só dev­erão ser feitos na pági­na do alis­ta­men­to.

O alis­ta­men­to de mul­heres era inédi­to no Brasil, mas já havia o ingres­so de mul­heres nas car­reiras mil­itares des­de a déca­da de 1980. Atual­mente, 37 mil mul­heres tra­bal­ham nas Forças Armadas (10% do efe­ti­vo), após aprovação em con­cur­so públi­co ou como mil­itares tem­porárias.

Segun­do nota do Min­istério da Defe­sa, elas são lotadas prin­ci­pal­mente “nas áreas de saúde, ensi­no e logís­ti­ca ou têm aces­so à área com­bat­ente por meio de con­cur­sos públi­cos especí­fi­cos em esta­b­elec­i­men­tos de ensi­no, como o Colé­gio Naval (CN), da Mar­in­ha, a Esco­la Preparatória de Cadetes do Exérci­to (EsPCEx) e a Esco­la Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáu­ti­ca.”

Entre os home­ns, cer­ca de 1,5 mil­hão de jovens se apre­sen­tam anual­mente para o alis­ta­men­to mil­i­tar, mas menos de 10% são incor­po­ra­dos. O alis­ta­men­to mil­i­tar no Brasil foi reg­u­la­men­ta­do ain­da no tem­po do Império (1874).

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