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Fragata que participou de força-tarefa no Líbano retorna ao Brasil

A fragata Independência(F44) retorna ao Brasil, na Base Naval do Rio de Janeiro, após concluir missão de paz na Força-Tarefa Marítima(FTM) da UNIFIL, no Líbano.
A fra­ga­ta Independência(F44) retor­na ao Brasil, na Base Naval do Rio de Janeiro, após con­cluir mis­são de paz na Força-Tare­fa Marítima(FTM) da UNIFIL, no Líbano. © Tânia Rêgo/Agência Brasil (Repro­dução)

Militares brasileiros permanecerem por 9 meses no Líbano


Publicado em 26/12/2020 — 13:27 Por Cristina Indio do Brasil — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

A Fra­ga­ta Inde­pendên­cia, que inte­grou a Força-Tare­fa Marí­ti­ma da Força Inte­ri­na das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil), chegou hoje (26) à Base Naval do Rio de Janeiro. A bor­do estavam cer­ca de 200 mil­itares, que ini­cia­ram a vol­ta ao Brasil no dia 2 de dezem­bro, depois de per­manecerem por 9 meses no Líbano. Segun­do a Mar­in­ha, nesse perío­do os mil­itares realizaram fis­cal­iza­ções e inspeções e, prin­ci­pal­mente, par­tic­i­param das ações para reduzir os efeitos da destru­ição cau­sa­da pelas explosões que acon­te­ce­r­am no iní­cio de agos­to, em Beirute. Os inte­grantes da mis­são par­tic­i­param tam­bém de patrul­hamen­to nas prox­im­i­dades do por­to em apoio ao gov­er­no libanês.

Ao desem­bar­car, o coman­dante da Inde­pendên­cia, capitão de fra­ga­ta André Car­val­ho, foi rece­bido pelo Coman­dante de Oper­ações Navais da Mar­in­ha, almi­rante Alí­pio Jorge.

O mil­i­tar assum­iu o coman­do da fra­ga­ta no dia 21 de janeiro do ano pas­sa­do e no dia 8 de março par­tiu da Base Naval do Rio de Janeiro em direção ao Líbano. “Des­de esse momen­to, eu sabia da respon­s­abil­i­dade que eu tin­ha como coman­dante do navio e como respon­sáv­el de levar os 200 mil­itares para o Líbano, cumprir a mis­são da Unifil e retornar, como retor­namos hoje. É uma sat­is­fação muito grande, um sen­ti­men­to de dev­er cumpri­do em ter con­segui­do retornar depois de 293 dias em oper­ação. Foram nove meses, no total de 160 dias de mar e 33 mil mil­has naveg­áveis. Den­tro das 23 patrul­has que fize­mos foram 110 dias no mar, sendo qua­tro delas em águas libane­sas. O sen­ti­men­to que ten­ho é de orgul­ho, de sat­is­fação e de dev­er cumpri­do por parte da trip­u­lação da fra­ga­ta inde­pendên­cia”, disse ao desem­bar­car.

O coman­dante da fra­ga­ta disse que o maior desafio que enfren­tou na mis­são foi con­duzir o navio em meio a uma con­jun­tu­ra mundi­al total­mente difer­ente por causa da pan­demia da covid-19. “Quan­do saí­mos do Brasil, tín­hamos um caso no Brasil e alguns na Europa. Quan­do deix­am­os o Por­to de Natal em direção a Beirute, a Europa começa­va a fechar para pro­teção dos cidadãos da con­t­a­m­i­nação da covid, então, nesse momen­to, vimos que era uma con­jun­tu­ra nun­ca vista antes”.

Segun­do André Car­val­ho, ao chegar em Beirute, no Líbano, a cidade já esta­va fecha­da com medi­das de iso­la­men­to. “Tive­mos que con­duzir toda a oper­ação ao lon­go de seis meses cumprindo todos os pro­to­co­los da Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde para man­ter a segu­rança e a saúde dos trip­u­lantes. Acred­i­to que esse ten­ha sido o maior desafio e a trip­u­lação da Fra­ga­ta Inde­pendên­cia venceu”, disse.

Para man­ter os pro­to­co­los de segu­rança, o encon­tro da trip­u­lação com suas famílias ocor­reu den­tro dos seus car­ros no esta­ciona­men­to da Base Naval.

Participação

Nos últi­mos nove anos, a Mar­in­ha do Brasil (MB) par­ticipou da FTM-Unifil com um navio. No total, mais de 3.600 mil­itares atu­aram em ações de pre­venção à entra­da de ilíc­i­tos, arma­men­to e equipa­men­tos não autor­iza­dos por via marí­ti­ma; treina­men­to da mar­in­ha libane­sa; e na vig­ilân­cia das áreas marí­ti­mas e ter­ri­to­ri­ais.

“Nesse perío­do, a FTM fis­cal­i­zou mais de 71.200 navios e indi­cou cer­ca de 14.100 dess­es às autori­dades libane­sas para inspeção, no mar ou em ter­ra, atuan­do em Área Marí­ti­ma de Oper­ações com cer­ca de 17 mil km quadra­dos”, infor­mou a Mar­in­ha.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

Agên­cia Brasil / EBC


 

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