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Gabrielzinho é eleito o melhor atleta paralímpico por jornal francês

Periódico L’Equipe classificou brasileiro como um “fenômeno da água”

Agên­cia Brasil*
Pub­li­ca­do em 28/12/2024 — 17:28
Rio de Janeiro
Gabriel Araujo, Gabrielzinho, prêmio, jornal L'Équipe
© Repro­dução X / L’Équipe

O mul­ti­medal­hista par­alímpi­co Grabriel Araújo, de 22 anos, foi um dos qua­tro vence­dores do Prêmio Campeões dos Campeões de 2024, con­ce­di­do pelo jor­nal francês L’Équipe, que con­tem­plou ain­da a ginas­ta norte-amer­i­cana Simone Biles, o nadador francês León Marc­hand e a nadado­ra par­alimpi­ca chi­ne­sa Yuyan Jiang. Esta foi a primeira vez na história que a pre­mi­ação, cri­a­da em 1946, tam­bém avaliou o desem­pen­ho de alte­tas par­alímpi­cos. Três vezes campeão nos Jogos de Paris no nado costas da classe S2 (200 met­ros, 50m e 100m ), Gabriez­in­ho foi eleito o mel­hor atle­ta par­alímpi­co do ano. Entre as paratle­tas, o troféu ficou com a chi­ne­sa Jiang.

Nasci­do em San­ta Luzia, cidade da região met­ro­pol­i­tana de Belo Hor­i­zonte, Gabrielz­in­ho foi por­ta-ban­deira da del­e­gação brasileira em Paris e foi o primeiro a con­quis­tar ouro para a natação par­alímpi­ca do país: venceu de pon­ta a pon­ta a pro­va dos 100m costas da classe S2 (atle­tas com grande com­pro­me­ti­men­to físi­co e motor), e depois arrema­tou out­ros dois ouros (50m e 200m costas). Irrev­er­ente, o nadador que já se destacara nos Jogos de Tóquio (dois ouros e uma pra­ta), con­quis­tou os france­ses que lotavam a Are­na La Defense ao comem­o­rar as con­quis­tas dançan­do e brin­can­do no topo do pódio.

Na dis­pu­ta da cat­e­go­ria mel­hor atle­ta par­alímpi­co do ano do jor­nal L’Équipe, Gabrielz­in­ho super­ou adver­sários como o maior medal­hista de Paris 2024, o nadador bielor­rus­so Ihar Boki (cin­co ouros) e o paraci­clista francês Alexan­dre Léauté (dois ouros em Paris, na pro­va de perseguição e na de con­tra-reló­gio na estra­da). Em reportagem no jor­nal L’Equipe, o brasileiro é recon­heci­do como “fenô­meno da água”. Em lon­ga entre­vista ao períod­i­co francês, Gabrielz­in­ho dis­parou: “para mim, foi como se eu tivesse ven­ci­do a Bola de Ouro do fute­bol”.

O suces­so de Gabrielz­in­ho em Paris 2024 lhe ren­deu uma hom­e­nagem espe­cial no encer­ra­men­to das Par­alimpíadas. Em dis­cur­so durante a cer­imô­nia, Tony Estanguet, pres­i­dente do Comitê Orga­ni­zador, ressaltou que Gabrielz­in­ho fazia parte dos momen­tos mag­ní­fi­cos ocor­ri­dos nos Jogos.

No Brasil, Gabrielz­in­ho tam­bém foi recon­heci­do como mel­hor alte­ta do ano, ao lado da nadado­ra per­nam­bu­ca Car­ol San­ti­a­go, no Prêmio Par­alímpi­cos, con­ce­di­do pelo Comitê Par­alímpi­co Brasileiro (CPB).

Gabrielz­in­ho nasceu com focomelia, doença con­gêni­ta que impede a for­mação nor­mal de braços e per­nas. O primeiro con­ta­to com a natação ocor­reu na esco­la em que estu­da­va, em Juiz de Fora. Um pro­fes­sor de edu­cação físi­ca recon­heceu o tal­en­to de Gabriel, que deb­utou em com­petições nos Jogos Esco­lares de Minas Gerais (JEMG).

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