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“Ganhamos dignidade”, diz diarista com contrato quitado do MCMV

Repro­dução: © Rober­ta Aline/MDS

Segundo a Caixa, mais de 700 mil contratos estão na mesma situação


Pub­li­ca­do em 28/11/2023 — 07:28 Por Luiz Clau­dio Fer­reira — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Sem­pre que chovia forte em Abaete­tu­ba (PA), a família de Arian­dra Macha­do Aires, de 25 anos, fica­va deses­per­a­da. A casa de um só cômo­do e fei­ta par­cial­mente de madeira, pare­cia quer­er se des­faz­er. O aluguel de R$ 300 era o que a diarista e o mari­do, o pedreiro Mar­cos, podi­am pagar. Com duas fil­has, o casal rece­beu a notí­cia que esper­avam há seis anos: a chance de morar em uma casa do pro­gra­ma “Min­ha Casa, Min­ha Vida”, do gov­er­no fed­er­al. Assim, eles se mudaram para um lugar que a chu­va não apa­vo­ra­va mais. A prestação de R$ 80 já era mais acessív­el.

Mas, na sem­ana pas­sa­da, Arian­dra não acred­i­tou no que viu no celu­lar.

“Parabéns, seu con­tra­to já está quita­do! Você foi ben­e­fi­ci­a­do pelo Gov­er­no Fed­er­al, por meio da Por­taria 1248/2023 do Min­istério das Cidades e a par­tir de ago­ra você não pre­cisa mais pagar as prestações do Min­ha Casa, Min­ha Vida!”. Arian­dra arrega­lou os olhos e foi desco­brir com as viz­in­has se aqui­lo era mais uma fake news chegan­do pelo tele­fone.

A diarista, Ariandra Machado Aires, de 25 anos, com sua família em sua casa pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal. Foto: Arquivo Pessoal
Repro­dução: A diarista Arian­dra Macha­do Aires deixou o aluguel para morar pelo pro­gra­ma Min­ha Casa, Min­ha Vida, do Gov­er­no Fed­er­al. Foto: Arqui­vo pes­soal

O tex­to dizia mais: “O Ter­mo de Quitação do seu imóv­el estará disponív­el aqui no App Habitação Caixa. Essa medi­da ben­e­fi­cia famílias que recebem o Bene­fí­cio de Prestação Con­tin­u­a­da e o Bol­sa Família”. Era o caso da família de Arian­dra, ben­efi­ciária do Bol­sa Famíla. Mes­mo assim, ain­da ficou com dúvi­da.

“Aí eu man­dei men­sagem no Insta­gram do min­istro Jad­er Fil­ho para saber se era ver­dade ou não”. Ela se sur­preen­deu quan­do o min­istro das Cidades, pas­ta respon­sáv­el pelo pro­gra­ma, respon­deu: “é isso mes­mo. Se você é ben­efi­ciário do Bol­sa Família ou BPC e está adim­plente com as prestações, a par­tir de ago­ra, o seu con­tra­to está quita­do”.

A história da diarista chamou atenção em Brasília e ela foi con­vi­da­da para uma cer­imô­nia de apre­sen­tação do pro­gra­ma. Assim, ela foi ao Palá­cio do Planal­to par­ticipou do even­to, que con­tou com a pre­sença do pres­i­dente Lula. “Fiquei orgul­hosa de con­tar a história da min­ha família”.

Como consultar

Em nota à reportagem, a Caixa Econômi­ca [um dos ban­cos públi­cos finan­ciadores do pro­gra­ma Min­ha Casa Min­ha Vida] acres­cen­tou que os ben­efi­ciários do pro­gra­ma podem con­sul­tar se aten­dem aos critérios esta­b­ele­ci­dos para quitação por meio do seu CPF, no site da Caixa. Segun­do o ban­co, mais de 700 mil con­tratos estão aptos a serem quita­dos.

“Foi uma das maiores emoções da min­ha vida”. Além de emoção, muitos resul­ta­dos práti­cos. Arian­dra, que cos­tu­ma gan­har cer­ca de R$ 80 por um dia inteiro de tra­bal­ho, ago­ra sabe que o din­heiro virou car­rin­ho de com­pras para casa. “Para a gente que não tem emprego fixo, se tor­na com­pli­ca­do. Isso sig­nifi­ca dig­nidade para min­ha família. Mudou com­ple­ta­mente tudo”.

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Ela recor­da que quan­do mudaram para a casa nova, uma das fil­has comem­o­rou que ago­ra teria um chu­veiro para tomar ban­ho e que o chão não era tão frio quan­to antes. “Tem quin­tal e prac­in­ha para elas brin­car­em. Elas nun­ca imag­i­naram que pode­ria ser assim”.

Ela acred­i­ta que o pro­gra­ma “Min­ha Casa Min­ha Vida” foi trans­for­mador para ela e out­ras pes­soas que ela con­hece. “Eu pas­sei tan­tas situ­ações na min­ha vida moran­do de aluguel”. Já rece­beu pedi­do do pro­pri­etário para des­ocu­par a casa de uma hora para out­ra. “Fui morar no quar­t­in­ho atrás da casa da tia do meu mari­do. Mas ago­ra tudo isso pas­sou”. Acabaram as prestações chegan­do todo mês. Ficou o lar.

Edição: Marce­lo Brandão

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