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Gol é acusada de racismo após passageira ser expulsa de voo

Repro­dução: @Agência Brasil / EBC

Ação ocorreu depois de discussão acerca do despacho de bagagem


Pub­li­ca­do em 29/04/2023 — 18:13 Por Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Uma mul­her negra foi reti­ra­da por poli­ci­ais fed­erais de um voo da Gol Lin­has Aéreas que seguiria de Sal­vador para o aero­por­to de Con­gonhas na madru­ga­da deste sába­do (29). Em vídeos que viralizaram nas redes soci­ais, é pos­sív­el obser­var que Saman­tha Vite­na já esta­va den­tro da aeron­ave, aguardan­do a deco­lagem, quan­do foi reti­ra­da em meio a uma dis­cussão acer­ca do despa­cho de sua bagagem. Um dos poli­ci­ais argu­men­ta que a decisão foi toma­da por deter­mi­nação do coman­dante. No vídeo tam­bém é pos­sív­el ver o apoio que Saman­tha teve de out­ros pas­sageiros.

No Twit­ter, o Min­istério das Mul­heres con­de­nou o caso. “O episó­dio con­tra Saman­tha Vite­na em um voo de Sal­vador na madru­ga­da deste sába­do demon­stra o racis­mo e a mis­oginia que atingem de for­ma estru­tur­al as mul­heres negras em nos­so país”. No post seguinte, a pas­ta cita que a mul­her foi reti­ra­da da aeron­ave cer­ca de uma hora depois que o prob­le­ma da bagagem já havia sido resolvi­do, con­forme rela­to da própria Saman­tha e de pas­sageiros que teste­munharam o ocor­ri­do.

“A cena é uma afronta à Saman­tha e a todas as mul­heres negras. Pedi­re­mos providên­cias à com­pan­hia aérea e à PF [Polí­cia Fed­er­al], que devem des­cul­pas e expli­cações após a abor­dagem.”

Em sua pági­na no Insta­gram, a jor­nal­ista Elaine Hazin, que esta­va na mes­ma aeron­ave que Saman­tha, clas­si­fi­ca o episó­dio como “um caso extrema­mente vio­len­to de racis­mo”. Segun­do ela, os pas­sageiros embar­caram no voo 1575 da Gol Lin­has Aéreas com uma hora de atra­so e a mul­her não con­seguia lugar para guardar a mochi­la, que con­tin­ha um lap­top.

“Con­seguimos um lugar para a mochi­la de Saman­tha e, nem mes­mo assim, o voo deco­lar­ia. Mais uma hora de atra­so, nen­hu­ma sat­is­fação da cia área, gente pas­san­do mal no avião e eis que três home­ns da Polí­cia Fed­er­al entram de for­ma extrema­mente tru­cu­len­ta no avião para levar a ‘ameaça’ do voo emb­o­ra – a Saman­tha. Ela se defende, mas não reage. Alguns pedem pra ela não ir (na maio­r­ia mul­heres).”

“Esta história não ter­mi­na aqui, quer­e­mos justiça e respeito para todos, quer­e­mos que a Gol, este coman­dante e a trip­u­lação paguem por este crime e os poli­ci­ais tam­bém respon­dam por taman­ha vio­lên­cia”, con­cluiu a jor­nal­ista no post.

Em nota, a Gol Lin­has Aéreas infor­mou que, durante o embar­que do voo 1575 com des­ti­no ao aero­por­to de Con­gonhas, havia uma grande quan­ti­dade de baga­gens a serem aco­modadas a bor­do. “Muito clientes colab­o­raram despachan­do vol­umes gra­tuita­mente. Mes­mo com todas as alter­na­ti­vas apre­sen­tadas pela trip­u­lação, uma cliente não aceitou a colo­cação da sua bagagem nos locais cor­re­tos e seguros des­ti­na­dos às malas e, por medi­da de segu­rança opera­cional, não pôde seguir no voo”.

“Lamen­ta­mos os transtornos cau­sa­dos aos clientes, mas reforçamos que, por medi­das de segu­rança, nos­so val­or número 1, as aco­modações das baga­gens devem seguir as regras e pro­ced­i­men­tos esta­b­ele­ci­dos, sem exceções. A com­pan­hia ressalta ain­da que bus­ca con­tin­u­a­mente for­mas de evi­tar o ocor­ri­do e ofer­e­cer a mel­hor exper­iên­cia a quem escol­he voar com a Gol e segue apu­ran­do cuida­dosa­mente os detal­h­es do caso.”

Edição: Aline Leal

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