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Governador do RJ diz que traficantes atiraram contra pessoas nas ruas

Cláudio Castro afirma que reação do tráfico foi “desproporcional”

Rafael Car­doso — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 24/10/2024 — 20:50
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ) 24/10/2024 - O governador do Rio, Cláudio Castro, fala à imprensa com os secretários de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, de Polícia Civil, Felipe Curi, e de Segurança Pública, Victor dos Santos, após a morte de três pessoas baleadas na Avenida Brasil, próximo do Complexo de Israel, onde acontecia uma operação da Polícia Militar, na Zona Norte. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

O gov­er­nador do Rio de Janeiro, Cláu­dio Cas­tro (foto), disse, nes­ta quin­ta-feira (24), que crim­i­nosos ati­raram inten­cional­mente con­tra motoris­tas e pas­sageiros na Aveni­da Brasil, depois de uma oper­ação da Polí­cia Mil­i­tar no chama­do Com­plexo de Israel, na Zona Norte. A ação teria sido uma estraté­gia para atra­pal­har a movi­men­tação da Polí­cia Mil­i­tar na comu­nidade. Até ago­ra, foram con­fir­madas três mortes e duas pes­soas feri­das.

“A inteligên­cia disse que cheg­amos muito per­to do líder da facção. E, para dis­si­par a polí­cia, eles resolver­am ati­rar nas pes­soas delib­er­ada­mente. Como a prin­ci­pal mis­são da PM é defend­er as pes­soas, tomamos a decisão de recuar naque­le momen­to”, expli­cou em entre­vista.

Ele acres­cen­tou que “essas pes­soas não foram viti­madas ou feri­das em uma tro­ca de tiros ou con­fron­tos com a polí­cia. Elas foram assas­si­nadas pelo trá­fi­co de dro­gas. A polí­cia esta­va de um lado e a ordem foi ati­rar nas pes­soas que estavam do out­ro lado”.

O obje­ti­vo declar­a­do da oper­ação poli­cial era com­bat­er roubo de veícu­lo e de car­gas, além de aten­der a uma solic­i­tação de empre­sa tele­fôni­ca que teve sinal cor­ta­do na região.

Sobre o papel da inteligên­cia no plane­ja­men­to e na oper­ação, Cas­tro disse que a polí­cia “sabia o que esta­va fazen­do”, mas que a reação do trá­fi­co foi “despro­por­cional” com­para­ção a out­ras 15 oper­ações no mes­mo local.

O gov­er­nador do Rio tam­bém respon­s­abi­li­zou o gov­er­no fed­er­al por per­mi­tir que arma­men­tos e dro­gas entrem no esta­do por meio de por­tos, aero­por­tos e estradas fed­erais.

“Não é mais pos­sív­el que o esta­do do Rio de Janeiro apreen­da só este ano 540 fuzis. Só na min­ha gestão são 1.770 fuzis. Cinquen­ta e cin­co toneladas de dro­gas só este ano. Esta­mos falan­do aqui de trá­fi­co inter­na­cional de armas e de dro­gas. Lavagem de din­heiro. Isso é com­petên­cia fed­er­al e pre­cisamos da escu­ta do gov­er­no fed­er­al para que o nos­so tra­bal­ho ten­ha efe­tivi­dade”, obser­vou.

Críticas de deputados

A Comis­são de Defe­sa dos Dire­itos Humanos e Cidada­nia (CDDHC) da Assem­bleia Leg­isla­ti­va do Rio de Janeiro (Alerj) disse, em nota, que as mortes ocor­reram depois de uma “tragé­dia pro­duzi­da pela incom­petên­cia estatal”. O gov­er­nador é ques­tion­a­do pela “oper­ação sem o dev­i­do plane­ja­men­to, que afe­ta neg­a­ti­va­mente a pop­u­lação de diver­sas local­i­dades”.

A CDDHC afir­mou, ain­da, que o sal­do da oper­ação poli­cial apre­sen­ta a prisão de ape­nas uma pes­soa e a apreen­são de duas granadas. Enquan­to isso, três pes­soas foram mor­tas, duas ficaram feri­dos, ruas foram fechadas, lin­has de trem inter­romp­i­das e o “dire­ito de ir e vir de mil­hares de cidadãos [foi] prej­u­di­ca­do”.

A CDDHC ques­tiona o emprego de recur­sos públi­cos em “oper­ações fadadas ao fra­cas­so” e a “insistên­cia do gov­er­no estad­ual em man­ter essa lóg­i­ca belicista”.

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