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Governadores pedem suspensão de voos internacionais

Governadores do Nordeste falam à imprensa após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na foto, fala o governador do Piauí, Wellington Dias.
Gover­na­do­res do Nor­des­te falam à impren­sa após reu­nião com o pre­si­den­te Jair Bol­so­na­ro e com o minis­tro da Eco­no­mia, Pau­lo Gue­des. Na foto, fala o gover­na­dor do Piauí, Wel­ling­ton Dias. © 04.10.2019/Fabio Rodri­gues Pozzebom/Agência Bra­sil (Repro­du­ção)

Medida é para conter avanço da mutação do coronavírus


Publicado em 23/12/2020 — 11:31 Por Karine Melo — Repórter Agência Brasil — Brasília

O Con­sór­cio do Nor­des­te, gru­po dos gover­na­do­res de Ala­go­as, Bahia, Cea­rá, Mara­nhão, Paraí­ba, Piauí, Rio Gran­de do Nor­te e Ser­gi­pe, pediu ao minis­tro da Saú­de, Edu­ar­do Pazu­el­lo, que sus­pen­da ime­di­a­ta­men­te todos os voos com ori­gem ou des­ti­no no Rei­no Uni­do, Dina­mar­ca, Holan­da e Aus­trá­lia.

No ofí­cio, divul­ga­do nes­ta quar­ta-fei­ra (23), mas envi­a­do ontem (22) no fim do dia ao Minis­té­rio da Saú­de, o gru­po suge­re ain­da que o gover­no fede­ral soli­ci­te qua­ren­te­na “para todos os pas­sa­gei­ros que vie­rem dos demais paí­ses euro­peus e que, duran­te o perío­do de iso­la­men­to, façam exa­mes RT-PCR”.

O pedi­do vem após uma nova muta­ção do novo coro­na­ví­rus (covid-19) ser iden­ti­fi­ca­do no Rei­no Uni­do. “É com pro­fun­da pre­o­cu­pa­ção que os gover­na­do­res do Nor­des­te do Bra­sil rece­be­mos a notí­cia de muta­ção do vírus cau­sa­dor da covid-19 e da pos­si­bi­li­da­de que suas vari­an­tes sejam mais con­ta­gi­o­sas e mais letais“, diz o con­sór­cio, em car­ta assi­na­da pelo gover­na­dor Wel­ling­ton Dias (PT-PI), pre­si­den­te do gru­po.

Restrição

Embo­ra não tenha, até o momen­to, deci­di­do pela sus­pen­são de voos como que­rem os gover­na­do­res, o Minis­té­rio da Saú­de infor­mou que a par­tir da pró­xi­ma quar­ta-fei­ra (30) entra­rá em vigor a res­tri­ção de entra­da, por rodo­vi­as, por­tos e aero­por­tos, no Bra­sil para estran­gei­ros de qual­quer naci­o­na­li­da­de, de acor­do com a Por­ta­ria 630/2020. Antes do embar­que, os via­jan­tes pre­ci­sa­rão apre­sen­tar à com­pa­nhia aérea um docu­men­to que com­pro­ve o resul­ta­do não detec­tá­vel de tes­te labo­ra­to­ri­al (RT-PCR) para a covid-19.

Dian­te des­sa nova vari­an­te do coro­na­ví­rus, o minis­té­rio tam­bém colo­cou em prá­ti­ca um novo pro­to­co­lo para che­ga­da de pes­so­as vin­das do Rei­no Uni­do. As ori­en­ta­ções emer­gen­ci­ais tra­zem medi­das de moni­to­ra­men­to e ras­tre­a­men­to de con­ta­tos de pas­sa­gei­ros e tri­pu­lan­tes que che­ga­rem no Bra­sil por voos daque­le país, ou que, recen­te­men­te, esti­ve­ram no país euro­peu.

“A ação arti­cu­la­da com os fis­cais sani­tá­ri­os de por­tos, aero­por­tos e com a comu­ni­ca­ção dos pas­sa­gei­ros e tri­pu­lan­tes oriun­dos do Rei­no Uni­do, a Rede Naci­o­nal de Vigi­lân­cia, Aler­ta e Res­pos­ta às Emer­gên­ci­as em Saú­de (Rede Cievs) atu­a­rá em con­ta­to com as vigi­lân­ci­as locais para moni­to­rar as con­di­ções de saú­de e dire­ci­o­ná-los jun­to à aten­ção à saú­de, bem como à vigi­lân­cia sani­tá­ria, para ado­ção de medi­das de pre­ven­ção e con­tro­le da covid-19”, infor­mou a pas­ta.

Isolamento

Ain­da para pas­sa­gei­ros vin­dos do Rei­no Uni­do, a reco­men­da­ção da pas­ta é o autoi­so­la­men­to por, no míni­mo, 10 dias. Já nos casos de sín­dro­me res­pi­ra­tó­ria agu­da gra­ve (SRAG) com con­fir­ma­ção por quais­quer cri­té­ri­os para a covid-19, a ori­en­ta­ção é o iso­la­men­to, que pode ser sus­pen­so após 20 dias do iní­cio dos sin­to­mas ou após 10 dias com resul­ta­do RT-qPCR nega­ti­vo, des­de que o paci­en­te pas­se 24 horas sem uso de medi­ca­men­tos anti­tér­mi­cos e tenha apre­sen­ta­do remis­são dos sin­to­mas res­pi­ra­tó­ri­os, medi­an­te ava­li­a­ção médi­ca.

As pes­so­as enca­mi­nha­das para iso­la­men­to deve­rão con­ti­nu­ar usan­do más­ca­ra e man­ter a eti­que­ta res­pi­ra­tó­ria, sem­pre que for man­ter con­ta­to com outros mora­do­res da resi­dên­cia, mes­mo ado­tan­do o dis­tan­ci­a­men­to soci­al reco­men­da­do de pelo menos um metro. Nes­se perío­do, tam­bém é impor­tan­te ori­en­tar ao paci­en­te em iso­la­men­to, a lim­pe­za e desin­fec­ção das super­fí­ci­es, con­for­me as reco­men­da­ções da Anvi­sa.

Sem evidências

“Até o momen­to, não há evi­dên­ci­as sufi­ci­en­tes para deter­mi­nar se a vari­an­te [do novo coro­na­ví­rus] tem algum impac­to na gra­vi­da­de da doen­ça, res­pos­ta de anti­cor­pos, trans­mis­são, desem­pe­nho de tes­tes de diag­nós­ti­co ou efi­cá­cia da vaci­na”, res­sal­tou o Minis­té­rio da Saú­de.

Edi­ção: Fer­nan­do Fra­ga

Agên­cia Bra­sil / EBC


 

 

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