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Governo destrói pista de pouso clandestina na Terra Yanomami

Repro­dução: © Bruno Mancinelle/Casa de Gov­er­no

Ação foi feita na região de Surucucu para combater garimpo ilegal


Publicado em 21/09/2024 — 11:38 Por Douglas Corrêa — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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As Forças Armadas destruíram na últi­ma quar­ta-feira (18) a primeira pista de pouso den­tro da Ter­ra Yanoma­mi, uti­liza­da para abaste­cer o garim­po ile­gal. A ação real­iza­da na região de Suru­cu­cu mar­ca o iní­cio de mais um foco de tra­bal­ho do gov­er­no fed­er­al no com­bate ao garim­po ile­gal.

Com a demolição dessa infraestru­tu­ra, o gov­er­no bus­ca inter­romper as prin­ci­pais rotas de abastec­i­men­to dos garimpeiros, difi­cul­tan­do o aces­so as áreas remo­tas onde ocor­rem ativi­dades ilíc­i­tas. Além dessa pista, out­ras 44 já foram destruí­das, entre março e setem­bro desse ano, essas estavam local­izadas ao redor da Ter­ra Índí­ge­na Yanoma­mi.

Essas rotas clan­des­ti­nas têm sido mapeadas através de sobrevoos de recon­hec­i­men­to, ima­gens de satélite e tec­nolo­gia avança­da forneci­da Cen­tro Gestor e Opera­cional do Sis­tema de Pro­teção da Amazô­nia (Cen­si­pam), que iden­ti­fi­ca as oper­ações de min­er­ação den­tro do ter­ritório. O radar SABER M60, desen­volvi­do pelo Exérci­to, tam­bém aju­dou na iden­ti­fi­cação da local­iza­ção dessa via de aces­so ile­gal.

Com base na análise das ima­gens e na cole­ta de dados de inteligên­cia das Forças Armadas, as infor­mações foram envi­adas à Casa de Gov­er­no, que coor­de­nou a oper­ação em con­jun­to com os mil­itares. A destru­ição de pis­tas clan­des­ti­nas é fun­da­men­tal para desar­tic­u­lar a logís­ti­ca dos garimpeiros e desin­cen­ti­var a aber­tu­ra de novas áreas den­tro e fora da Ter­ra Yanoma­mi.

“A destru­ição de pis­tas causa um impacto sig­ni­fica­ti­vo na logís­ti­ca do garim­po”, afir­mou o asses­sor da Sec­re­taria-ger­al da Presidên­cia da Repúbli­ca, Nil­ton Tubi­no. Ele avaliou que, sem essas rotas de aces­so aéreo, os garimpeiros enfrentarão muito mais difi­cul­dade para con­tin­uar suas ativi­dades, o que pode desmo­tivá-los a per­manecer na área indí­ge­na.

Monitoramento

O gov­er­no fed­er­al vem mon­i­toran­do out­ras pis­tas clan­des­ti­nas e a expec­ta­ti­va é que novas ações sejam real­izadas em breve, como parte do plano de reti­ra­da da Ter­ra Yanoma­mi. O mon­i­tora­men­to con­tín­uo, apoia­do por tec­nolo­gias avançadas, é um dos pilares para o suces­so dessa estraté­gia.

Balanço

Entre março e setem­bro de 2024, o gov­er­no inten­si­fi­cou suas oper­ações, cau­san­do pre­juí­zos esti­ma­dos em R$ 209 mil­hões aos garimpeiros. Nesse perío­do, foram real­izadas 1.812 oper­ações, que resul­taram na destru­ição de 20 aeron­aves, 96 ante­nas Star­link, 45 pis­tas de pouso, 11 quadri­ci­c­los, 761 motores, 86.560 toneladas de cas­si­teri­ta, 239 ger­adores, 298 acam­pa­men­tos clan­des­ti­nos e 93.854 litros de óleo diesel.

Edição: Valéria Aguiar

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