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Governo emite alerta de emergência hídrica em cinco estados

04/2019 - Foz do Iguaçu - Cataratas Foto: José Fernando Ogura/ANPr
Repro­dução: © José Fer­nan­do Ogura/AEN

Escassez de chuvas afetará usinas hidrelétricas da Bacia do Paraná


Pub­li­ca­do em 28/05/2021 — 17:40 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

O Sis­tema Nacional de Mete­o­rolo­gia (SNM) emi­tiu um aler­ta con­jun­to de emergên­cia hídri­ca para a área da Bacia do Paraná, que abrange os esta­dos de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O doc­u­men­to pre­vê chu­vas abaixo da média entre jun­ho e setem­bro na região. É a primeira vez que o órgão emite um aler­ta des­ta natureza. 

O SNM é coor­de­na­do pelo Insti­tu­to Nacional de Mete­o­rolo­gia (Inmet), Insti­tu­to Nacional de Pesquisas Espa­ci­ais (Inpe) e Cen­tro Gestor e Opera­cional do Sis­tema de Pro­teção da Amazô­nia. O aler­ta tam­bém foi sub­scrito por todos os órgãos fed­erais lig­a­dos à mete­o­rolo­gia, a Agên­cia Nacional de Águas e Sanea­men­to Bási­co (ANA) e o Cen­tro Nacional de Mon­i­tora­men­to e Aler­ta de Desas­tres Nat­u­rais (Cemaden).

Segun­do o informe, a escassez de chu­va vem sendo ver­i­fi­ca­da des­de 2019. “A análise das chu­vas entre out­ubro de 2019 a abril de 2021 para a bacia do Rio Paraná (Figu­ra 1) indi­ca que, com exceção de alguns meses quan­do as pre­cip­i­tações ficaram aci­ma da média cli­ma­tológ­i­ca (dezembro/2019, agosto/2020 e janeiro/2021), durante a maior parte do perío­do hou­ve pre­domínio de déficit de pre­cip­i­tação, prin­ci­pal­mente a par­tir de fevereiro/2021”, diz o informe.

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Ain­da de acor­do com o aler­ta, as per­spec­ti­vas climáti­cas indicam que nos próx­i­mos meses haverá o perío­do de menor vol­ume de chu­vas na região cen­tral do país. “A pre­visão indi­ca para o perío­do jun­ho-jul­ho-agos­to/2021 a mes­ma tendên­cia, ou seja, pouco vol­ume de chu­va na maior parte da bacia do Rio Paraná. Essa pre­visão é con­sis­tente com a de out­ros cen­tros inter­na­cionais de pre­visão climáti­ca”, diz a nota.

Em maio, por exem­p­lo, o acu­mu­la­do par­cial de pre­cip­i­tação foi de 27 milímet­ros para a bacia, abaixo do acu­mu­la­do cli­ma­tológi­co de 98 milímet­ros para o mes­mo perío­do.

O Comitê de Mon­i­tora­men­to do Setor Elétri­co (CMSE), vin­cu­la­do ao Min­istério de Minas e Ener­gia (MME), se reuniu nes­ta quin­ta-feira (27), em caráter extra­ordinário, para avaliar as condições de supri­men­to energéti­co ao Sis­tema Interli­ga­do Nacional (SIN).

Con­forme desta­ca o Oper­ador Nacional do Sis­tema Elétri­co (ONS), as chu­vas per­manecem abaixo dos val­ores médios históri­cos, resul­tan­do nos piores mon­tantes ver­i­fi­ca­dos para o SIN no perío­do de setem­bro do ano pas­sa­do a maio deste em 91 anos de reg­istros.

Por causa dessa situ­ação, o CMSE decid­iu imple­men­tar flex­i­bi­liza­ções das restrições hidráuli­cas rel­a­ti­vas às usi­nas hidrelétri­c­as Jupiá, Por­to Pri­mav­era, Ilha Solteira, Três Irmãos, Xingó, Fur­nas e Mas­caren­has de Moraes.

“Ressalta-se que as ini­cia­ti­vas rel­a­ti­vas à flex­i­bi­liza­ção de restrições hidráuli­cas de empreendi­men­tos local­iza­dos nas bacias dos rios Grande e Paraná visam a mit­i­gar o risco da per­da do con­t­role hídri­co na bacia do rio Paraná. Por­tan­to, para além de questões energéti­cas, o intu­ito das medi­das é garan­tir a dev­i­da gov­ern­abil­i­dade das cas­catas hidráuli­cas, inclu­sive quan­to à preser­vação do uso da água, ao lon­go do perío­do seco de 2021”, infor­mou o cole­gia­do em nota.

O CMSE tam­bém vai recomen­dar à ANA que seja recon­heci­da a situ­ação de escassez hídri­ca na Bacia do Rio Paraná. As pro­postas delib­er­adas ain­da pre­cisam ser avali­adas pelo Con­sel­ho Nacional de Políti­ca Energéti­ca (CNPE).

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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