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Governo federal lança campanha Feminicídio Zero na Sapucaí

Ação conta com apoio da Liesa e Prefeitura do Rio de Janeiro

Rafael Car­doso — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 07/02/2025 — 21:11
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro (RJ) 07/02/2025 - Lançamento da mobilização nacional Feminicídio Zero na Sapucaí, na Cidade do Samba. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

O Min­istério das Mul­heres lançou nes­ta sex­ta-feira (7), no Rio de Janeiro, a cam­pan­ha Fem­i­nicí­dio Zero na Sapu­caí. Com a men­sagem prin­ci­pal “nen­hu­ma vio­lên­cia con­tra a mul­her deve ser tol­er­a­da”, peças da cam­pan­ha serão expostas em difer­entes espaços do Sam­bó­dro­mo, em painéis, faixas na aveni­da serão car­regadas por mul­heres, ade­sivos nas por­tas dos ban­heiros e em mate­ri­ais grá­fi­cos dis­tribuí­dos durante o car­naval.

A ação tem a parce­ria do Min­istério da Saúde, da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz) e da Liga Inde­pen­dente das Esco­las de Sam­ba do Rio de Janeiro (Liesa). As men­sagens que vão chegar aos foliões lem­bram que o car­naval é um momen­to de fes­te­jar e não de asse­di­ar. Out­ra indi­cação é de que enfrentar e inter­romper a vio­lên­cia con­tra a mul­her é papel tam­bém dos home­ns. Em todas as peças, haverá a divul­gação da Cen­tral de Atendi­men­to à Mul­her — Ligue 180, disponív­el tam­bém no WhastApp: (61) 9610–0180.

“Para ter igual­dade, pre­cisamos estar vivas, inteiras, sem ser vio­len­tadas e estupradas. Acred­i­to que é pos­sív­el mudar a sociedade brasileira para que ela não seja de vio­lên­cia, mas de respeito às mul­heres. Temos feito nos­sa parte com políti­ca públi­ca e inves­ti­men­to em recur­sos. Mas só isso não bas­ta. Cada ser humano deve enten­der que isso é um prob­le­ma de todos. Pre­cisamos ouvir o gri­to das mul­heres e das cri­anças”, disse a min­is­tra das Mul­heres, Cida Gonçalves.

Fem­i­nicí­dio Zero é uma mobi­liza­ção nacional per­ma­nente do Min­istério das Mul­heres, que con­ta com difer­entes frentes de atu­ação com comu­ni­cação ampla e pop­u­lar, imple­men­tação de políti­cas públi­cas e enga­ja­men­to de influ­en­ci­adores.

A cam­pan­ha con­ta tam­bém com o apoio dos min­istérios da Igual­dade Racial e da Saúde.

“Vio­lên­cia é uma questão de saúde. O SUS não pre­cisa lidar ape­nas com o impacto da vio­lên­cia. O papel da saúde é tam­bém se somar à pre­venção. Não quer­e­mos a neces­si­dade de ter mais salas de acol­hi­men­to. Porque a pre­venção é fun­da­men­tal”, disse a min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade.

“A razão de estar­mos aqui jun­tos é lem­brar que nós temos que nos unir para lutar con­tra a vio­lên­cia. Fem­i­nicí­dio começa com vários sinais. Não podemos nos calar. E no car­naval vamos mar­car forte­mente essa luta, que pre­cisa ser de todos con­tra o machis­mo e mis­oginia na sociedade”, acres­cen­tou Nísia.

“Nen­hum tipo de vio­lên­cia ou assé­dio é nor­mal e aceitáv­el. Seguimos reafir­man­do essa luta para que toda mul­her do país seja livre e respeita­da. Car­naval é feito a muitas mãos por mul­heres negras tra­bal­hado­ras. É uma luta que começou há muito tem­po. Enquan­to for nor­mal ver mul­her sendo assas­si­na­da e silen­ci­a­da, a gente pre­cisa lutar cada vez mais”, disse a min­is­tra da Igual­dade Racial, Anielle Fran­co.

A prefeitu­ra da cidade tam­bém par­tic­i­pa das ações no car­naval e vê a fes­ta como uma opor­tu­nidade de aumen­tar o enga­ja­men­to da sociedade com a pau­ta.

“Essa vio­lên­cia de que falam­os, aflige todas nós em algum momen­to da vida. Quer­e­mos pro­mover políti­cas trans­for­mado­ras. Esse ano, o sába­do das campeãs cai no dia 8, o Dia Inter­na­cional da Mul­her, e é mais uma opor­tu­nidade para defend­er essa causa e faz­er uma cidade mais segu­ra para as mul­heres”, disse a secretária de Políti­cas para as Mul­heres do Rio de Janeiro, Joyce Trindade.

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