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Governo federal monta sala de situação para acompanhar enchentes no RS

Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

Defesa Civil Nacional reconhece calamidade pública no estado


Publicado em 02/05/2024 — 20:53 Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil — Brasília

Horas após vis­i­tar o Rio Grande do Sul, que sofre com fortes chu­vas e enchentes, o pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va deter­mi­nou a cri­ação de uma sala para mon­i­torar e coor­denar as ações fed­erais de socor­ro à pop­u­lação do esta­do. O grupo, for­ma­do por min­istros de diver­sas áreas que acom­pan­haram o pres­i­dente na visi­ta ao esta­do, reuniu-se ago­ra à noite no Palá­cio do Planal­to.

Con­forme a últi­ma atu­al­iza­ção divul­ga­da pelas autori­dades estad­u­ais, 29 pes­soas tin­ham mor­ri­do e 60 estavam desa­pare­ci­das no Rio Grande do Sul. Mais de 10,2 mil pes­soas estão desa­lo­jadas e 4,6 mil tiver­am que recor­rer a abri­gos públi­cos.

“Já esta­mos diante de uma catástrofe que, com certeza, terá con­se­quên­cias mais dev­as­ta­do­ras do que aque­le episó­dio climáti­co que tive­mos em setem­bro do ano pas­sa­do, no mês de setem­bro”, afir­mou o min­istro Paulo Pimen­ta, da Sec­re­taria de Comu­ni­cação Social da Presidên­cia (Sec­om), na aber­tu­ra da reunião.

De acor­do com Pimen­ta, que é gaú­cho, a difer­ença das chu­vas do ano pas­sa­do para as deste ano é que as ocor­rên­cias estão espal­hadas por quase todo o esta­do, e de for­ma con­stante, man­ten­do o solo muito enchar­ca­do e suscetív­el a desmoron­a­men­tos.

São mais de 150 municí­pios afe­ta­dos. Há 141 pon­tos de blo­queio em estradas fed­erais e estad­u­ais que cor­tam o esta­do. A expec­ta­ti­va é que, nas próx­i­mas horas e dias, as cheias das regiões mais altas do esta­do cheguem às áreas mais baixas, cau­san­do ain­da mais inun­dações e estra­gos.

Pior desastre climático

O Rio Grande do Sul vem sofren­do com cic­los cada vez mais recor­rentes de intem­péries climáti­cas. No segun­do semes­tre do ano pas­sa­do, enchentes provo­cadas por fortes chu­vas fiz­er­am trans­bor­dar o Rio Taquari em uma das piores cheias em décadas e deixaram um ras­tro de destru­ição, per­das mate­ri­ais e cer­ca de 50 mortes. Mes­mo assim, as enchentes des­ta sem­ana estão sendo clas­si­fi­cadas pelas autori­dades locais como o pior desas­tre climáti­co da história do esta­do.

A sala de situ­ação, sob coor­de­nação da Casa Civ­il, fun­cionará em caráter emer­gen­cial e per­ma­nente enquan­to durar a situ­ação de catástrofe no Sul do país.

“A par­tir de ago­ra, é reunião diária, incluin­do sába­do e domin­go, e eu peço, por­tan­to, a todos os min­istérios, que man­ten­ham um plan­tão dan­do respos­ta ime­di­a­ta”, afir­mou o min­istro-chefe da Casa Civ­il, Rui Cos­ta, na reunião de insta­lação da sala de situ­ação. Uma comi­ti­va de min­istros dev­erá voltar ao esta­do no iní­cio da próx­i­ma sem­ana.

Segun­do o gov­er­no fed­er­al, até o momen­to, foram mobi­liza­dos 625 home­ns, incluin­do inte­grantes das Forças Armadas, oito aeron­aves e 20 botes sal­va-vidas para as oper­ações de res­gate e sal­va­men­to. Equipe do Depar­ta­men­to  Nacional de Infraestru­tu­ra de Trans­portes (Dnit) e do Batal­hão de Engen­haria do Exérci­to tra­bal­ham na des­ob­strução de estradas e aces­sos. Além dis­so, estão sendo disponi­bi­lizadas ces­tas de ali­men­tos e itens de primeira neces­si­dade para serem envi­a­dos aos abri­gos.

Em edição extra do Diário Ofi­cial da União, o secretário nacional de Defe­sa Civ­il, Wol­nei Wolff Bar­reiros, recon­heceu o esta­do de calami­dade públi­ca em todo o Rio Grande do Sul, medi­da que já havia sido dec­re­ta­da pelo gov­er­no estad­ual. Esse recon­hec­i­men­to facili­ta a lib­er­ação de recur­sos fed­erais para apoiar as ações de res­gate, sal­va­men­to e recon­strução no esta­do.

Edição: Nádia Fran­co

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