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Governo orienta população sobre eventual contaminação do Rio Tocantins

Caminhões com produtos químicos caíram da Ponte Juscelino Kubitschek

Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 30/01/2025 — 08:55
Brasília
Estreito-MA 23/12/20224 Governador do Maranhão em Estreito para averiguar a situação da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou neste domingo. Foto Reprodução do Instagram/ / governador/ Carlos Brandão
Repro­dução: © carlosbrandaoma/X

O Min­istério da Saúde pub­li­cou nota téc­ni­ca com ori­en­tações para pop­u­lações que vivem próx­i­mo ao Rio Tocan­tins, onde a Ponte Jusceli­no Kubitschek de Oliveira, local­iza­da entre Aguiarnópo­lis (TO) e Estre­ito (MA), ruiu.

No desaba­men­to, cam­in­hões que trans­portavam agrotóx­i­cos e áci­do sulfúri­co tam­bém caíram no rio. Segun­do a pas­ta, até o momen­to, não há indí­cios de con­t­a­m­i­nação da água.

“A nota infor­ma­ti­va con­tém estraté­gias para a mit­i­gação de pos­síveis impactos à saúde humana, ani­mal e ambi­en­tal da região, além de ori­en­tar equipes dos serviços de saúde locais para even­tu­ais casos de intox­i­cação por exposição a pro­du­tos quími­cos”.

“O obje­ti­vo é min­i­mizar a con­fusão e o pâni­co, esta­b­ele­cen­do con­fi­ança, reduzin­do incertezas e ori­en­tan­do o públi­co sobre medi­das pre­ven­ti­vas e ações seguras”, desta­cou o comu­ni­ca­do.

Qualidade da água

De acor­do com o min­istério, uma equipe téc­ni­ca segue mon­i­toran­do o caso, “vis­to que os mate­ri­ais quími­cos ain­da per­manecem deposi­ta­dos no leito do rio e rep­re­sen­tam poten­cial risco de vaza­men­to”.

Uma pos­sív­el con­t­a­m­i­nação da água, segun­do a pas­ta, pode­ria afe­tar os múlti­p­los usos do rio e a sub­sistên­cia de comu­nidades tradi­cionais, indí­ge­nas, ribeir­in­has e quilom­bo­las, além de moradores da região.

“Sem­anal­mente, rep­re­sen­tantes do setor da saúde dos esta­dos do Maran­hão e do Tocan­tins se reúnem para atu­alizar o quadro. Acom­pan­ham a situ­ação pela pas­ta as sec­re­tarias de Vig­ilân­cia em Saúde e Ambi­ente, Atenção Espe­cial­iza­da em Saúde, Saúde Indí­ge­na e Atenção Primária à Saúde.”

Recomendações:

Aos profis­sion­ais de saúde da vig­ilân­cia em saúde ambi­en­tal locais, a pas­ta ori­en­ta, em artic­u­lação com as out­ras vig­ilân­cias, avaliar os riscos à saúde públi­ca por meio:

  • da iden­ti­fi­cação de áreas de risco poten­cial para con­t­a­m­i­nação da água;
  • da emis­são de aler­tas sobre a neces­si­dade de restrição do uso de água em regiões afe­tadas;
  • do mon­i­tora­men­to de resí­du­os de agrotóx­i­cos em água para con­sumo humano, segun­do dire­trizes para o mon­i­tora­men­to de agrotóx­i­cos em água para con­sumo humano;
  • do desen­volvi­men­to de estraté­gias de comu­ni­cação de risco para a pop­u­lação expos­ta ou poten­cial­mente expos­ta (por exem­p­lo, aprovei­tan­do os canais de comu­ni­cação uti­liza­dos pela atenção primária à saúde nos ter­ritórios via agentes comu­nitários de saúde, agentes indí­ge­nas de saúde e agentes indí­ge­nas de sanea­men­to, como gru­pos de What­sApp e afins).

Aos profis­sion­ais de saúde da Rede de Atenção à Saúde, as recomen­dações incluem realizar avali­ação ini­cial das pes­soas que bus­carem os serviços de saúde locais com queixas ou apre­sen­tan­do os seguintes sinais e sin­tomas:

  • ingestão ou con­ta­to da água com a boca;
  • con­ta­to da água com a pele;
  • con­ta­to da água com os olhos;
  • dor e queimação na boca e na gar­gan­ta;
  • dor de cabeça, agi­tação, con­fusão men­tal;
  • náuse­as, vômi­to, dores abdom­i­nais e diar­reia;
  • fraque­za mus­cu­lar, cãi­bras, tremores nos mús­cu­los, dor mus­cu­lar, con­trações dos mús­cu­los, redução dos reflex­os e per­da do equi­líbrio;
  • estresse res­pi­ratório, res­pi­ração acel­er­a­da, ede­ma de pul­mão;
  • pupi­las menores que o nor­mal e movi­men­to invol­un­tário dos olhos;
  • pressão baixa, aumen­to dos bati­men­tos cardía­cos, res­pi­ração lenta, alter­ações no coração;
  • alter­ações no sis­tema ner­voso cen­tral, prob­le­mas de coor­de­nação, con­fusão men­tal;
  • febre (sem infecção), alter­ações na função dos rins, fíga­do e no sangue;
  • irri­tação na pele;
  • queimaduras;
  • irri­tação nos olhos;
  • descon­for­to nos olhos;
  • diminuição da visão;
  • olhos sen­síveis à luz;

Já para a pop­u­lação em ger­al, em caso de con­t­a­m­i­nação con­fir­ma­da pelos órgãos respon­sáveis, a pas­ta ori­en­ta:

  • evi­tar con­ta­to dire­to com a água do Rio Tocan­tins;
  • evi­tar o uso da água ou ativi­dades de laz­er no Rio Tocan­tins enquan­to as autori­dades não garan­ti­rem a segu­rança;
  • seguir ori­en­tações das autori­dades a par­tir dos comu­ni­ca­dos ofi­ci­ais dos órgãos ambi­en­tais e san­itários para atu­al­iza­ções sobre a segu­rança na região;
  • procu­rar a unidade de saúde mais próx­i­ma caso haja con­ta­to com os pro­du­tos quími­cos, mes­mo que não haja sin­tomas ime­di­atos. Em casos de urgên­cia, acionar o Samu 192;
  • na hipótese de ingestão da água con­t­a­m­i­na­da, não induzir o vômi­to.
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