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Governos e instituições científicas são melhores fontes sobre vacinas

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Agência Brasil preparou lista de sites com informações confiáveis


Pub­li­ca­do em 16/09/2023 — 08:35 Por Viní­cius Lis­boa — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Pági­nas ofi­ci­ais de órgãos de saúde, como as sec­re­tarias estad­u­ais e munic­i­pais, o Min­istério da Saúde, a Orga­ni­za­ção Pan-Amer­i­cana de Saúde (Opas) e a Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS), estão entre as mel­hores fontes para tirar dúvi­das e saber qual é a recomen­dação de vaci­nação para cada faixa etária e situ­ação de saúde. Além delas, insti­tu­ições cien­tí­fi­cas como a Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz), a Sociedade Brasileira de Imu­niza­ções (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pedi­a­tria (SBP) ofer­e­cem muito con­teú­do em lin­guagem acessív­el para esclare­cer a pop­u­lação sobre os bene­fí­cios e a segu­rança da vaci­nação.

Espe­cial­is­tas em vaci­nas ouvi­dos pela Agên­cia Brasil recomen­dam que a pop­u­lação busque essas fontes para se infor­mar, e aproveite tam­bém o con­ta­to com unidades e profis­sion­ais de saúde para tirar dúvi­das e bus­car ori­en­tações sobre seu cal­endário vaci­nal ou o de alguém de sua família.

Patrícia Boccolini é coordenadora do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância/Fiocruz-Unifase). Foto: Arquivo Pessoal
Repro­dução: Pedi­atra Patrí­cia Boc­col­i­ni desta­ca importân­cia de recomen­dações sobre vaci­nas estarem baseadas em  evidên­cias cien­tí­fi­cas sól­i­das — Arqui­vo pes­soal

Coor­de­nado­ra do Obser­vatório de Saúde na Infân­cia (Obser­va Infân­cia), pro­je­to da Fiocruz e da Fac­ul­dade de Med­i­c­i­na de Petrópo­lis (FMP/UNIFASE), a pedi­atra Patrí­cia Boc­col­i­ni desta­ca que estar munido dessas infor­mações é essen­cial para tomar as mel­hores decisões para a sua saúde.

“Onde procu­rar? Em fontes ofi­ci­ais de saúde. Por exem­p­lo, no site da OMS, no site do Min­istério da Saúde, que são orga­ni­za­ções que baseiam suas recomen­dações em evidên­cias cien­tí­fi­cas sól­i­das. Tam­bém em uni­ver­si­dades e insti­tu­ições de pesquisas médi­cas. Profis­sion­ais de saúde, médi­cos e enfer­meiros, pes­soas nos pos­tos de saúde tam­bém são boas fontes. A van­tagem é que essas pes­soas têm um con­hec­i­men­to sobre o nos­so históri­co médi­co, isso é inter­es­sante.”

Para a médi­ca, tão impor­tante quan­to saber onde procu­rar, é saber que tipo de fontes evi­tar.

“O prin­ci­pal é evi­tar fontes que não sejam ver­i­fi­cadas, fontes prove­nientes de redes soci­ais, influ­en­ci­adores. A infor­mação pode estar aí sem nen­hum cri­vo. A pes­soa pode sim­ples­mente chegar no Insta­gram e falar qual­quer coisa sem respal­do de uma insti­tu­ição com cred­i­bil­i­dade.”

Informação oficial

Pres­i­dente do Insti­tu­to Questão de Ciên­cia, a micro­bi­ol­o­gista e escrito­ra Natalia Paster­nak tam­bém con­sid­era que as redes soci­ais não são o lugar ade­qua­do para a bus­ca de infor­mações sobre saúde, pelos mes­mos motivos desta­ca­dos pela coor­de­nado­ra do Obser­va Infân­cia.

“A primeira coisa é procu­rar infor­mação ofi­cial. Parece bobagem diz­er isso, mas é pre­ciso diz­er para as pes­soas que mídia social não é para se infor­mar. É um lugar de tro­ca de dicas, de tro­cas de ideias, e pode até ser que apareça algu­ma coisa legal por lá, mas não é o lugar para ir bus­car infor­mações con­fiáveis, prin­ci­pal­mente para temas de saúde.”

Natalia Paster­nak tam­bém acres­cen­ta que sociedades cien­tí­fi­cas e insti­tu­ições de pesquisa trazem boas infor­mações em suas pági­nas da inter­net, mas acred­i­ta que uma fonte ain­da mel­hor nesse sen­ti­do pode­ria ser uma pági­na ofi­cial do próprio Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções (PNI), que com­ple­ta 50 anos no próx­i­mo dia 18 de setem­bro.

“A gente infe­liz­mente não tem no Brasil um órgão cen­tral­izador como o CDC dos Esta­dos Unidos, que disponi­bi­liza todas as infor­mações de for­ma fácil”, afir­ma. “O PNI é um órgão téc­ni­co, que inde­pen­dente de gov­er­no, é um depar­ta­men­to téc­ni­co den­tro do Min­istério da Saúde. Seria legal se o PNI se encar­regasse de reunir a infor­mação cor­re­ta sobre vaci­na em um hub onde fos­se mais fácil nave­g­ar.”

Sob censura, surto de meningite foi um dos primeiros desafios do PNI. Isabela Ballalai é diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações. Foto: SBIm
Repro­dução: Recor­rer a pági­nas de dúvi­das de sites ofi­ci­ais tam­bém é um bom cam­in­ho para obter infor­mações con­fiáveis sobre vaci­nas, diz Isabela Bal­lalai — SBIm

Perguntas frequentes

A dire­to­ra da Sociedade Brasileira de Imu­niza­ções (SBIm), Isabela Bal­lalai, acon­sel­ha tam­bém a bus­car as pági­nas de dúvi­das fre­quentes disponi­bi­lizadas por muitas dessas pági­nas ofi­ci­ais. A seleção dessas per­gun­tas se dá pela repetição das solic­i­tações envi­adas a essas insti­tu­ições, e, muitas vezes, já há uma respos­ta pronta que atende exata­mente à dúvi­da que pre­cisa ser sana­da.

“Na SBIm, temos dois sites. Ali tem tudo sobre qual­quer vaci­na de for­ma trans­par­ente, os even­tos adver­sos que podem causar, como são feitas. E você tam­bém pode man­dar uma dúvi­da. A SBIm responde dúvi­das todo dia. Quem responde somos nós. Não é um robô nem uma secretária. Somos nós, da dire­to­ria da SBIm, que respon­demos a essas dúvi­das. Tan­to da pop­u­lação quan­to dos profis­sion­ais de saúde.”

Lista de fontes confiáveis sobre vacinas:

A Orga­ni­za­ção Pan-Amer­i­cana de Saúde (Opas), braço da OMS nas Améri­c­as, apre­sen­ta dados, boletins, recomen­dações e infor­mações detal­hadas sobre as vaci­nas e as doenças pre­venidas por elas.

Min­istério da Saúde tam­bém tem uma pági­na que esclarece dúvi­das e apre­sen­ta cada um dos cal­endários vaci­nais: da cri­ança, do ado­les­cente, do adul­to e da ges­tante.

por­tal da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz) detal­ha todas as vaci­nas que pro­duz, traz infor­mações sobre as doenças que elas previnem e pub­li­ca resul­ta­dos de pesquisas sobre imu­niza­ção e out­ros temas.

O Insti­tu­to Butan­tan tam­bém disponi­bi­liza detal­h­es sobre as vaci­nas fab­ri­cadas para o Sis­tema Úni­co de Saúde, incluin­do bulas especí­fi­cas para os profis­sion­ais de saúde e para a pop­u­lação em ger­al.

pági­na Família SBIm, da Sociedade Brasileira de Imu­niza­ções, traz detal­h­es em lin­guagem acessív­el sobre cada vaci­na, incluin­do even­tos adver­sos pre­vis­tos. A pági­na tam­bém tem infor­mações sobre as indi­cações do PNI para a vaci­nação e tam­bém faz suas próprias recomen­dações, incluin­do vaci­nas da rede pri­va­da.

A Sociedade Brasileira de Pedi­a­tria tira dúvi­das e ofer­ece infor­mações acessíveis sobre diver­sos temas na pági­na Pedi­a­tria para as Famílias, com esclarec­i­men­tos sobre assun­tos como aleita­men­to mater­no e vaci­nas e vaci­nação na ado­lescên­cia.

Edição: Juliana Andrade

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