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quinta-feira ,28 março 2024
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Grávidas: Veja cinco dicas para se proteger do vírus zika

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rela­ção dos casos de micro­ce­fa­lia (cére­bro menor do que o nor­mal) com o zika vírus dei­xou ges­tan­tes e mulhe­res que que­rem engra­vi­dar apre­en­si­vas. Não é para menos: o pró­prio minis­tro da Saú­de dis­se que quem qui­ser ter um filho ago­ra deve redo­brar os cui­da­dos.

O vírus zika é trans­mi­ti­do pelo mos­qui­to da den­gue (Aedes aegyp­ti) e tam­bém tem sin­to­mas pare­ci­dos com os da doen­ça endê­mi­ca, embo­ra mais sua­ves. Há casos em que a febre zika, como ficou conhe­ci­da, nem apre­sen­ta sin­to­mas. Os sin­to­mas se resu­mem a febre, náu­se­as, dores e man­chas pelo cor­po que desa­pa­re­cem em até cin­co dias.

Como o sur­to do zika batia com nove meses antes dos bebês com micro­ce­fa­lia nas­ce­rem, foi lan­ça­da a hipó­te­se. Quan­do o vírus foi encon­tra­do no líqui­do amnió­ti­co de duas grá­vi­das a rela­ção se tor­nou ain­da mais for­te.

“Zika e den­gue são vírus dife­ren­tes e, embo­ra tenham mani­fes­ta­ções pare­ci­das, o zika tem uma estru­tu­ra gené­ti­ca mais pare­ci­da com a do vírus da rubéo­la do que da den­gue. E a gen­te sabe que a rubéo­la cau­sa pro­ble­mas de má for­ma­ção e abor­to”, afir­ma Éri­co Arru­da, pre­si­den­te da Soci­e­da­de Bra­si­lei­ra de Infec­to­lo­gia.

Não há tra­ta­men­to para o zika. Assim como a den­gue, o doen­te é cura­do com remé­di­os para dor, febre e hidra­ta­ção. A fal­ta de um exa­me espe­cí­fi­co para detec­tar zika difi­cul­ta o diag­nós­ti­co no país, afir­ma Arru­da.

Atenção no início da gravidez

O gine­co­lo­gis­ta e obs­te­tra Mano­el Sar­no, espe­ci­a­lis­ta em Medi­ci­na Fetal pela UFBA (Uni­ver­si­da­de Fede­ral da Bahia), aten­deu a mai­o­ria das ges­tan­tes com o vírus na Bahia. Os pri­mei­ros casos des­te ano sur­gi­ram em agos­to, segun­do ele.

Sar­no, que tem um gru­po de pes­qui­sa sobre zika em grá­vi­das na UFBA, obser­vou que a mai­o­ria das ges­tan­tes cujos filhos nas­ce­ram com micro­ce­fa­lia foi infec­ta­da até o ter­cei­ro mês de gra­vi­dez. “Mas ain­da é cedo para afir­mar que o vírus real­men­te cau­sa a má for­ma­ção. Pre­ten­de­mos estu­dar o caso de cem ges­tan­tes que tive­ram zika para enten­der o fenô­me­no. Só esta­mos espe­ran­do o Con­se­lho de Éti­ca apro­var o pro­je­to de pes­qui­sa”, diz.

A deci­são de engra­vi­dar nes­te momen­to deve levar em con­ta a von­ta­de da mulher e do casal e a situ­a­ção do vírus no país, segun­do os espe­ci­a­lis­tas.

“Esse con­tro­le de ris­co deve ser fei­to de for­ma indi­vi­du­al e, se a mulher engra­vi­dar, tem que fazer as medi­das de pro­te­ção até mes­mo nas áre­as de sur­to. Mas temos que lem­brar que o sur­to tem um cur­to espa­ço de tem­po”, afir­ma Sar­no.

“Temos que levar em con­ta que a tem­pe­ra­tu­ra vai aumen­tar, o perío­do de chu­va vai che­gar, a pro­li­fe­ra­ção vai aumen­tar. Se eu tives­se uma filha dese­jan­do engra­vi­dar, eu diria ‘vamos dei­xar espe­rar o verão e ver como a vai se com­por­tar a dis­se­mi­na­ção do vírus no Bra­sil’ ”, diz Arru­da.

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