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Guedes pede flexibilidade do Mercosul para negociar acordos bilaterais

O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante pronunciamento sobre preço dos combustíveis e a política de reajustes adotada pela Petrobras.
Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Ministro também defendeu redução de tarifa externa comum


Pub­li­ca­do em 23/04/2021 — 18:06 Por Well­ton Máx­i­mo – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

Os país­es-mem­bros do Mer­co­sul pre­cisam de mais liber­dade para nego­cia­rem acor­dos bilat­erais, defend­eu hoje (23) o min­istro da Econo­mia, Paulo Guedes. Em sessão temáti­ca do Sena­do sobre o aniver­sário de 30 anos do blo­co, ele declar­ou que a flex­i­bil­i­dade para cada país nego­ciar acor­dos indi­vid­u­ais aumen­ta a inte­gração inter­na­cional, respei­tan­do o rit­mo de cada sócio.

“Deixa um dos nos­sos mem­bros faz­er um acor­do lá fora difer­ente. Se estiv­er bom, o con­jun­to, o grupo, avança naque­la direção. Se não for bom, não avançamos”, disse o min­istro.

O blo­co é com­pos­to por Brasil, Argenti­na, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está sus­pen­sa.

Na avali­ação de Guedes, a nego­ci­ação de acor­dos com­er­ci­ais indi­vid­u­ais por um dos mem­bros pio­neiros não sig­nifi­ca a rejeição do blo­co. “A gente quer avançar no sen­ti­do de mod­ern­iza­ção e de inte­gração inter­na­cional”, jus­ti­fi­cou. Segun­do o min­istro, o Mer­co­sul dev­e­ria ser flex­i­bi­liza­do para per­mi­tir que cada sócio avance em veloci­dade dis­tin­ta em direção à lib­er­al­iza­ção do comér­cio inter­na­cional.

Atual­mente, cada mem­bro do Mer­co­sul pode nego­ciar acor­dos com­er­ci­ais iso­lada­mente, des­de que as dis­cussões não englobem a práti­ca de tar­i­fas dis­tin­tas das de out­ro país do blo­co. Em 2018, o Brasil assi­nou um acor­do ness­es moldes com o Chile.

Tarifa externa

Ao ale­gar que quer cumprir o pro­gra­ma de gov­er­no, Guedes disse que o Brasil quer avançar em duas frentes. A primeira con­siste na liber­dade de nego­ci­ação com­er­cial. A segun­da é a redução da Tar­i­fa Exter­na Comum (TEC), que enfrenta a resistên­cia da Argenti­na.

“Enten­demos a situ­ação de mem­bros que podem ter difi­cul­dade de baixá-la no momen­to, mas para o Brasil é impor­tante. Temos que mostrar que esta­mos indo na direção de aber­tu­ra”, desta­cou Guedes.

Recen­te­mente, o Brasil reduz­iu as tar­i­fas de impor­tação de bens de cap­i­tal e de infor­máti­ca, que não estão sujeitas à TEC. Alguns pro­du­tos tiver­am a alíquo­ta zer­a­da. Na ocasião, o gov­er­no brasileiro ale­gou que a redução de cus­tos para os empresários decor­rente das refor­mas da Pre­v­idên­cia e tra­bal­hista dev­e­ri­am ser repas­sadas para o comér­cio exte­ri­or.

Diminuição

Segun­do Guedes, o Mer­co­sul teve suces­so nos primeiros dez anos, mas o fluxo de comér­cio diminuiu nos anos seguintes por causa da fal­ta de inte­gração inter­na­cional do blo­co. “Uma grande fer­ra­men­ta que foi cri­a­da como uma aveni­da em direção à glob­al­iza­ção e à inte­gração acabou viran­do uma bol­ha que nos isolou dos grandes flux­os de comér­cio e inves­ti­men­to”, criti­cou.

O min­istro desta­cou que, nas últi­mas décadas, 3,7 bil­hões de europeus e asiáti­cos saíram da mis­éria por meio do livre comér­cio glob­al.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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