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Guias ajudam a atender bem turistas idosos, LGBTQIA+ e com deficiência

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicações querem capacitar setor para o turismo mais acessível


Pub­li­ca­do em 15/04/2023 — 17:00 Por Daniel­la Almei­da — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Os guias Dicas para aten­der bem tur­is­tas idosos, Dicas para aten­der bem tur­is­tas LGBTQIA+ e Dicas para aten­der bem tur­is­tas com defi­ciên­cia foram atu­al­iza­dos. As três pub­li­cações têm o obje­ti­vo de pro­mover um tur­is­mo inclu­si­vo a todos.

As car­til­has estão disponíveis online e pos­suem um for­ma­to mais acessív­el para leitu­ra em smart­phones e tablets ou em com­puta­dores. Os guias são resul­ta­dos do tra­bal­ho con­jun­to dos min­istérios do Tur­is­mo e dos Dire­itos Humanos e Cidada­nia.

Esta ini­cia­ti­va faz parte das ações de Tur­is­mo Respon­sáv­el para aten­der a Lei Ger­al do Tur­is­mo (Lei 11.771, de 2008) que pre­tende democ­ra­ti­zar o aces­so ao tur­is­mo. Com a revisão dos con­teú­dos, as pub­li­cações trazem ori­en­tações para aju­dar os profis­sion­ais do setor sobre a ofer­ta de exper­iên­cias turís­ti­cas mais seguras e praze­rosas aos via­jantes, além de dicas práti­cas para mel­hor aten­der cada públi­co.

A min­is­tra do Tur­is­mo, Daniela Carneiro, afir­ma que essa atu­al­iza­ção faz parte da estraté­gia para os primeiros 100 dias do gov­er­no, com pri­or­iza­ção da inclusão e da aces­si­bil­i­dade.  “Nos­sa atu­ação teve como meta garan­tir que o tur­is­mo, de fato, seja para todos. É com ale­gria que lançamos mais dois guias que bus­cam ori­en­tar profis­sion­ais do setor sobre como aten­der bem pes­soas idosas e o públi­co LGBTQIA+.”

A pres­i­dente da Asso­ci­ação Brasileira de agên­cias de Via­gens (Abav-Nacional), Mag­da Nas­sar, avaliou a reed­ição dos guias. “A ABAV acred­i­ta em ini­cia­ti­vas que capacitem toda a cadeia do tur­is­mo para aten­der seg­men­tos e, tam­bém, em aten­der mel­hor no ger­al. A hos­pi­tal­i­dade e o cuida­do devem sem­pre estar nas relações entre as partes desse mer­ca­do.”

Pedro Kempe, oper­ador de tur­is­mo no Paraná, volta­do ao seg­men­to reli­gioso — que tem via­jantes idosos, sobre­tu­do — gos­tou da car­til­ha para qual­i­ficar os profis­sion­ais do setor. “Para nós que tra­bal­hamos com pes­soas idosas, toda infor­mação e boa práti­ca para poder­mos cada vez mais aten­der mel­hor aos nos­sos clientes, poder aju­dar a ser­mos mais inclu­sivos, respeitosos e aptos das boas práti­cas do Brasil. O que vai, com certeza, nos tornar cada vez mel­hores e mais profis­sion­ais.

Turistas LGBTQIA+

O Min­istério do Tur­is­mo expli­ca que o guia “Dicas para aten­der bem tur­is­tas LGBTQIA+” traz con­teú­dos atu­al­iza­dos sobre legal­i­dade e con­ceitos bási­cos de iden­ti­dade de gênero, sexo biológi­co e ori­en­tação sex­u­al. A car­til­ha ain­da aler­ta que, no Brasil, a dis­crim­i­nação a pes­soas LGBTQIA+ é crime e pode ser igual­a­da aos crimes de racis­mo, con­forme decisão do plenário do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al.

Uma dica do guia é tratar a pes­soa de acor­do com o gênero com o qual ela se iden­ti­fi­ca e não pelo sexo de nasci­men­to. O mate­r­i­al ain­da ensi­na que trans e homos­sex­u­al­i­dade não são doenças; que respeito e edu­cação são a base de qual­quer relação e que devem ser evi­tadas expressões, gírias e piadas que pos­sam soar pejo­ra­ti­vas.

De acor­do com a Orga­ni­za­ção Mundi­al do Tur­is­mo, a comu­nidade LGBTQIA+ responde por 10% do total de via­gens real­izadas todos os anos e é respon­sáv­el por 15% da ren­da ger­a­da pelo setor.

Lev­an­ta­men­to real­iza­do em 2017 pela Out Lead­er­ship, asso­ci­ação inter­na­cional de empre­sas voltadas para o públi­co homoafe­ti­vo, mostra que o poten­cial de com­pra do públi­co LGBTQ+ no Brasil é de R$ 419 mil­hões por ano. E no mun­do, o seg­men­to é respon­sáv­el por US$ 3 tril­hões por ano. É o chama­do pink mon­ey, expressão para faz­er refer­ên­cia ao poder de com­pra do públi­co LGBTQIA+.

Turistas idosos

Para os tur­is­tas idosos, a atu­al­iza­ção do guia ressalta que, ao con­trário do que muitos pen­sam, a idade não é um impedi­ti­vo para uma vida social­mente ati­va e lem­bra que esse públi­co pos­sui horários e datas flexíveis, poden­do aproveitar e des­fru­tar de vários roteiros. “Com o envel­hec­i­men­to da pop­u­lação, a pes­soa idosa tor­na-se cada vez mais plur­al.”

A pub­li­cação tam­bém traz infor­mações sobre infraestru­tu­ra apro­pri­a­da; ade­quação de ambi­entes e sinal­iza­ção cor­re­ta para que as pes­soas idosas aproveit­em, por com­ple­to, a exper­iên­cia turís­ti­ca.

Entre as dicas práti­cas do guia estão a reser­va de assen­tos pref­er­en­ci­ais, ofer­ta de filas pref­er­en­ci­ais, estí­mu­lo ao con­vívio interg­era­cional, sem­pre que pos­sív­el e placas/sinalizações de fácil visu­al­iza­ção e com cores fortes.

Turistas com Deficiência

A pub­li­cação Dicas para aten­der bem tur­is­tas com defi­ciên­cia abor­da temas como aces­si­bil­i­dade, éti­ca e respon­s­abil­i­dade social, desen­ho uni­ver­sal, exem­p­los de defi­ciên­cia, capacitismo, respeito às difer­enças. São exem­p­los práti­cos de desen­ho uni­ver­sal que devem ser segui­dos, nos esta­b­elec­i­men­tos presta­dores de serviços hoteleiros: por­tas com vão livre de pelo menos, 80 cm de largu­ra; maçane­ta do tipo ala­van­ca; e bal­cão de atendi­men­to com alturas difer­en­ci­adas.

Edição: Kel­ly Oliveira

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