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Hábito de leitura resulta em melhores avaliações em várias disciplinas

Repro­dução: © Rena­to Araujo/Agência Brasil

Conclusão é de estudo do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate


Pub­li­ca­do em 30/11/2023 — 09:45 Por Sab­ri­na Craide — Repórter da Agên­cia Brasil  — Brasília

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Estu­dantes que leem tex­tos mais lon­gos têm mais chances de con­seguir mel­hores resul­ta­dos em avali­ações tan­to de leitu­ra, quan­to de dis­ci­plinas como matemáti­ca e ciên­cias. A con­clusão é de um estu­do do Inter­dis­ci­pli­nar­i­dade e Evidên­cias no Debate Edu­ca­cional (Iede), em parce­ria com a platafor­ma de leitu­ra Árvore. 

A análise mostra que entre os estu­dantes que leem tex­tos com mais de 100 pági­nas, 29% atin­gi­ram pelo menos o nív­el 4 de profi­ciên­cia em leitu­ra no Pro­gramme for Inter­na­tion­al Stu­dent Assess­ment (Pisa), uma avali­ação inter­na­cional apli­ca­da a alunos entre 15 e 16 anos. Entre os alunos que respon­der­am que o tex­to mais lon­go lido no ano leti­vo tin­ha uma pági­na ou menos, ape­nas 5% atin­gi­ram o mes­mo nív­el.

Entre os estu­dantes que leem tex­tos com mais de 100 pági­nas, 33% alcançaram pelo menos o nív­el 3 não ape­nas em leitu­ra, mas tam­bém em ciên­cias e matemáti­ca no Pisa, o que indi­ca bom pata­mar de apren­diza­gem nes­sas áreas. Entre os que leem menos de uma pági­na, 6% con­seguiram o mes­mo resul­ta­do.

“Ess­es dados rev­e­lam, por­tan­to, que é raro um estu­dante atin­gir níveis ele­va­dos de profi­ciên­cia em leitu­ra sem ter um bom hábito leitor”, apon­ta o estu­do.

As anális­es foram feitas a par­tir dos micro­da­dos do Pisa 2018. Entre os 79 país­es avali­a­dos no Pisa 2018, o Brasil é o que tem maior índice de estu­dantes que dis­ser­am que o tex­to mais lon­go lido naque­le ano tin­ha uma pági­na ou menos: 19,6%. Nos país­es desen­volvi­dos, que com­põem a Orga­ni­za­ção para a Coop­er­ação e Desen­volvi­men­to Econômi­co (OCDE), a média é de ape­nas 5,5%.

Entre os país­es da Améri­ca do Sul, o Brasil é o que tem o menor índice de estu­dantes que declararam ter lido mais de 100 pági­nas no ano: ape­nas 9,5%. O Chile apre­sen­tou per­centu­al de 64%, a Argenti­na, 25,4% e a Colôm­bia, 25,8%.

indicadores socioeconômicos

O estu­do rev­ela ain­da que país­es com maiores índices do Pro­du­to Inter­no Bru­to (PIB) mais alto e menor taxa de desem­prego entre a pop­u­lação de 15 a 24 anos têm jovens com mel­hor hábito leitor. Essa análise foi fei­ta con­sideran­do as respostas dos estu­dantes aos ques­tionários do Pisa dos anos de 2000 e 2009 e duas var­iáveis exter­nas: o PIB per capi­ta dos país­es e a Taxa de Desem­prego entre Jovens de 15 a 24 anos.

Segun­do o estu­do, a hipótese é de que se os jovens tiverem bons hábitos de leitu­ra, eles podem ser mais capac­i­ta­dos para o mer­ca­do de tra­bal­ho, aumen­tan­do assim o PIB per capi­ta de um país.

Edição: Graça Adju­to

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