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Hemorio reavalia amostras de 288 doadores de órgãos no RJ

Exames foram feitos por laboratório que foi interditado

Dou­glas Cor­rea — repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 12/10/2024 — 15:36
Rio de Janeiro
Nova Iguaçu (RJ) 12/10/2024 - A sede do PCS Lab Saleme, laboratório de análises clínicas interditado pela Anvisa para investigação da infecção de pacientes transplantados pelo vírus HIV, a partir de exames falso-negativos de doadores. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

A Sec­re­taria de Esta­do de Saúde (SES) do Rio de Janeiro infor­mou, em nota, que uma sindicân­cia inter­na foi instau­ra­da para punir e iden­ti­ficar os respon­sáveis pela infecção de seis pacientes trans­plan­ta­dos no esta­do, que con­traíram o vírus HIV. De acor­do com a nota, 288 doadores estão sendo exam­i­na­dos pelo Insti­tu­to Estad­ual de Hema­tolo­gia (Hemorio), órgão da Sec­re­taria de Saúde. “Por neces­si­dade de preser­vação das iden­ti­dades dos doadores e trans­plan­ta­dos, bem como do encam­in­hamen­to da sindicân­cia, não serão divul­ga­dos detal­h­es das cir­cun­stân­cias”.

O tex­to diz ain­da que uma comis­são mul­ti­dis­ci­pli­nar foi cri­a­da para acol­her os pacientes afe­ta­dos e, ime­di­ata­mente, foram tomadas medi­das para garan­tir a segu­rança dos trans­plan­ta­dos. “O lab­o­ratório pri­va­do [PCS Lab Saleme], con­trata­do por lic­i­tação pela Fun­dação Saúde para aten­der o pro­gra­ma de trans­plantes, teve o serviço sus­pen­so logo após a ciên­cia do caso e foi inter­di­ta­do caute­lar­mente. Com isso, os exam­es pas­saram a ser real­iza­dos pelo Hemorio”.

A Sec­re­taria está real­izan­do um ras­treio com a reavali­ação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a par­tir de dezem­bro de 2023, data da con­tratação do lab­o­ratório. “Esta é uma situ­ação sem prece­dentes. O serviço de trans­plantes no esta­do do Rio de Janeiro sem­pre real­i­zou um tra­bal­ho de excelên­cia e, des­de 2006, salvou as vidas de mais de 16 mil pes­soas”, con­cluiu a nota.

A Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária e o Min­istério da Saúde tam­bém tomaram medi­das para inves­ti­gar e respon­s­abi­lizar os cul­pa­dos pela situ­ação. O min­istério ressalta que o Sis­tema Nacional de Trans­plantes (SNT) é recon­heci­do como um dos mais trans­par­entes, seguros e con­sol­i­da­dos do mun­do. “Exis­tem nor­mas rig­orosas que visam pro­te­ger tan­to os doadores quan­to os recep­tores, garan­ti­n­do que os trans­plantes real­iza­dos no país man­ten­ham um alto nív­el de con­fi­a­bil­i­dade”, diz a pas­ta.

O SNT pos­sui, segun­do o Min­istério, dis­pos­i­tivos reg­u­latórios que já pre­veem pro­to­co­los especí­fi­cos para a redução de riscos, como a trans­mis­são de doenças infec­ciosas, e está em con­stante atu­al­iza­ção para acom­pan­har os avanços médi­cos e cien­tí­fi­cos nes­sa área.

O Sis­tema Nacional de Trans­plantes é garan­ti­do a toda a pop­u­lação por meio do SUS e é respon­sáv­el pelo finan­cia­men­to de cer­ca de 88% dos trans­plantes no país, de acor­do com dados do Min­istério da Saúde.

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