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Hoje é Dia: combate ao trabalho escravo e visibilidade trans em foco

Confira os destaques da semana entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro

Ril­ton Pimentel — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 26/01/2025 — 07:00
Brasília
Concentração da VI Caminhada Trans de São Paulo, que celebra o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista.
Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Esta sem­ana é forte­mente mar­ca­da pela defe­sa dos dire­itos humanos e da dig­nidade humana. São nada menos que qua­tro datas nesse sen­ti­do. Começamos com 28 de janeiro, que foi definido como o Dia Nacional de Com­bate ao Tra­bal­ho Escra­vo. A data faz refer­ên­cia a um episó­dio ocor­ri­do em 2004, quan­do três audi­tores fis­cais do tra­bal­ho e um motorista foram assas­si­na­dos quan­do averiguavam denún­cias de tra­bal­ho escra­vo em fazen­das de Unaí (MG). Esta reportagem do Repórter Brasil, da TV Brasil, exibi­da em 2021, relem­bra o caso. Somente em 2023, o Min­istério do Tra­bal­ho e Emprego res­ga­tou 3.190 pes­soas em situ­ação análo­ga à escravidão, em 598 esta­b­elec­i­men­tos urbanos e rurais. Foi o maior número de res­gata­dos nos últi­mos 14 anos. Esta edição deste ano do Revista Brasil, da Rádio Nacional, abor­da os desafios para com­bat­er esta práti­ca crim­i­nosa. E esta reportagem do Jor­nal da Amazô­nia, da Rádio Nacional da Amazô­nia, mostra que a região Norte lid­era a estatís­ti­ca de ocor­rên­cias no país. 

Ago­ra falan­do de out­ra grave vio­lação de dire­itos humanos, o Brasil osten­ta a ver­gonhosa posição de país que mais mata tran­sex­u­ais no mun­do, como rev­e­lam dados da Asso­ci­ação Nacional de Trav­es­tis e Tran­sex­u­ais (Antra). Só em 2023 foram 145 assas­si­natos, como mostra esta reportagem do ano pas­sa­do da Agên­cia Brasil. Para estim­u­lar o respeito e a tol­erân­cia à diver­si­dade, 29 de janeiro é o Dia da Vis­i­bil­i­dade Trans. Em 2024 a mobi­liza­ção com­ple­tou 20 anos, como mostra esta out­ra reportagem, tam­bém da Agên­cia Brasil, e esta edição do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil. Já a Agên­cia Gov desta­cou, neste tex­to, o número cres­cente de denún­cias reg­istradas no Painel de Dados da Ouvi­do­ria Nacional de Dire­itos Humanos con­tra essa parcela da pop­u­lação.

Poucos perío­dos da história foram tão tene­brosos quan­to a Segun­da Guer­ra Mundi­al. E um dos sím­bo­los máx­i­mos das atro­ci­dades cometi­das pelos nazis­tas é o cam­po de con­cen­tração de Auschwitz, onde mais de 1,1 mil­hão de pes­soas foram exter­mi­nadas, a maio­r­ia judeus. Há exatos 80 anos os pri­sioneiros do cam­po eram lib­er­ta­dos pelas tropas soviéti­cas, no dia 27 de janeiro de 1945. A data se tornou o Dia Inter­na­cional em Memória das Víti­mas do Holo­caus­to. A lib­er­tação foi desta­ca­da nes­ta edição de 2021 do Repórter Brasil, da TV Brasil. A data tam­bém foi tema des­ta reportagem veic­u­la­da na Radi­ogên­cia Nacional no ano pas­sa­do. E esta edição do pro­gra­ma Cam­in­hos da Reportagem, da TV Brasil, exibi­da em 2017, con­ver­sou com sobre­viventes de Auschwitz, que relataram os hor­rores vivi­dos no cam­po de con­cen­tração.

Privacidade de Dados

A tec­nolo­gia per­me­ia vários aspec­tos da nos­sa vida. Das redes soci­ais a meios de comu­ni­cação como o Whats App, com­pras online e transações bancárias. Por isso gan­ha tan­ta importân­cia o Dia Inter­na­cional da Pri­vaci­dade de Dados, cel­e­bra­do em 28 de janeiro. A efeméride foi cri­a­da em 2006, como mostra esta reportagem da Agên­cia Gov. A neces­si­dade de fornecer dados bio­métri­cos é algo que pre­ocu­pa 60% dos brasileiros, como a Agên­cia Brasil desta­cou nes­ta pub­li­cação, de 2024. No Brasil, dois mecan­is­mos foram cri­a­dos para garan­tir a segu­rança dos usuários: a Lei Ger­al de Pro­teção de Dados e o Mar­co Civ­il da Inter­net, que já com­ple­tou dez anos. Enten­da um pouco mais sobre a LGPD nes­ta reportagem, e sobre o Mar­co Civ­il nes­ta out­ra aqui, ambas pub­li­cadas pela Agên­cia Brasil.

Meio ambiente 

Durante muitas décadas biól­o­gos achavam impos­sív­el haver corais na Amazô­nia, por causa das car­ac­terís­ti­cas da região, em que as águas tur­vas e bar­rentas difi­cul­tam a pen­e­tração de luz. A lumi­nosi­dade é fun­da­men­tal para o desen­volvi­men­to destas for­mas de vida. Mas em 2016 pesquisadores desco­bri­ram um extra­ordinário bio­ma, que é úni­co no mun­do dev­i­do às car­ac­terís­ti­cas em que se desen­volveu: um recife de corais e espon­jas com 56 mil quadra­dos de exten­são, prati­ca­mente o taman­ho do esta­do da Paraí­ba, local­iza­do na região costeira do esta­do do Amapá. A descober­ta lev­ou à cri­ação do Dia Mundi­al dos Corais da Amazô­nia, cel­e­bra­do em 28 de janeiro, que foi destaque nes­ta reportagem de 2016 e nes­ta out­ra aqui, de 2017, ambas da Agên­cia Brasil. A Rádio Nacional tam­bém abor­dou o tema, nes­ta edição do pro­gra­ma Pon­to de Encon­tro, de 2017, e nes­ta do Tarde Nacional, de 2021.

Cultura

Frank Sina­tra, um dos maiores artis­tas de todos os tem­pos e con­heci­do como “A Voz”, fez seu show mais mem­o­ráv­el em ter­ras brasileiras no dia 26 de janeiro de 1980, quan­do can­tou para um públi­co de 180 mil pes­soas no Mara­canã. O norte-amer­i­cano, fil­ho de imi­grantes ital­ianos, era auto­di­da­ta. Nun­ca fre­quen­tou uma esco­la de músi­ca. Mas con­quis­tou o mun­do com seu tim­bre úni­co e ven­dia cer­ca de 10 mil­hões de dis­cos por ano. Ele e Tom Jobim, mestre da Bossa Nova, tin­ham uma admi­ração mútua, e jun­tos gravaram um LP que foi indi­ca­do ao Gram­my em 1968. Sina­tra fale­ceu em 1998, e seu cen­tenário foi cel­e­bra­do nes­ta edição do Repórter Brasil, da TV Brasil, exibi­da em 2015, e nes­ta do História Hoje, de 2016, da Rádio Nacional.


Out­ra apre­sen­tação inesquecív­el em ter­ras brazu­cas foi a primeira dos Rolling Stones, no dia 27 de janeiro de 1995. O show foi no Está­dio do Pacaem­bu, em São Paulo, embaixo de uma chu­va tor­ren­cial. Já se pas­saram 30 anos e, pelo jeito, eles tomaram gos­to pela coisa, porque já fiz­er­am out­ros 11 shows por aqui, o mais badal­a­do deles em 2006, na pra­ia de Copaca­bana, Rio de Janeiro. Tiran­do o saudoso bater­ista Char­lie Watts, que fale­ceu em 2021, todos estão bem, inclu­sive Mick Jag­ger. Esta edição do Repórter Brasil de 2018, da TV Brasil, desta­cou os 75 anos do caris­máti­co líder e vocal­ista da ban­da ingle­sa.

“De onde menos se espera é que não sai nada.” “Tem­po é din­heiro. Vamos, então, pagar as nos­sas dívi­das com o tem­po.” “Este mun­do é redon­do, mas está fican­do cada vez mais cha­to.” Estas são só algu­mas das muitas fras­es espir­i­tu­osas do jor­nal­ista gaú­cho Apparí­cio Torel­ly, o Barão de Itararé, que nasceu em 29 de janeiro de 1895. Ele é con­sid­er­a­do o pai do humor políti­co brasileiro. Criou vários jor­nais alter­na­tivos, enfren­tou a ditadu­ra do Esta­do Novo de Getúlio Var­gas, espez­in­hou políti­cos cor­rup­tos e fez troça da elite con­ser­vado­ra brasileira. Tudo sem nun­ca perder o bom humor. Tan­to que, em 1934, após criticar ofi­ci­ais da Mar­in­ha em suas pub­li­cações, ele foi sequestra­do pelos mil­itares, espan­ca­do e aban­don­a­do em um lugar quase deser­to. Ao voltar para a redação de seu jor­nal, afixou na por­ta uma pla­ca com a frase “Entre sem bater”. Torel­ly foi inspi­ração para fig­uras como Stanis­law Ponte Pre­ta, Luis Fer­nan­do Verís­si­mo, Jô Soares e as tur­mas do Pasquim e do Cas­se­ta e Plan­e­ta. Sua história foi con­ta­da nes­ta edição de 2011 do De Lá Pra Cá, e nes­ta de 2018 do História Hoje, ambos da Rádio Nacional.

Ago­ra vamos falar de out­ra for­ma de arte. Em 30 de janeiro é o cel­e­bra­do o Dia do Quadrin­ho Nacional. Foi nes­ta data, em 1869, que Ange­lo Agos­ti­ni pub­li­cou o primeiro quadrin­ho brasileiro: “As aven­turas de Nhô Quim”, que con­ta os desafios de um caipi­ra que se muda para o Rio de Janeiro. Hoje não dá para falar no assun­to sem men­cionar Mau­rí­cio de Sousa e seus per­son­agens da Tur­ma da Môni­ca, cri­a­da em 1959, que tran­scen­der­am as HQs e gan­haram públi­co em ani­mações, filmes para o cin­e­ma e até video-games. Mas os brasileiros fazem boni­to em muitas out­ras pub­li­cações inde­pen­dentes, que gan­haram inclu­sive pre­mi­ações inter­na­cionais, como mostra esta edição de 2020 do Repórter Brasil, da TV Brasil, e tam­bém esta, de 2021. O Dia do Quadrin­ho Nacional tam­bém foi tema des­ta edição de 2021 do pro­gra­ma Rádio Ani­ma­da, da Rádio Nacional.

Tragédia histórica

Ter­mi­namos a sem­ana já entran­do no mês de fevereiro, infe­liz­mente falan­do de uma das maiores tragé­dias do Brasil. No dia 1º de fevereiro de 1974, ou seja, há 60 anos, ocor­ria o incên­dio do Edifí­cio Joel­ma, em São Paulo, que matou 181 pes­soas e deixou mais de 300 feri­dos. A con­strução era com­pos­ta por duas tor­res de 25 andares cada, ocu­pa­dos por esta­b­elec­i­men­tos com­er­ci­ais e escritórios. O fogo começou dev­i­do a um cur­to cir­cuito no 12º andar, e o ven­to e a fal­ta de segu­rança do pré­dio logo fiz­er­am as chamas se alas­trarem. Os 50 anos do incên­dio foram lem­bra­dos em 2024, nes­ta edição do Repórter Brasil, e neste capí­tu­lo do pro­gra­ma Cam­in­hos da Reportagem, ambos da TV Brasil. O Joel­ma não con­ta­va com escadas de emergên­cia, plano de evac­uação ou briga­da de incên­dio, den­tre out­ras defi­ciên­cias que con­tribuíram para a ocor­rên­cia do desas­tre. A gravi­dade da tragé­dia motivou a mudança das regras de segu­rança pre­di­al do Brasil, como mostra esta reportagem de 2024, da Agên­cia Brasil.

Confira a relação de datas do Hoje é Dia desta semana.

26 de Janeiro a 1º de Fevereiro de 2025
26

Nasci­men­to da vilon­celista britâni­ca Jacque­line Mary du Pré (80 anos) — con­heci­da como uma das maiores intér­pretes do vio­lon­ce­lo

Nasci­men­to do ator, dublador e dire­tor cin­e­matográ­fi­co estadunidense Paul New­man (100 anos)

Dobrad­in­ha brasileira no Grande Prêmio Brasil de Fór­mu­la 01, com vitória de José Car­los Pace e Emer­son Fit­ti­pal­di em segun­do lugar (50 anos)

Apre­sen­tação de Frank Sina­tra no Mara­canã (45 anos)

27

Morte do políti­co, diplo­ma­ta e advo­ga­do gaú­cho Oswal­do Aran­ha (65 anos)

Lib­er­tação do Cam­po de Con­cen­tração de Auschwitz (80 anos)

Primeira apre­sen­tação dos Rolling Stones no Brasil (30 anos) — o even­to ocor­reu no Está­dio Pacaem­bu, em São Paulo

Dia Inter­na­cional em Memória das Víti­mas do Holo­caus­to

Dia Inter­na­cional do Con­ser­vador Restau­rador

28

Dia Nacional de Com­bate ao Tra­bal­ho Escra­vo — a data relem­bra a chaci­na cometi­da em Unaí — MG, da equipe de audi­tores que esta­va indo inves­ti­gar uma denún­cia de tra­bal­ho escra­vo em uma fazen­da local

Dia Inter­na­cional da Pri­vaci­dade de Dados

Dia Mundi­al dos Corais da Amazô­nia

29

Morte do far­ma­cêu­ti­co, jor­nal­ista, escritor, orador e ativista políti­co flu­mi­nense José do Patrocínio (120 anos) — desta­cou-se como uma das fig­uras mais impor­tantes dos movi­men­tos Abo­l­i­cionista e Repub­li­cano no país. Foi tam­bém ide­al­izador da Guar­da Negra, que era for­ma­da por negros e ex-escravos, sendo van­guar­da do movi­men­to negro no Brasil

Nasci­men­to do jor­nal­ista e escritor gaú­cho Apparí­cio Torel­ly, o Baráo de Itararé (130 anos) — pio­neiro do humoris­mo políti­co brasileiro

Dia da Vis­i­bil­i­dade Trans

30

Dia do Quadrin­ho Nacional

Dia da Saudade

31

Dia Mundi­al do Mági­co

1º/2

Incên­dio do Edifí­cio Joel­ma, que matou 181 pes­soas e deixou mais de 300 feri­dos em São Paulo (60 anos)

Dia do pub­lic­itário

Inau­gu­ração do Museu do Tri­bunal de Justiça da cidade de São Paulo (30 anos)

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