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IBGE corrige inconsistências dos dados do Censo 2022

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Correção é comum em coletas censitárias em todo o mundo


Publicado em 22/08/2024 — 10:01 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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O Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE) divul­gou, nes­ta quin­ta-feira (22), os dados de erros do Cen­so Demográ­fi­co 2022. Segun­do o IBGE, a cor­reção dessas incon­sistên­cias é um pro­ced­i­men­to padrão em oper­ações cen­sitárias em todo o mun­do. No Brasil, isso é feito des­de 1970, mas essa é a primeira vez que o insti­tu­to divul­ga as taxas de erros.

“O Cen­so, como qual­quer oper­ação estatís­ti­ca, con­ta com algum nív­el de impre­cisão. Não esta­mos falan­do só do cen­so do Brasil, mas de qual­quer cen­so do mun­do. É uma oper­ação muito com­plexa, com mão de obra gigan­tesca, com as com­plex­i­dades que o Brasil tem, pelo nos­so taman­ho e com­plex­i­dade ter­ri­to­r­i­al, e que envolve muitas camadas. Então é razoáv­el supor que algum nív­el de erro ocor­ra”, afir­ma a pesquisado­ra do IBGE Juliana de Queiroz.

A análise dess­es dados e cor­reção das incon­sistên­cias é fei­ta pela Pesquisa de Pós-Enu­mer­ação (PPE), que revisi­ta uma amostra dos domicílios lis­ta­dos no Cen­so Demográ­fi­co e reavalia erros como omis­são e inclusão inde­v­i­da no lev­an­ta­men­to orig­i­nal.

Tipos de erros

“O que são as omis­sões do Cen­so? Exis­tem qua­tro for­mas de o Cen­so omi­tir uma pes­soa ou domicílio. Um ter­reno que tem mais de uma casa e o recenseador por algu­ma razão não ver­i­fi­ca, por exem­p­lo, a casa dos fun­dos. Out­ra é a omis­são de pes­soas no domicílio recensea­do, ou seja, quan­do um morador não é lis­ta­do, como um estu­dante que está numa cidade uni­ver­sitária. Há ain­da o erro de clas­si­fi­cação do domicílio ocu­pa­do como vago ou de uso oca­sion­al. Por fim, tem os domicílios ocu­pa­dos sem entre­vista, em que a gente não con­segue realizar a entre­vista”, afir­ma Juliana.

Já os erros de inclusão inde­v­i­da se ref­er­em a con­sid­er­ar um mes­mo domicílio como dois difer­entes; um recenseador invadir a área de out­ro e con­tar duas vezes o mes­mo domicílio; e incluir como moradores pes­soas que estão ape­nas vis­i­tan­do o domicílio. “Essa pes­soa vai ser lis­ta­da no domicílio onde ela efe­ti­va­mente mora e nesse domicílio de maneira equiv­o­ca­da”, desta­ca a pesquisado­ra.

A pesquisa con­sta­tou que a taxa de omis­são do Cen­so chegou a 12,2%, enquan­to a taxa de inclusão inde­v­i­da foi 3,3%. O per­centu­al de erro líqui­do de cober­tu­ra da pesquisa, que rela­ciona as duas taxas de erro, foi 8,3%.

Recorte

A maior parte de erros, 13,2% do total obser­va­do, foi con­stata­da em municí­pios com mais de 1 mil­hão de habi­tantes, que con­cen­tram 20% da pop­u­lação nacional. O cresci­men­to da taxa é dire­ta­mente pro­por­cional à faixa pop­u­la­cional. Entre os municí­pios menores, com menos de 14 mil habi­tantes, por exem­p­lo, o índice de erros foi de ape­nas 3,9%.

O Rio de Janeiro foi o esta­do com maior taxa de erro (15,5%), segui­do por Rondô­nia (11,2%), Roraima (10,9%), Amapá e São Paulo (ambos com 10,8%). Entre as unidades da fed­er­ação com menos cor­reções, desta­cam-se a Paraí­ba (3,8%), Piauí (4,1%) e Alagoas (4,8%).

Em relação à faixa etária, a pop­u­lação que con­cen­trou o maior per­centu­al de erro tin­ha de 20 a 24 anos (11,2% para mul­heres e 10,6% para home­ns), 25 a 29 anos (10,2% para mul­heres e 10,4% para home­ns) e até 4 anos (10% para meni­nas e 10,2% para meni­nos).

Com os dados do PPE, é pos­sív­el rees­ti­mar a pop­u­lação e aju­dar a mel­ho­rar futuras pesquisas do IBGE.

Edição: Denise Griesinger

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