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IBGE: quase 94% da população brasileira se vacinou contra covid-19

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil/Arquivo

PNAD Contínua Covid-19 mostra que mulheres se vacinaram mais


Publicado em 24/05/2024 — 10:03 Por Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

No primeiro trimestre de 2023, 188,3 mil­hões de pes­soas de 5 anos ou mais de idade tin­ham toma­do pelo menos uma dose de vaci­na con­tra a covid-19, o que rep­re­sen­ta 93,9% da pop­u­lação dessa faixa etária no Brasil. Entre os home­ns, 90,8 mil­hões declararam ter toma­do pelo menos uma dose (93%), e, entre as mul­heres, esse número alcançou 97,5 mil­hões (94,8%). A vaci­nação começou em janeiro de 2021 pelos idosos, para quem tin­ha comor­bidades e imunos­suprim­i­dos.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Con­tínua: covid-19 (2023) divul­ga­dos nes­ta sex­ta-feira (24) pelo Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE).

Com relação à situ­ação do domicílio, 94,2% (164,2 mil­hões) de pes­soas de 5 anos ou mais de idade res­i­dentes em áreas urbanas tomaram pelo menos uma dose de algum imu­nizante con­tra a covid-19, enquan­to nas áreas rurais esse per­centu­al foi 92,3% (24,1 mil­hões). A Região Sud­este, que é a mais pop­u­losa do Brasil, reg­istrou a maior pro­porção maiores de 5 anos com pelo menos uma dose de vaci­na (95,9%), segui­da das regiões Nordeste (94%); Sul (93,1%); Cen­tro-Oeste (91,0%); e Norte (88,2%).

Entre as pes­soas de 5 a 17 anos de idade vaci­nadas con­tra a covid-19, 84,3% tin­ham toma­do pelo menos duas dos­es do imu­nizante até o primeiro trimestre de 2023, sendo o esque­ma vaci­nal primário com­ple­to o mais comum: 50,5% com duas dos­es. Os que tomaram a dose com­ple­men­tar com pelo menos um reforço 33,8% das pes­soas dessa faixa etária. Das cri­anças e ado­les­centes, 13,6% havi­am toma­do ape­nas uma dose de imu­nizante con­tra a covid-19.

“Entre os adul­tos, nota-se que o esque­ma vaci­nal com algu­ma dose de reforço se mostrou majoritário, sendo ado­ta­do por 76,9% deles com pelo menos três dos­es de imu­nizante con­tra a covid-19”, diz o IBGE. “Cabe lem­brar que a imu­niza­ção dos adul­tos se ini­ciou pelo grupo de idosos e de pri­or­itários. Por con­ta dis­to, muitas pes­soas que seguiram as recomen­dações vaci­nais no tem­po ade­qua­do já estavam com qua­tro ou mais dos­es no primeiro trimestre de 2023, alcançan­do 42,4% dos adul­tos”, apon­ta o estu­do.

“O Min­istério da Saúde con­sid­era que uma dose dava algu­ma pro­teção para a pes­soa em relação à covid, mas o esque­ma que eles con­sid­er­avam mín­i­mo para ser efi­caz era de pelo menos duas dos­es da vaci­na. Eles tin­ham uma meta de cober­tu­ra com essas duas dos­es de 90% da pop­u­lação. Em ger­al, 88,2% das pes­soas tin­ham toma­do duas dos­es”, disse a anal­ista do IBGE Rosa Dória.

Para quem não tin­ha toma­do todas as dos­es recomen­dadas da vaci­na con­tra a covid-19, foi per­gun­ta­do qual o prin­ci­pal moti­vo para tal. Den­tre as ale­gações, “esquec­i­men­to ou fal­ta de tem­po” foi a mais cita­da (29,2%), segui­da por “não acha necessário, tomou as dos­es que gostaria e/ ou não con­fia na vaci­na” (25,5%). Moti­vações como “está aguardan­do ou não com­ple­tou o inter­va­lo para tomar a próx­i­ma dose” e “medo de reação adver­sa ou teve reação forte em dose ante­ri­or” tam­bém foram fre­quentes, apon­tadas, por, respec­ti­va­mente, 17,5% e 16,5% das pes­soas.

Não vacinados

A maio­r­ia da pop­u­lação brasileira com mais de 5 anos de idade tomou pelo menos uma dose de vaci­na con­tra a covid-19; no entan­to, 11,2 mil­hões de pes­soas nes­sa faixa etária declararam não tê-lo feito até o primeiro trimestre de 2023, o que cor­re­spon­dia a 5,6% do grupo con­sid­er­a­do. Desse total, 6,3 mil­hões eram home­ns; 4,9 mil­hões eram mul­heres; 5,7 mil­hões tin­ham 5 a 17 anos; e 5,5 mil­hões, 18 anos ou mais de idade.

Foi per­gun­ta­do sobre o prin­ci­pal moti­vo dessa escol­ha. “Nota-se que, entre as cri­anças e ado­les­centes, o “medo de reação adver­sa ou de injeção” cor­re­spon­deu ao maior per­centu­al (39,4%), vin­do, em segui­da, as ale­gações: “não acha necessário, acred­i­ta na imu­nidade e/ou já teve covid” (21,7%) e “não con­fia ou não acred­i­ta na vaci­na” (16,9%). Vale ressaltar que, no caso das cri­anças e ado­les­centes, é pos­sív­el que tal decisão ten­ha sido dos pais ou respon­sáveis”, diz o estu­do.

Entre os adul­tos, o moti­vo mais cita­do foi “não con­fia ou não acred­i­ta na vaci­na” (36%), porém se mostraram tam­bém impor­tantes as seguintes ale­gações: “medo de reação adver­sa ou de injeção” (27,8%) e “não acha necessário, acred­i­ta na imu­nidade e/ou já teve covid” (26,7%).

Casos de covid-19

Esti­ma-se que 55 mil­hões de pes­soas tiver­am, pelo menos uma vez, covid-19 con­fir­ma­da por teste ou diag­nós­ti­co médi­co até o primeiro trimestre de 2023. Isso sig­nifi­ca um per­centu­al de 27,4% da pop­u­lação de 5 anos ou mais de idade no Brasil, dos quais 25,1 mil­hões eram home­ns e 29,9 mil­hões, mul­heres (25,7% e 29,1% dos totais de home­ns e mul­heres, respec­ti­va­mente, dessa faixa etária).

Obser­va-se, ain­da, que 49,9 mil­hões de adul­tos, isto é, pes­soas de 18 anos ou mais de idade, declararam ter tes­ta­do pos­i­ti­vo ou ter tido diag­nós­ti­co médi­co de infecção por covid-19, enquan­to entre as cri­anças e ado­les­centes, isto é, pes­soas de 5 a 17 anos, esse número foi 5,1 mil­hões. “Vale ressaltar que ess­es dados se difer­en­ci­am daque­les pub­li­ca­dos no painel covid-19 no Brasil, do Min­istério da Saúde, pois alguns casos podem não ter sido noti­fi­ca­dos nos sis­temas ofi­ci­ais, ou pode ter sido real­iza­do o autoteste, sem que a pes­soa ten­ha procu­ra­do um serviço de saúde para realizar a noti­fi­cação do caso con­fir­ma­do”, obser­va o IBGE.

Sintomas e internação

“Para quem teve ou con­sid­era que teve covid-19, tam­bém foi per­gun­ta­do sobre a ocor­rên­cia de sin­tomas na primeira (ou úni­ca) vez em que teve a doença: 89,7% tiver­am sin­tomas, enquan­to 10% foram ass­in­tomáti­cos. Entre os sin­tomáti­cos, 4,2% pre­cis­aram ser inter­nadas”, apon­ta o estu­do.

Ver­i­fi­cou-se que, entre os não vaci­na­dos, o per­centu­al de inter­na­dos foi maior do que entre os vaci­na­dos, e, entre ess­es, quan­to mais dos­es de vaci­na, menor o per­centu­al de inter­na­dos. Entre quem não tomou nen­hu­ma dose, 5,1% foram inter­na­dos, quem tomou uma dose, 3,9% foram inter­na­dos, e para quem tomou duas ou mais dos­es, 2,5% foram inter­na­dos.

Covid longa

Os resul­ta­dos do estu­do mostram que 23% das pes­soas de 5 anos ou mais de idade que tiver­am covid-19 ou con­sid­er­am tê-la desen­volvi­do afir­maram ter tido per­manên­cia ou surg­i­men­to de sin­tomas após 30 dias: 7,3% entre as de 5 a 17 anos e 24,7% entre aque­las de 18 anos ou mais.

“Entre as pes­soas que declararam ter apre­sen­ta­do sin­tomas recor­rentes ou per­sis­tentes após a infecção do SARS-CoV­‑2, bus­cou-se iden­ti­ficá-los, sendo cansaço/fadiga o mais fre­quente­mente cita­do (39,1%). Out­ros sin­tomas muito comuns foram: perda/ alter­ação de olfa­to e pal­adar (28,8%); dor no cor­po, mus­cu­lar (mial­gia) ou nas artic­u­lações (28,3%); e prob­le­ma de memória/atenção ou difi­cul­dade na fala com (27,1%)”, diz o IBGE.

Edição: Aline Leal

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