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Impa comemora 70 anos e quer maior aproximação com a sociedade

Repro­dução: © ASCOM IMPA

Live marca hoje início das comemorações


Pub­li­ca­do em 18/01/2022 — 06:02 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Maior aprox­i­mação com a sociedade é o obje­ti­vo prin­ci­pal da série de ini­cia­ti­vas que o Insti­tu­to de Matemáti­ca Pura e Apli­ca­da (Impa) está lançan­do para comem­o­rar os 70 anos de fun­dação, que serão com­ple­ta­dos em 15 de out­ubro. Para mar­car o iní­cio das comem­o­rações, o insti­tu­to pro­move hoje (18), às 14h, a live “IMPA 70 anos: pas­sa­do, pre­sente e futuro”, que será trans­mi­ti­da na pági­na do insti­tu­to no YouTube. Par­tic­i­pam da con­ver­sa o dire­tor-ger­al do Impa, Marce­lo Viana, o dire­tor adjun­to e coor­de­nador-ger­al da Olimpía­da Brasileira de Matemáti­ca das Esco­las Públi­cas (Obmep), Clau­dio Landim, e os pesquisadores Artur Avi­la e Car­oli­na Arau­jo.

“O Impa se tornou uma insti­tu­ição con­heci­da da sociedade. Orga­ni­zamos uma olimpía­da (Obmep) que movi­men­ta 20 mil­hões de cri­anças a cada ano. A gente tem aces­so a essas cri­anças, às famílias, aos pro­fes­sores. É muito mais, a essa altura, do que um insti­tu­to de pesquisa e for­mação de pós-grad­u­ação”, disse Marce­lo Viana à Agên­cia Brasil.

A ideia é que a comem­o­ração dos 70 anos não seja fes­ta de um pequeno grupo, mas par­til­ha­da com a sociedade, afir­mou. O aniver­sário será comem­o­ra­do ao lon­go do ano, ten­tan­do atin­gir todos os seg­men­tos que rece­bam impacto do tra­bal­ho do Impa. “Eu acho que pos­so resumir em três palavras: pas­sa­do, pre­sente e futuro”, acres­cen­tou Viana. Os prepar­a­tivos vão lem­brar o pas­sa­do do insti­tu­to, com hom­e­na­gens a seus fun­dadores e anti­gos pesquisadores. “Você chega aos 70 anos e atinge uma maturi­dade, como o Impa atingiu, então deve comem­o­rar as real­iza­ções que ocor­reram nesse perío­do, os nos­sos pio­neiros. Esse é o pas­sa­do, mas não é o nos­so foco”.

Presente

O pre­sente traz desafios mas, ao mes­mo tem­po, está cheio de coisas boas, desta­cou o dire­tor-ger­al. Em 2022, estão sendo retomadas as ativi­dades pres­en­ci­ais. “É quase um voltar à vida”. A Obmep, da mes­ma for­ma, voltará a realizar solenidades de pre­mi­ação. O pro­gra­ma de for­mação de alunos e pro­fes­sores tam­bém retor­na ao for­ma­to pres­en­cial. Marce­lo Viana infor­mou que o Cen­tro de Pro­je­tos e Ino­vação em Matemáti­ca Indus­tri­al, lança­do no ano pas­sa­do, já fun­ciona este ano resol­ven­do prob­le­mas con­cre­tos da indús­tria, em parce­ria com empre­sas. O novo cam­pus, cuja con­strução foi ini­ci­a­da em 2021, vai avançar da mes­ma for­ma em 2022. Em razão da pan­demia, o cam­pus só deve ser con­cluí­do em 2024.

Repro­dução: IMPA lança série de ini­cia­ti­vas para comem­o­rar seus 70 anos — ASCOM IMPA

Em relação ao futuro, Marce­lo Viana disse que é pre­ciso pen­sar como vai ser o Impa nas próx­i­mas décadas e qual con­tribuição ele pode dar à sociedade. “Isso sig­nifi­ca apos­tar muito nos jovens, com pro­gra­mação volta­da para eles, que ajude a desmisti­ficar a matemáti­ca, a traz­er pes­soas — jovens e não jovens — para aproveitar a matéria”.

Em out­ubro, o Impa vai pro­mover o Fes­ti­val Nacional de Matemáti­ca, repetindo even­to real­iza­do em 2017 que, em qua­tro dias, atraiu cer­ca de 20 mil vis­i­tantes. O fes­ti­val será na Mari­na da Glória, no Ater­ro do Fla­men­go, com per­fil  volta­do para a sociedade e que tra­ta a matemáti­ca pelo lado lúdi­co, como for­ma de entreten­i­men­to e laz­er.

Cientistas

Haverá ain­da con­fer­ên­cia cien­tí­fi­ca, que começa dia 17 de out­ubro, com par­tic­i­pação de prêmios Nobel de Matemáti­ca e gan­hadores da medal­ha Fields, volta­da para o públi­co profis­sion­al da área. “Vai ser um ano inteiro com a visão de que o aniver­sário do Impa já não per­tence só a ele, mas a toda a sociedade”.

Entre pon­tos impor­tantes da história do Impa que serão lem­bra­dos durante o ano estão sua fun­dação, inter­na­cional­iza­ção, con­quista da medal­ha Fields (con­sid­er­a­da o prêmio Nobel da matemáti­ca) e a pro­moção do Brasil no Grupo 5 da União Matemáti­ca Inter­na­cional (IMU, na sigla em inglês). Será debati­da tam­bém a ampli­ação da Obmep.

Com ape­nas duas pesquisado­ras do sexo fem­i­ni­no e 41 pesquisadores, o Impa está con­sciente da neces­si­dade de aber­tu­ra para a diver­si­dade de gênero, bem como out­ras diver­si­dades. Para Marce­lo Viana, é necessário cri­ar mecan­is­mos e ati­tudes que favoreçam a diver­si­dade, par­tic­u­lar­mente no Impa. “Eu gostaria muito de diz­er que bate­mos o recorde em pre­sença fem­i­ni­na. Mas não é sim­ples porque, em todo o mun­do, a car­reira cien­tí­fi­ca na área de ciên­cias exatas atrai pouco as mul­heres”.

Segun­do Viana, fatores socio­cul­tur­ais estão no cen­tro dessa questão já que, em muitas casas, os meni­nos são mais incen­ti­va­dos a seguir car­reiras de ciên­cias exatas do que as meni­nas. Há uma per­spec­ti­va errônea de que mul­heres são menos com­pet­i­ti­vas e anális­es como essa acabam influ­en­cian­do as meni­nas quan­do vão decidir que car­reira seguir.

Edição: Graça Adju­to

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