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Incêndio em prédio de Joanesburgo deixa ao menos 73 mortos

Repro­dução: © 01/07/2020 REUTERS/Janis Laizans/direitos reser­va­dos

Edifício abandonado servia de abrigo a pessoas em situação de rua


Pub­li­ca­do em 31/08/2023 — 09:35 Por Agên­cia Brasil* — Joanes­bur­go

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Dezenas de pes­soas mor­reram durante a noite quan­do um incên­dio destru­iu um blo­co de aparta­men­tos aban­don­a­do em Johanes­bur­go, ocu­pa­do por pes­soas em situ­ação de rua, dis­ser­am autori­dades e a mídia local nes­ta quin­ta-feira (31), enquan­to pes­soas seguem sendo reti­radas do pré­dio.

Segun­do autori­dades munic­i­pais, ao menos 73 pes­soas mor­reram e 43 ficaram feri­das, em uma das piores tragé­dias da África do Sul de que se tem memória.

O incên­dio, cuja causa está sendo inves­ti­ga­da, começou por vol­ta da 1h30 da man­hã, horário local (20h30 de quar­ta-feira, no horário de Brasília), disse o por­ta-voz de Geren­ci­a­men­to de Emergên­cias de Johanes­bur­go, Robert Mulaudzi.

Às 10h (5h em Brasília), o pré­dio de cin­co andares ain­da esta­va em chamas, grande parte dele cober­to de fuligem, enquan­to os serviços de emergên­cia se reu­ni­am em torno dele e cor­pos jazi­am cober­tos em uma rua próx­i­ma, disse um repórter da Reuters.

Segun­do Mulaudzi, o número de mor­tos deve con­tin­uar a subir. Pelo menos sete das víti­mas eram cri­anças, a mais nova com 1 ano. Os feri­dos no incên­dio estão receben­do trata­men­to em “vários cen­tros de saúde”, afir­mou.

O por­ta-voz expli­cou que o edifí­cio na esquina das ruas Albert e Delvers, era um “alo­ja­men­to infor­mal” para onde pes­soas em situ­ação de rua tin­ham se muda­do. “Insta­laram-se nesse pré­dio sem acor­dos de arren­da­men­to”.

Os pré­dios aban­don­a­dos e destruí­dos na região são comuns e muitas vezes ocu­pa­dos por pes­soas que procu­ram deses­per­ada­mente algu­ma for­ma de alo­ja­men­to. As autori­dades munic­i­pais ref­er­em-se a estes espaços como “edifí­cios sequestra­dos”.

Mulaudzi argu­men­tou que o descon­hec­i­men­to de quan­tas pes­soas estari­am no inte­ri­or do pré­dio difi­cul­ta o res­gate.

“Em todos os andares havia muitos moradores infor­mais e aque­les que ten­tavam sair ficaram pre­sos por causa das estru­turas entre os pisos”, declar­ou. “Infor­mamos as pes­soas que estão no local à procu­ra de famil­iares que a pos­si­bil­i­dade de os encon­trar vivos são muito peque­nas”, disse ain­da Mulaudzi.

Teste­munhas descrevem que o pré­dio estaria abri­g­an­do per­to de 200 pes­soas.

“O pré­dio era den­sa­mente habita­do. Os serviços de emergên­cia dis­ser­am que não havia reg­u­la­men­tos den­tro do edí­fi­co. Tam­bém ouvi­mos as autori­dades diz­erem que o edifí­cio dev­e­ria ter sido fecha­do”, avançou Fah­mi­da Miller, cor­re­spon­dente da Al Jazeera em Joanes­bur­go.

“Havia muito pou­cas restrições em ter­mos de segu­rança”, acres­cen­tou.

Emb­o­ra o incên­dio ten­ha sido prati­ca­mente extin­to, ain­da há fumaça sain­do do pré­dio. Há relatos de lençóis ras­ga­dos e pen­dura­dos em algu­mas janelas, mas não ficou claro se as pes­soas os usaram para ten­tar escapar das chamas.

“Em mais de 20 anos de serviço, nun­ca vi nada assim”, rema­tou.

*Com infor­mações da Reuters e da RTP

Edição: Denise Griesinger

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