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Incêndio queima 10 mil hectares do Parque da Chapada dos Veadeiros

Repro­dução: © CBMGO/Divulgação

Parque Nacional e reservas privadas têm focos em Alto Paraíso de Goiás


Publicado em 08/09/2024 — 17:15 Por Letycia Bond — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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Um incên­dio ini­ci­a­do na últi­ma quin­ta-feira (5) destru­iu 10 mil hectares do Par­que Nacional da Cha­pa­da dos Vead­eiros, em Goiás. De acor­do com a admin­is­tração da unidade de preser­vação, a área atingi­da é ain­da uma esti­ma­ti­va e fica entre o Para­le­lo 14 e a Cachoeira Simão Cor­reia.

Em nota divul­ga­da ontem (7), a chefia do par­que infor­mou que ain­da não sabia o que ou quem provo­cou o incên­dio, o que sinal­iza que a unidade de preser­vação entende que pode ter sido crim­i­noso. Na men­sagem, tam­bém desta­ca que, des­de o começo o Insti­tu­to Chico Mendes de Con­ser­vação da Bio­di­ver­si­dade (ICM­Bio) e o Pre­vFo­go, do Insti­tu­to Brasileiro do Meio Ambi­ente e dos Recur­sos Nat­u­rais Ren­ováveis (Iba­ma), escalaram efe­tivos para aju­dar a debe­lar o incên­dio, jun­to com o Cor­po de Bombeiros Mil­i­tar de Goiás. A expec­ta­ti­va era de que hoje fos­sem envi­adas à local­i­dade duas aeron­aves, o que a reportagem não con­seguiu con­fir­mar, já que não teve suces­so nas ten­ta­ti­vas de con­ta­to.

Um grupo orga­ni­za­do pelo Polo de Eco­Ciên­cias do Cer­ra­do real­i­zou hoje (8), pelo segun­do dia con­sec­u­ti­vo, um mutirão para avaliar as condições da Reser­va Pri­va­da do Patrimônio Nat­ur­al (RPPN) Cam­po Úmi­do Voshysias, em Alto Paraí­so de Goiás, próx­i­ma ao Par­que Nacional. Assim como a RPPN Murun­du, vis­i­ta­da neste sába­do (7) no mes­mo municí­pio, o local foi afe­ta­do por um incên­dio e pre­cisou ser exam­i­na­do mais de per­to, deman­dan­do tam­bém a reti­ra­da de espé­cies de plan­tas exóti­cas inva­so­ras.

A rede de com­bate às chamas con­ta, ain­da, com a Rede Con­trafo­go, que artic­u­la brigadas de vol­un­tários, e o Insti­tu­to Bior­re­gion­al do Cer­ra­do (IBC). Em um vídeo posta­do nas redes soci­ais, Ivan Anjo, da Rede Con­trafo­go, com­par­til­ha infor­mações sobre out­ro pon­to atingi­do por chamas, o lixão de Alto Paraí­so de Goiás.

“Todo ano é a mes­ma coisa. O lixão pega fogo sem­pre na mes­ma sem­ana! Em 2021 foi no dia 7 de setem­bro, 2022 foi dia 4 de setem­bro, em 2023 não teve (oh glória) e esse ano, 6 de setem­bro ini­ci­a­do per­to das 22h, enquan­to ain­da cui­davam do fogo no Pouso Alto [tam­bém em Alto Paraí­so]. Seria só coin­cidên­cia? A prefeitu­ra não se orga­ni­za pra fis­calizar, vigiar e muito menos pra com­bat­er. Pare­cem gostar que o lixão dimin­ua seu vol­ume todo ano pra ter menos o que admin­is­trar. Dezenas de famílias tiver­am que aban­donar suas casas ontem dev­i­do a essa incom­petên­cia. Ou seria mal­dade mes­mo? O que você acha?”, diz o tex­to que acom­pan­ha o vídeo. Nos comen­tários da postagem, moradores da cidade con­cor­dam com o brigadista e fazem críti­cas à gestão munic­i­pal.

O Par­que Nacional da Cha­pa­da dos Vead­eiros é um dos locais de preser­vação do Cer­ra­do, con­heci­do como “berço das águas” e que, ape­sar dis­so, pode perder cer­ca de 34% do fluxo dos rios até 2050. De acor­do com mon­i­tora­men­to do Insti­tu­to Nacional de Pesquisas Espa­ci­ais (Inpe), somente este ano, até ontem (7), foram detec­ta­dos 48.966 focos de queima­da no bio­ma, que só perde para a Amazô­nia (79.175).

Agên­cia Brasil ten­tou con­ta­to com o ICM­Bio, o Iba­ma e a prefeitu­ra de Alto Paraí­so de Goiás, mas não teve retorno até o fechamen­to des­ta matéria.

Edição: Lidia Neves

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