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Incêndios em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão controlados

Repro­dução: © Joéd­son Alves/Agência Brasil

Bombeiros relatam que as chuvas ajudaram no combate às chamas


Pub­li­ca­do em 22/11/2023 — 18:43 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Os focos de incên­dio no Pan­tanal sul-mato-grossense foram total­mente con­tro­la­dos, segun­do o Cor­po de Bombeiros do esta­do. De acor­do com a cor­po­ração, as chu­vas dos últi­mos dias con­tribuiu com o tra­bal­ho dos brigadis­tas que com­ba­t­i­am as chamas em um dos mais ricos e diver­si­fi­ca­dos ecos­sis­temas do plan­e­ta.

Ape­sar dos focos ativos no esta­do terem sido con­tro­la­dos já nes­ta terça-feira (21), 72 bombeiros con­tin­u­am mon­i­toran­do a região e fazen­do o rescal­do de áreas atingi­das pelo fogo a fim de ten­tar evi­tar novos incên­dios.

De acor­do com o Cor­po de Bombeiros, a onda de calor que fez as tem­per­at­uras dis­pararem em todo o país atingiu tam­bém o Pan­tanal, onde a baixa umi­dade do ar favore­ceu o surg­i­men­to dos primeiros focos, que os ven­tos fortes das últi­mas sem­anas se encar­regaram de espal­har.

“Ess­es fatores asso­ci­a­dos provo­caram uma dis­para­da nos focos de incên­dio na região do Pan­tanal”, expli­cou a cor­po­ração em nota do últi­mo dia 16.

Mato Grosso

A chu­va dos últi­mos dias aju­dou tam­bém os bombeiros de Mato Grosso, onde, até esta terça-feira, havia um úni­co foco de calor ati­vo, na região do Rio Paraguai, no Pan­tanal. A Agên­cia Brasil per­gun­tou à cor­po­ração se este pon­to de calor já foi debe­la­do ou se novos focos foram iden­ti­fi­ca­dos nas últi­mas horas, mas ain­da não rece­beu a respos­ta.

Em nota divul­ga­da ontem, o Cor­po de Bombeiros garan­tiu que 120 bombeiros e agentes da Defe­sa Civ­il e do Cen­tro Inte­gra­do de Oper­ações Aéreas per­manece­ri­am de pron­tidão, em oito frentes de com­bate aos incên­dios.

“A não-detecção de um foco de calor não sig­nifi­ca que o incên­dio está com­ple­ta­mente extin­to, mas sim que a inten­si­dade das chamas diminuiu sig­ni­fica­ti­va­mente. É por isso que nos­sas ações não chegaram ao fim. As equipes con­tin­u­am lá para mon­i­tora­men­to in loco, com­bate de even­tu­ais pon­tos de incên­dios e rescal­do”, expli­cou, na nota, o coman­dante do Batal­hão de Emergên­cias Ambi­en­tais (BEA), tenente-coro­nel Mar­cos Aires.

Além de mais de uma cen­te­na de servi­dores, a ação mato-grossense exigiu o emprego de aviões, helicópteros, 11 bar­cos, cam­in­hões-pipa e viat­uras. “As pes­soas pre­cisam anal­is­ar o cenário como um todo e o incên­dio no Pan­tanal pre­cisa ser esclare­ci­do. Mes­mo com o grande inves­ti­men­to já feito em todo o efe­ti­vo, esta­mos falan­do de natureza; de altas tem­per­at­uras — que, nas últi­mas sem­anas, ficaram aci­ma dos 40 graus — e de um perío­do seco atípi­co. Tudo isso, soma­do à veg­e­tação do Pan­tanal, que pos­sui muito mate­r­i­al orgâni­co, chama­do de tur­fa, faz com que o fogo se alas­tre no sub­so­lo e não na super­fí­cie. Todo esse cenário difi­cul­ta o tra­bal­ho dos nos­sos profis­sion­ais”, acres­cen­tou o coman­dante-ger­al dos Bombeiros, coro­nel Alessan­dro Borges, em out­ra nota, divul­ga­da no últi­mo dia 18.

Ajuda federal

Além da estru­tu­ra dos dois esta­dos e de orga­ni­za­ções não-gov­er­na­men­tais (ONGs), o com­bate ao fogo no Pan­tanal con­tou com auxílio de órgãos fed­erais, como o Insti­tu­to Chico Mendes de Con­ser­vação da Bio­di­ver­si­dade (ICM­Bio) e do Insti­tu­to Brasileiro do Meio Ambi­ente e dos Recur­sos Nat­u­rais Ren­ováveis (Iba­ma).

Mais de 300 servi­dores fed­erais par­tic­i­param da ação integra­da, que tam­bém con­tou com o apoio de cin­co aeron­aves do ICM­Bio e, ao mes­mo tem­po que com­ba­t­ia as chamas, res­gata­va ani­mais feri­dos ou que fugiam do incên­dio flo­re­stal, prin­ci­pal­mente nas cer­ca­nias do Par­que Nacional do Pan­tanal e da região da rodovia Transpan­taneira.

As equipes gan­haram ain­da o reforço de brigadis­tas do Dis­tri­to Fed­er­al e de Goiás. E na tarde do últi­mo domin­go (19), foram sur­preen­di­das ao avistarem a onça-pin­ta­da que ficou famosa ao ser sal­va, com queimaduras de ter­ceiro grau nas patas, durante os incên­dios que destruíram parte do bio­ma durante os incên­dios de setem­bro de 2020. Na época, o ani­mal pas­sou por um trata­men­to ino­vador, à base de célu­las-tron­co, voltan­do a ser solto na natureza em pouco mais de um mês.

Bati­za­da de Ousa­do, a onça-pin­ta­da foi iden­ti­fi­ca­da por pesquisadores do ICM­Bio enquan­to des­cansa­va à margem de um rio. De acor­do com os espe­cial­is­tas, o ani­mal aparenta estar saudáv­el, emb­o­ra uma das patas dianteiras estivesse incha­da, com uma leve esco­ri­ação.

Edição: Aline Leal

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