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Internações por covid-19 deixam de cair em São Paulo

Repro­dução: © Marce­lo Pereira/Secom

Estado observa primeiros sinais de disseminação da variante Delta


Pub­li­ca­do em 10/09/2021 — 17:56 Por Elaine Patri­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

Des­de metade de jun­ho, já na 24ª Sem­ana Epi­demi­ológ­i­ca, o esta­do de São Paulo vin­ha apre­sen­tan­do que­da con­stante no número de novas inter­nações por covid-19. Na sem­ana pas­sa­da, entre os dias 29 de agos­to e 4 de setem­bro (35ª Sem­ana Epi­demi­ológ­i­ca), o esta­do reg­istrou a sua menor taxa de inter­nação por covid-19 do ano, com média de 639 novas inter­nações por dia. Mas essa tendên­cia de que­da parou de ocor­rer nes­ta sem­ana.

De acor­do com os dados apre­sen­ta­dos, ain­da não se pode falar em um novo aumen­to de inter­nações. Mas a tendên­cia de que­da foi inter­romp­i­da e tem havi­do uma esta­bi­liza­ção nos números, o que pre­ocu­pa o Cen­tro de Con­tingên­cia do Coro­n­avírus em São Paulo, ape­sar do número de casos e de mortes con­tin­uarem em que­da. O aumen­to das inter­nações pode sig­nificar uma pio­ra na pan­demia no esta­do.

Em suas redes soci­ais, o coor­de­nador exec­u­ti­vo do Cen­tro de Con­tingên­cia do Coro­n­avírus em São Paulo, João Gab­bar­do, escreveu ontem (9) que essa rever­são na tendên­cia de que­da nas inter­nações pode indicar “os primeiros sinais da dis­sem­i­nação da vari­ante Delta em São Paulo, o que dev­erá ser agrava­do por aglom­er­ações recentes e relax­am­en­to no uso de más­caras”.

A vari­ante delta foi iden­ti­fi­ca­da ini­cial­mente na Índia e é mais trans­mis­sív­el, o que vem provo­can­do aumen­to de casos em todo o mun­do, mes­mo em locais com alta taxa de vaci­nação. Na cap­i­tal paulista, a vari­ante Delta já se mostra pre­dom­i­nante em 69,7% das amostras anal­isadas.

A platafor­ma Info­Track­er, fei­ta por pesquisadores das maiores uni­ver­si­dades de São Paulo, e que usa dados ofi­ci­ais como base, infor­ma que o número de pes­soas inter­nadas vin­ha em que­da con­stante em São Paulo. Mas nes­ta sem­ana essa cur­va começou a se revert­er. Até o dia 6 de setem­bro, havi­am 5.601 pes­soas inter­nadas em todo o esta­do, sendo que 2.788 delas estavam em esta­do grave, em leitos de unidades de ter­apia inten­si­va (UTI). Ontem (9), o número de inter­na­dos chegou a 5.675.

Para João Gab­bar­do, o esta­do vai pre­cis­ar acel­er­ar a apli­cação da segun­da dose de vaci­nas e ampli­ar o número de pes­soas com o esque­ma vaci­nal com­ple­to para ten­tar evi­tar que as inter­nações por covid-19, provo­ca­dos pela vari­ante Delta, pos­sam crescer em São Paulo. Estu­dos em todo o mun­do têm demon­stra­do que duas dos­es de vaci­na con­tra a covid-19 são efi­cazes con­tra a vari­ante Delta.

No entan­to, tem fal­ta­do vaci­na para a apli­cação da segun­da dose nas pes­soas que tomaram o imu­nizante da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz. Des­de segun­da-feira (6), há fal­ta de dos­es desse imu­nizante em todo o esta­do. O gov­er­no de São Paulo cobrou o Min­istério da Saúde a fal­ta de dos­es do imu­nizante, mas o min­istério respon­deu que o esta­do não cumpriu o esta­b­ele­ci­do no Pro­gra­ma Nacional de Imu­niza­ções (PNI) e não reser­vou a vaci­na para a segun­da dose, uti­lizan­do-as para adi­antar o seu crono­gra­ma de primeira dose.

O gov­er­no do esta­do estu­da adi­antar a segun­da dose da vaci­na Pfizer/BioNTech para quem tomou a primeira dose desse imu­nizante, dimin­uin­do o inter­va­lo de três meses para dois meses. Mas tam­bém não há dos­es sufi­cientes dessa vaci­na para que o inter­va­lo seja dimin­uí­do.

“Infe­liz­mente não temos Pfiz­er e AstraZeneca para isso, mes­mo assim con­tin­uare­mos sem recuar na meta de vaci­nar o maior número de pes­soas, com as vaci­nas disponíveis”, escreveu Gab­bar­do, no Twit­ter.

O gov­er­no do esta­do começou esta sem­ana a apli­cação de uma ter­ceira dose, ini­cian­do por pes­soas com idade aci­ma dos 90 anos, em razão da respos­ta imune de idosos e imunos­suprim­i­dos estar sendo baixa, e diminui após seis meses da segun­da apli­cação. Esse grupo, no ger­al, tomou a vaci­na CoronaVac/Butantan/Sinovac.

O gov­er­no de São Paulo já estu­da a apli­cação de uma quar­ta dose.

Des­de o dia 17 de agos­to, o gov­er­no de São Paulo colo­cou um fim às restrições de fun­ciona­men­to do comér­cio e serviços, aca­ban­do com o lim­ite de horário e de capaci­dade de atendi­men­to. A medi­da rece­beu muitas críti­cas de espe­cial­is­tas, que avaliaram que o número de pes­soas que havia com­ple­ta­do o seu esque­ma vaci­nal ain­da era pequeno e a vari­ante Delta con­segue escapar da pro­teção con­feri­da ape­nas pela primeira dose.

O gov­er­no já apli­cou mais de 55 mil­hões de dos­es de vaci­na con­tra a covid-19, sendo que 78,8% da pop­u­lação tomou a primeira dose e ape­nas 43,9% com­ple­tou o seu esque­ma vaci­nal.

A taxa de ocu­pação de leitos de unidades de ter­apia inten­si­va em São Paulo está em 33%.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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