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Investigação cita US$ 25 mil em dinheiro que seriam para Bolsonaro

Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Áudio revela conversa de Cid, ajudante de ordens do ex-presidente


Pub­li­ca­do em 11/08/2023 — 16:09 Por Andre Richter- Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Áudio obti­do pela Polí­cia Fed­er­al (PF) rev­ela uma con­ver­sa de Mau­ro Cid, ex-aju­dante de ordens de Jair Bol­sonaro, na qual hou­ve a citação do val­or de US$ 25 mil pos­sivel­mente per­ten­centes ao ex-pres­i­dente.

A con­ver­sa faz parte do relatório da inves­ti­gação que baseou a defla­gração da Oper­ação Lucas 12:2, que apu­ra o supos­to fun­ciona­men­to de uma orga­ni­za­ção crim­i­nosa para desviar e vender pre­sentes de autori­dades estrangeiras durante o gov­er­no do ex-pres­i­dente Jair Bol­sonaro.

Na man­hã de hoje, a PF real­i­zou bus­cas e apreen­sões con­tra Mau­ro Cid, o pai dele, gen­er­al de Exérci­to, Mau­ro Loure­na Cid, e o ex-advo­ga­do de Bol­sonaro, Fred­er­ick Wassef.

Na decisão que deter­mi­nou a real­iza­ção dessa oper­ação, o min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al Alexan­dre de Moraes citou o avanço das inves­ti­gações da PF, apon­tan­do que o din­heiro das ven­das dos pre­sentes eram remeti­dos a Bol­sonaro.

“Iden­ti­fi­cou-se, em acrésci­mo, que os val­ores obti­dos dessas ven­das eram con­ver­tidos em din­heiro em espé­cie e ingres­savam no patrimônio pes­soal do ex-Pres­i­dente da Repúbli­ca, por meio de pes­soas inter­postas e sem uti­lizar o sis­tema bancário for­mal, com o obje­ti­vo de ocul­tar a origem local­iza­ção e pro­priedade dos val­ores”.

No dia 18 de janeiro deste ano, Cid tro­cou men­sagens com Marce­lo Câmara, apon­ta­do como asses­sor de Bol­sonaro, sobre a ven­da de escul­turas pre­sen­teadas pelo gov­er­no do Bahrein durante viagem ofi­cial.

Na avali­ação dos inves­ti­gadores, o gen­er­al Mau­ro Loure­na Cid estaria com o val­or de US$ 25 mil, “pos­sivel­mente per­ten­centes a Jair Bol­sonaro. Con­forme o relatório, os inter­locu­tores tam­bém evi­den­cia­ram receio de usar o sis­tema bancário para “repas­sar o din­heiro ao ex-pres­i­dente”.

“Tem vinte e cin­co mil dólares com meu pai. Eu esta­va ven­do o que era mel­hor faz­er com esse din­heiro, levar em cash aí. Meu pai esta­va queren­do inclu­sive ir ai falar com o pres­i­dente. E aí, ele pode­ria levar. Entre­garia em mãos. Mas, tam­bém pode deposi­tar na con­ta. Eu acho que quan­to menos movi­men­tação em con­ta, mel­hor, né?, escreveu Mau­ro Cid.

Con­forme regras do Tri­bunal de Con­tas da União (TCU), os pre­sentes de gov­er­no estrangeiros devi­am ser incor­po­ra­dos ao Gabi­nete Adjun­to de Doc­u­men­tação Históri­ca (GADH), setor da Presidên­cia da Repúbli­ca respon­sáv­el pela guar­da dos pre­sentes, que não pode­ri­am ficar no acer­vo pes­soal de Bol­sonaro, nem deixar de ser cat­a­lo­ga­dos.

Defesa

Agên­cia Brasil entrou com con­ta­to com a defe­sa de Mau­ro Cid e aguar­da retorno. A reportagem tam­bém bus­ca con­ta­to com as defe­sas dos out­ros envolvi­dos.

Edição: Valéria Aguiar

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